27 de fevereiro de 2013

Prefeitura tem 90 dias para iniciar obras dos viadutos

A Prefeitura de Porto Velho firmou compromisso de iniciar, dentro de 90, dias, o serviço de retomada das obras dos seis viadutos em Porto Velho. O acordo foi selado hoje em Brasília, durante reunião na sede do DNIT.

14 de fevereiro de 2013

Vereador morto levanta cabeça durante velório

Artigo - A PGE e os R$ 300 milhões


O Estado pode perder algo em torno de R$ 300 milhões, caso se recuse correr atrás do prejuízo. O valor é relativo a um repasse que teria sido efetuado indevidamente aos cofres do governo federal, através da Previdência Social. Mas para esse dinheiro retornar aos cofres públicos, é preciso contratar uma consultoria especializada em resgatar a importância.
A responsabilidade agora está nas mãos da Procuradoria Geral do Estado (PGE), órgão responsável por defender os interesses de Rondônia na Justiça e fora dela. Ocorre que existe prazo para recuperar o prejuízo, o que para Justiça é fundamental em qualquer decisão jurídica. A data limite seria 11 de julho de 2013.
O dinheiro, justamente nesse período de vacas magras, seria importante e fundamental para o governador Confúcio Moura (PMDB) quitar algumas dívidas com fornecedores, empresas e aliviar a folha da pagamento. Pacientes do Hospital de Base, em Porto Velho, chegaram a ficar recentemente 16 horas sem alimentação por falta de pagamento da empresa que presta o serviço à unidade de saúde. A comida servida é especial e é destinada a pacientes que se alimentam por sonda.
Falhas no repasse de recursos à Previdência acontecem. A Assembleia Legislativa, na legislatura passada, passou pelo mesmo problema. Teve que contratar uma empresa especializada para rever o recurso. O resultado foi positivo, tendo em vista que o Poder Legislativo corria o risco de promover uma demissão em massa de servidores comissionados por conta do erro. Corrigida a falha, não foi necessário cortar na própria carne. O dinheiro retornou aos cofres do Legislativo.
Dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revelam que os municípios não poderão contar com muita ajuda financeira do governo federal. Pelo menos nesse período. A previsão de fevereiro é um aumento de 21% em relação ao mês de janeiro, o que fará que o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) alcance o valor de R$ 7,284 bilhões. Até agora não existe crise, mas esses R$ 300 milhões poderão fazer falta num futuro bem próximo. 

11 de fevereiro de 2013

Nunca fui ditador, mas sempre cobrei resultados

O senador Ivo Cassol durante entrevista no Diário

Numa entrevista exclusiva ao Diário, o ex-prefeito, ex-governador e atual senador Ivo Cassol (PP) falou do seu projeto de voltar ao Palácio Presidente Vargas em 2014, mesmo enfrentando dificuldades na Justiça, sendo considerado inelegível. Ele aposta, recorrendo nos processos, que reverte à situação até as eleições do próximo ano.
Casado com Ivone Mezzomo Cassol, o catarinense é pai de três filhos e tem três netos. Único governador reeleito da história de Rondônia, discorreu sobre seus projetos e suas prioridades se voltar ao governo. “Sou pré-candidato. O povo era feliz e não sabia. Falavam tanto de mim, que eu era ditador, isto aquilo, mas eu cobrava resultados, fazia a coisa funcionar”, arremata.
Entre os fatos pitorescos da sua trajetória em Rondônia, Ivo lembrou que foi caminhoneiro, nos anos 80, transportando banana para Manaus pela BR-319, que era asfaltada. O chapéu, símbolo de campanhas, Casssol já usa com mais parcimônia em lugares fechados e em cerimônias publicas “porque usar muito dá queda de cabelos”.
Ivo – já adotando um tom oposicionista – traçou quadro sombrio para o Estado nos próximos dois anos, enfatizando o endividamento do atual governo e a falta de projetos para alavancar recursos em Brasília. Acredita que a agropecuária é a vocação natural do Estado e previu o avanço da soja até Porto Velho “como novo motor de desenvolvimento”. Confiram.
Diário da Amazônia – Como foi sua vinda para Rondônia?
Ivo Cassol – Cheguei a Rondônia acompanhado dos meus pais, na década de 60. Compramos uma propriedade rural no município de Cacoal e iniciamos o trabalho de transporte de madeira. Ao fixar residência na região de Rolim de Moura, começamos a nose envolver com a política.

