4 de março de 2010

Energia gerada em RO não ficará no Estado; ANEEL autoriza projeto básico de linhão em corrente contínua


Não surtiu efeito para Rondônia a mobilização em defesa pela construção do sistema de corrente alternada de energia. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) autorizou a realização de estudos geológicos e topográficos para a elaboração do projeto básico da Linha de Transmissão Coletora de Porto Velho (RO) a Araraquara (SP), em corrente contínua, com 2.375 quilômetros de extensão. Isso significa que a energia gerada pelas usinas do Rio Madeira não ficará no Estado.

De acordo com a Superintendência de Concessões e Autorizações de Transmissão e Distribuição, a realização dos levantamentos de campo junto às propriedades particulares situadas na rota da linha de transmissão será executado pela empresa Norte Brasil Transmissora de Energia S.A. O despacho foi assinado nesta quarta-feira (3), em Brasília.

Os estudos topográficos serão realizados nos seguintes municípios: Ariquemes, Alto Paraíso, Alvorada, Cabixi, Castanheiras, Cerejeiras, Chupinguaia, Colorado, Corumbiara, Governador Jorge Teixeira, Itapuã, Jaru, Monte Negro, Nova Brasilândia, Ouro Preto, Parecis, Porto Velho, Presidente Médici, Primavera, Rolim de Moura, São Felipe, Teixeirópolis e Urupá.

Movimento fracassou

O movimento pela corrente alternada foi encabeçado ano passado pelo Sindicato dos Engenheiros do Estado de Rondônia (SENGE), Conselho Regional de Engenharia e Arquitetos (CREA), Associação em Defesa dos Consumidores Proprietários e Usuários de Veículos Automotor (Adecon).

Segundo engenheiros, a construção do linhão por meio de corrente alternada prevê investimento da tecnologia brasileira, o que geraria emprego no Brasil. Já por meio do sistema de corrente contínua, a tecnologia é estrangeira, inclusive a mão-de-obra para implantação e manutenção do sistema.

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