4 de julho de 2018

Saúde na Amazônia em situação de emergência

O aumento de casos de malária, sarampo e outras doenças fez ascender o sinal de alerta vermelho na Amazônia. No mês passado, o crescimento de casos na região do Alto Rio Negro (AM) fez o governo do Estado decretar situação de emergência. É possível que esses problemas de saúde tragam consequência para outras cidades da região Norte.  
O interessante é que no ano passado, mais de 12 municípios do Amazonas registraram elevado índice de casos de malária e o assunto não ganhou destaque na mídia. Outra preocupação é com relação aos casos de sarampo em Roraima e Amazonas. O tema ganhou destaque na Agência Brasil, agência de notícias do Governo Federal. 
Doenças já erradicadas no Brasil voltaram a ser motivo de preocupação entre autoridades sanitárias e profissionais de saúde. Baixas coberturas vacinais, de acordo com o próprio Ministério da Saúde, acendem “uma luz vermelha” no País. 
No Amazonas e em Roraima, com o surto de sarampo, há cerca de 500 casos confirmados e mais de 1,5 mil em investigação. A reportagem destaca que no outro extremo do País, o Rio Grande do Sul também confirmou seis casos da doença este ano. Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) o certificado de eliminação da circulação do vírus.
O aumento de casos de doenças que estavam anteriormente erradicadas traz consequência para a saúde pública e compromete o desenvolvimento do município.  O Diário, nesse espaço, já havia alertado para outros problemas gerados em função da ausência de saneamento básico no Norte do Brasil. 
O setor de saúde, mesmo com todo aporte financeiro da União depositado todos os meses na conta dos municípios, não tem sido suficiente nos municípios da Amazônia por falta justamente do Governo Federal fazer o dever de casa. O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou em 2016  o índice de gastos dos governos estaduais na saúde. Segundo o estudo, 18 ficaram abaixo da média de gasto per capita ao dia (menos de R$ 1,38). 
Na época, segundo o estudo, nas piores posições aparecem Pará (R$ 0,74 por habitante ao dia), Maranhão (R$ 0,77) e Mato Grosso do Sul (R$ 0,80). No extremo oposto, com os melhores desempenhos, estão Distrito Federal, o primeiro colocado (R$ 3,27), Acre (R$ 2,92) e Tocantins (R$ 2,50). 
Nessa época de férias escolares, é comum pessoas ingressarem em outros Estados sem a vacinação. É preciso agora redobrar os cuidados e os governos devem investir em campanhas publicitárias para evitar  maiores problemas no futuro. 

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