Diário – É verdade que o Sr. já foi caminhoneiro, transportando banana pela BR-319 para Manaus?

Cassol – É verdade. Naquela época a BR-319 estava asfaltada e funcionava. Fui caminhoneiro e comerciante, já que comprava banana aqui e vendia em Manaus. O lucro era bom.

Diário – Na década de 80 os políticos da família eram Reditário Cassol e seu irmão César Cassol. Como Ivo despontou para a política?

Cassol – Sempre ajudamos na coordenação das campanhas em Rolim e na zona da Mata. Como constatamos que muitas promessas de prefeitos e governadores não eram cumpridas, resolvemos entrar na política, como candidato a prefeito em Rolim.

Diário – Em sua biografia é destacada uma música de Ricardo Braga, aquela de “uma estrela vai brilhar…”

Cassol – Na época eu era caminhoneiro. Sempre via as pessoas e outros Estados em franco desenvolvimento. Procurei me espelhar em atos e práticas que apresentaram bom resultado. Sempre “pegava” modelo deles e, por isso, me inspirei em Roberto Carlos e naquela música “uma estrela vai brilhar”. É a música da minha vida.

Diário – Sobre esta estrela brilhando tem algumas passagens incríveis. Ganhou um debate ao governo contra Amir Lando, onde se estabelecia uma disparidade cultural imensa. Comente esta passagem.

Cassol – Sempre falei com o coração, não só no debate, mas nas visitas, sempre fui verdadeiro. O Amir Lando se projetou no cenário nacional em função do impeachment do ex-presidente Fernando Collor, mas só ficou nisso. O povo queria uma liderança local e conseguimos mostrar à população que isso era possível.

Diário – O Sr. emergiu para o cenário estadual depois de uma bem sucedida administração em Rolim de Moura. O que destacar desta etapa e depois a reeleição…

Cassol – A população, de um modo geral, não quer muito. Quer o básico: saúde, educação e cidade limpa. A nossa administração foi de credibilidade. O município se destacou entre as 22 melhores saúde do Brasil e essa conquista me projetou politicamente.

Diário – Porque em Rolim de Moura, uma cidade de porte pequeno, despontaram tantas lideranças políticas inclusive governadores e senadores? Existe alguma poção mágica para os políticos da zona da Mata, como ocorre na aldeia do Asterix?

Cassol – Rolim de Moura ocupou espaço em nível de Estado. Muitos tiveram a oportunidade na região e não aproveitaram. Cito o ex-prefeito de Cacoal, Divino Cardoso, que se destacou, mas não aproveitou o seu momento. Não é o tamanho do município e a localização que influenciam na projeção política. Tem que aproveitar a oportunidade. O bola da vez tem que aproveitar a oportunidade. A política não pode cometer erro. Temos exemplos de pessoas que saíram desses pequenos municípios, mas que não tiveram bom desempenho nas urnas. A população quando vota em alguém quer que o prefeito ou legislador assuma um compromisso de quatro anos. Quando fui eleito prefeito, cumpri o meu mandato.

Diário – É verdade que na convenção de 2002 alguns tucanos queriam apunhalar sua candidatura ao governo. Muitos já estavam até usando camisetas do Natanael?

Cassol – Eu precisava de um partido que tinha tempo de TV. O PSDB tinha tempo e seus compromissos. Cada candidato a deputado pensava em sua sobrevivência. Mas ao mesmo tempo coloquei na cabeça dos colegas que poderíamos fazer muito mais. Na época o partido tinha muito cacique, mas faltava eleitor. Conversei com as pessoas e disse que o projeto do governador daria certo. E deu. Convencemos dentro de um projeto que todos compraram a ideia e época elegemos dois deputados federais e um governador.

Diário – Até hoje se comenta nos bastidores que foi graças a um discurso tipo “que se alguém me trair, eu vou quebrar os dentes” é que o Sr. reverteu a situação?

Cassol – É folclore, não arrebentei a dentadura de ninguém, Consegui mudar a situação com muita conversa.

Diário – O que o Sr. destaca em quase oito anos de administração no governo estadual?

