2 de março de 2017

Até o próximo Carnaval

O Carnaval foi uma boa oportunidade para aquecer a economia no Brasil e o que chamou a atenção nas avenidas das principais capitais foi o bloco dos desempregados. Os 13 milhões de desempregados, conforme as últimas estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), deixaram a folia de lado e aproveitaram o momento para faturar uns trocados durante os 4 dias de folia.  
Esses 13 milhões de desempregados ainda sonham em ser útil no mercado de trabalho e contribuir para a economia do Brasil. Como o País só começa a funcionar de fato após o carnaval, é hora de fazer as contas e refrescar a memória do brasileiro. O contribuinte vai começar o mês de março pagando a conta de energia mais salgada. A dívida de R$ 62,2 bilhões com as concessionárias de energia elétrica, que agora deve ser paga pelos consumidores com aumento nas contas de luz.
O rombo foi gerado pela decisão do Governo Federal em 2016 de antecipar a renovação das concessões de produtoras e distribuidoras terá impacto em torno de 7% na conta dos consumidores.  
Outro tema polêmico é a reforma da Previdência, em discussão na Câmara Federal. Os parlamentares querem aumentar o tempo de contribuição no serviço público. De fato a reforma da Previdência precisa sair do papel, caso contrário, a previdência se tornará inviável, mas a forma como será conduzida precisa ser rediscutida.
A classe política brasileira terá a partir de agora papel importante de inserir o País na rota do desenvolvimento. Um levantamento produzido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que a queda excessiva do dólar está contribuindo para prejudicar a geração de emprego no Brasil.
De acordo com a Confederação, somente nos dois primeiros meses de 2017, houve uma queda adicional de 7,2% no preço do dólar, totalizando 23% desde janeiro do ano passado. Ao tornar os bens importados mais baratos, a valorização excessiva do Real pode causar danos irreparáveis nas estratégias das empresas e no investimento, impactando fortemente a competitividade das indústrias e a geração de empregos no País.
A indústria, conforme aponta a CNI, acredita que o cenário atual permite um corte mais acentuado nos juros em função da quebra da inércia inflacionária, em que a inflação do passado realimentava os preços futuros. A inflação está caindo e deve ficar dentro das metas fixadas para 2017 e 2018. É esperado que o ciclo de redução dos juros prossiga em ritmo mais acelerado para que a taxa Selic caia ao patamar de um dígito em poucos meses.

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