Cassol – A reintegração dos servidores públicos do Estado que foram demitidos. Conseguimos devolver a identidade à categoria com essa reintegração. Ao mesmo tempo, a população estava em descrédito. Fizemos uma revolução. Faltava combustível para a polícia. O DER não tinha equipamentos. Quando fui candidato disse que iria fazer uma faxina. Os empresários começaram a investir, o Estado começou a gerar renda. E com isso surgiram novas oportunidades em Rondônia. Conseguimos fazer uma estruturação na malha viária e a economia cresceu. Com isso foi possível, aumentar a receita de R$ 1 bilhão para R$ 6 bilhões.

Diário – Na campanha de 2010, o senhor era o favorito ao Senado e ao final perdeu terreno para seu adversário regional, Valdir Raupp. Como avalia esta situação?

Cassol – Não foi decepção. Meus 458 mil votos foram o primeiro voto. Teve também o voto anti PT. O mesmo que aconteceu com a ex-senadora Fátima Cleide, aconteceu com o senador Valdir Raupp, em 2010. Fizemos uma comparação. No primeiro voto, eu fiz 65% dos votos. Meu grupo também trabalhou para Valdir Raupp, foi quando houve um efeito manada.
Diário – Depois de dois anos no Senado, qual é o balanço que o Sr. faz da sua atuação parlamentar?
Cassol – O Senado é um lugar extraordinário. Lá é discutido o projeto do Brasil. Conseguimos nos últimos dois anos fazer um trabalho com meus pares. Me coloquei no meu lugar. Quem já passou pelo governo consegue ser um bom legislador. Tenho o projeto de decreto legislativo que propõe plebiscito em 2014 para tratar sobre a menor idade. Outra proposta acaba com a máfia dos medicamentos. O Estado pode comprar direto do laboratório. Com isso, acaba com a venda descontrolada de medicamentos, que é um custo muito alto.

Diário – Fale dos processos em andamento na Justiça e suas possibilidades de registrar candidatura ao governo em 2014…

Cassol – Todos os processos contra minha pessoa eu estou recorrendo na Justiça. Sou vítima do sistema e de perseguição. O primeiro processo é referente a uma reunião que aconteceu em Porto Velho no clube Kabanas com representantes da classe estudantil. O outro é sobre um culto que aconteceu em Rolim de Moura, onde entrei calado e saí mudo. Não usei a palavra e fui multado. No processo que trata sobre a compra de voto eu fui absolvido. Quem comprou foto foi cassado [Expedito Júnior]. Sobre o último processo, uma pessoa se sentiu prejudicada e procurou a delegacia e fez ocorrência policial. Não ouviram sequer o delegado e, por outro lado, eu não estava no Brasil. Quem era o gestor da época era o João Cahulla, na época vice-governador. Quem é ordenador de despesa é o secretário. O MPF não indiciou o secretário. Simplesmente, ele (MPF), entrou com processo de improbidade contra o Ivo Cassol. Se tivesse imparcialidade, deveria ter ouvido o secretário ou o ordenador de despesa. Estou pagando pelo meu cargo e minha posição. Pode pegar nos autos, o secretário não está no processo.

Diário – Você se prepara para ser candidato ao governo nas eleições de 2014?

Cassol – O candidato a candidato tem que ser de uma cidade dentro da base eleitoral. Fiz um trabalho nos quatro cantos de Rondônia. Hoje a população pode fazer uma comparação da época do Teixeirão. Muitos vaiaram o Teixeirão, em pouco tempo a população sabia que era feliz e não sabia. A história se repete. Com a vitória do candidato do PMDB, e a derrota do nosso, nesse período a população pode fazer uma reflexão. A tradição do PMDB é uma administração. Se fizer um comparativo, mesmo com os críticos que esperavam uma nova Rondônia, acabou se decepcionando. Sempre fui verdadeiro, honesto. Isso me deu credibilidade. Quando você tá na frente, você tem que ter a colocação das exigências para ter sucesso. Cada secretário tinha autonomia. Quem cuidava do governo era eu. Tinha gestão e resultado. No começo do novo governo disseram que nós deixamos débitos e isso não é verdade. Hoje sim tem débito e as pessoas não recebem.

Diário – Voltando ao governo quais seriam suas prioridades?

Cassol – A prioridade é administrar bem, com competência. Não temos uma crise da usinas, a crise hoje é de gestão em Rondônia. Se não pagar aos fornecedores, ocorre o efeito cascata. O comércio é prejudicado, o dinheiro não gira. Muitos estão quebrando. A crise das usinas ainda vem no final do ano. Eu queria que fosse o contrário. Sempre fui voto contrário. O empréstimo, eu fui o único a combater. Só se fala em fazer coisa com dinheiro emprestado. Hoje os empréstimos que o Estado já fez passam de R$ 1 bilhão e 200 milhões.

Diário – Na sua opinião quais são as principais causas, as principais bandeiras rondonienses para os próximos anos?

Cassol – Tem que regatar a credibilidade do governo. Precisamos investir no agronegócio e mecanização agrícola. O dinheiro pode girar mais tempo em um ano. Precisa continuar tendo estrada, o setor público precisa movimentar a economia. Se o setor público atrapalhar, prejudica. Rondônia precisa voltar a programas para incentivar a agricultura familiar. Aproveitar as terras ao redor de Ariquemes, Vilhena, mas hoje só está por conta própria. Estamos sem estradas, a malha está danificada.

Diário – O senhor se considera um ditador?

Cassol – Nunca fui um ditador, fui um administrador diligente, sempre deleguei poderes e cobrei resultados. Como empresário tenho visão, distribuo trabalho e cobro ação.

Diário – Suas considerações?

Cassol – Quero agradecer a Deus. Não abro mão de continuar nos cultos e igrejas, que a população continua orando. A Bíblia diz para orar para as autoridades e que possamos ter dias melhores de novo.
(Da Redação)

6 de fevereiro de 2013

Cassol e Raupp ajudaram a eleger Renan Calheiros

Os senadores por Rondônia Ivo Cassol (PP) e Valdir Raupp (PMDB), declararam voto ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL) na eleição que o conduziu a presidência do Senado Federal na última sexta-feira, informou hoje reportagem do Jornal Folha de São Paulo. 

5 de fevereiro de 2013

Trânsito na BR-425 deve ser liberado ao meio dia

Cabeceira da ponte no Misericórdia cedeu no sábado

Porto Velho, Rondônia - O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) prometeu liberar, ainda hoje, o trafego de veículos na BR-425, que o município de Nova Mamoré a cidade de Porto Velho. O anuncio foi feito hoje pela manhã pelo prefeito Laerte Gomes (PSDB). O trecho danificado foi na ponte do Igarapé Misericórdia na BR-425, na região de Nova Mamoré. A cabeceira da ponte foi danificada devido a forte chuva que caiu na região no último sábado (2) e deixou isolado os municípios de Nova Mamoré e Guajará-Mirim.
 Laerte Queiroz  cobrou providências do DNIT. O pedido, segundo o tucano, foi feito no sábado, mas somente no domingo maquinários do DNIT foram encaminhados para os serviços de reparos na cabeceira da ponte. “Ontem pela manhã, começou a faltar combustível e alimentos nos dois municípios”, disse o prefeito. “Tivemos de improvisar uma ponte de madeira para passagem somente de pedestres”.

Hermínio Coelho é reconduzido ao cargo de presidente da ALE

Presidente da ALE, Hermínio Coelho, na redação do Diário

Porto Velho, Rondônia - Em clima de aparente tranqüilidade nos bastidores entre os parlamentares, a Assembleia Legislativa realiza hoje (1) sessão especial, às 9 horas, para o ato de posse do deputado Hermínio Coelho (PSD-Porto Velho) no comando da Mesa Diretora. Ele assume mandato para o biênio 2013/2015. No mesmo ato, acontece a eleição para os cargos de vice-presidente, 2º vice-presidente, 1º, 2º, 3º e 4º secretários. O parlamentar, que anteriormente ocupava o cargo de vice-presidente, foi ungido a função de presidente após a cassação, em maio de 2012, do mandato do ex-presidente Valter Araújo (hoje foragido da justiça).
Ao assumir a presidência da Casa, o parlamentar determinou a imediata instauração de uma Comissão Especial para analisar a conduta de outros sete colegas de parlamento denunciados na “Operação Termópilas”, deflagrada em 2011 pela Polícia Federal. Hermínio foi autor das denúncias contra um esquema de corrupção que resultou no afastamento do ex-prefeito Roberto Sobrinho e prisão de vários secretários. Também fiscalizou o Poder Executivo com rigor, o que determinou muitas mudanças nas esferas governamentais. “Quando fiz as denúncias, na época chegaram a me chamar de louco. O tempo mostrou que tudo foi feito com critérios, que tudo era fundamentado ”, recorda.
No ano passado, Hermínio conduziu um ato inédito que culminou com a lavagem da entrada principal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Porto Velho, ao pedir punição aos advogados denunciados no esquema de precatórios dos trabalhadores da educação. Ele também foi responsável por denunciar irregularidades praticadas por ex-secretários do governador Confúcio Moura (PMDB) e que culminaram em mudanças na estrutura do governo.
Com visão de futuro, o parlamentar trabalha atualmente na construção da nova sede do Poder Legislativo. É uma obra concebida por arquitetos e engenheiros locais, dotada de duas torres de 16 pavimentos, mais o plenário, inspirada no Congresso Nacional, numa verdadeira homenagem ao mago da arquitetura mundial, Oscar Neimeyer, falecido recentemente. “Estamos reverenciando o arquiteto do século”, explica.
Diário – O senhor foi o protagonista da política rondoniense em 2012, seja pela ascensão ao cargo de presidente da ALE,  pelas denúncias contundentes que resultaram no afastamento do ex-prefeito Roberto Sobrinho da prefeitura e na prisão de vários secretários. No âmbito estadual, forçou mudanças no alto escalão do governo. De lá pra cá o que mudou?
Hermínio
 – Mudou muita coisa, mas é preciso mudar ainda mais. Quando fiz essas denúncias, me chamaram de louco e perseguidor. Rondônia só vai melhorar quando mudar a nossa classe política. Isso que aconteceu na prefeitura de Porto Velho é apenas o começo. Ainda tem mais coisa grossa pra acontecer. Essa operação da PF atingiu apenas a ponta do iceberg que foi o esquema de limpeza de igarapés e horas máquinas. Tem o caso ainda das obras dos viadutos e as investigações sobre o governo prosseguem.
Diário – Ao iniciar um novo mandato presidindo a Mesa Diretora, quais são seus planos para o próximo biênio?
Hermínio
 – A Assembleia vai continuar fazendo seu papel que é de fiscalizar o Executivo. Infelizmente, parece que o Executivo não quer mudar. A partir desse ano, vamos ter uma participação maior nessas discussões. O momento era pra estarmos discutindo projetos de interesse do Estado, mas infelizmente os políticos não dão um bom exemplo. Vamos continuar fiscalizando, cobrando e apoiando políticas boas, sempre que for positivo, vamos apoiar. Mesmo fazendo o trabalho de cobrança, contra o governo, tudo que ele (governo) precisou a Assembléia aprovou sem precisar barganhar.
Diário – O que deve ser priorizado em Rondônia?
Hermínio
 – Estaremos intensificando o trabalho de interiorização nos municípios e debatendo ações para o Estado. Não podemos aceitar um Estado tão maravilhoso como Rondônia ter os mesmos problemas. Estaremos defendendo um novo projeto para Rondônia. Vamos propor isso na área da agricultura. Rondônia é para ser um celeiro de alimentos, mas nossos políticos não estão sabendo aproveitar essa vocação.
Diário – Quais são as possibilidades da base aliada do Governo tentar bloquear sua posse?
Hermínio
 – Apesar de existir um consenso, nas últimas semanas, vi comentários da união de PT e PMDB para tentar me tirar do cargo de presidente, mas parece que não deu certo essa articulação. A eleição para os demais cargos está muito tranqüila. Minha eleição foi legal e obedeceu o regimento interno do Congresso Nacional. Serei empossado para mais um mandato na Mesa Diretora juntamente com o deputado Maurão de Carvalho, vice-presidente. Os demais cargos vagos deverão ser preenchidos. Existe a possibilidade do deputado Edson Martins assumir algum cargo na Mesa. O nome do deputado Lebrão é cotado para a função de secretário geral e tem apoio da maioria. Existe forte tendência de a atual Mesa Diretora ser reconduzida.
Diário – Na sua opinião, quais são os principais problemas do Estado atualmente?
Hermínio
 – O Estado está quebrado e passa por um momento difícil. Tudo isso por conta de um governo sem planejamento. Outro problema e falta de compromisso com o Estado e isso é culpa da classe política. Isso não é de hoje. O nosso Estado só não quebrou porque é forte. O que está faltando é um planejamento. É preciso organizar o Estado. Não podemos mais ficar dependendo só do contracheque. O setor produtivo precisa de mais incentivo. O Governo, ao enviar projeto para Assembleia Legislativa, superestimou o orçamento de 2013 e hoje não consegue arrecadar o que foi previsto. A Procuradoria do Estado, que seria outro órgão importante para impulsionar e ajudar o governo, faz o contrário. É um entrave na vida do governo.
Diário – O que a Assembleia tem apoiado o governo do Estado?

Hermínio
 – Todos os pedidos de empréstimo que o governo tem feito junto a BNDES a Assembleia tem discutido com a sociedade e aprovado. Aprovamos ano passado quase R$ 1 bilhão de empréstimo. Apoiamos agora a  rota alternativa para o Pacífico, passando por Costa Marques, na fronteira com a Bolívia. A Assembleia vai apoiar essa bandeira. Mas insisto que está faltando um projeto sério para Rondônia.
Diário – É a construção da nova sede do Poder Legislativo como anda?
Hermínio
 – Mostramos que é possível fazer um prédio da Assemblia no tempo certo. A previsão é entregar a obra em agosto de 2014. Ajustamos o projeto, que foi inspirado no Congresso Nacional, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Teremos duas torres e amplo estacionamento com mais de 700 vagas, auditório amplo. No entorno do prédio será tudo bem arborizada. Na frente vai ter um espaço para colocar a bandeira de para cada município. É uma forma de aumentar a autoestima de Rondônia. A obra recebeu um reforço de mais de 100 trabalhadores. O prédio será moderno e a geração de energia será por meio solar, enfim um novo cartão postal de Rondônia.
Diário – O que  é necessário para Rondônia avançar em 2013?
Hermínio
 – Não acredito que esse ano será o ano da mudança, da prosperidade, como estão falando por ai. Talvez aconteçam outros escândalos até. A grande alternativa do Estado é investir na agricultura. Se pegar R$ 1 bilhão e investir na agricultura o estado bombava. O governo precisa dar incentivos para a agricultura. Falta apoio do Estado. Podemos fazer muito mais, recuperar o meio ambiente e plantar grãos. A saída para driblar a crise é agricultura organizada, investir em tecnologia e pecuária. As hidrelétricas não trazem riquezas. As obras acabam e depois vêm os problemas, um rastro de problemas sociais. É preciso investir no pequeno agricultor, onde o dinheiro circula nos municípios.
Diário – Quanto ao municipalismo, o que fazer para ajudar os municípios tão carentes?
Hermínio
 – Vamos continuar sendo parceiro dos municípios. O governo precisa de ajuda e os municípios estão em crise. O governo federal só vem sangrando os municípios. O Estado, que deveria ajudar, faz o contrário. O Fitha (programa estadual) não funciona. Empresas prestam serviço ao governo e não recebem. Não tem dinheiro. Eu acredito que esses financiamentos junto ao BNDES serão para fazer esquema dentro do governo. Vou acompanhar de perto. Por outro lado, tem mais coisa que pode acontecer no âmbito da Prefeitura de Porto Velho. Hoje a população me elogia pelas denúncias que fiz contra a gestão Roberto Sobrinho. O resultado dessas denúncias foi à prisão de vários secretários e afastamento de Roberto Sobrinho. Não exagerei quando fiz essas denúncias.
Diário – No que tange as eleições de 2014, como o senhor vê o impedimento de tantas lideranças barradas pela Ficha Limpa e seu nome sendo cogitado para disputar o governo do Estado?
Hermínio
 – Sou um cidadão comum e temos a obrigação de dar bom exemplo. Tudo que fiz, ao denunciar esses desmandos no governo e na Prefeitura, é pouco. É preciso construir um grupo de bem e tirar os parasitas do Estado. Temos um projeto para Rondônia. A Lei do Ficha Limpa foi um projeto importante, mas ela precisa ser aperfeiçoada. Quem ganhou muito dinheiro com essa lei foram os advogados. A lei foi um avanço, mas precisa melhorar. Muitas das vezes, a punição ao político é branda. (Da Redação)

1 de fevereiro de 2013

Nova saída ao Pacífico une lideranças de RO e MT

BR-429, que liga Médici a Costa Marques

Porto Velho, Rondônia - O Movimento Pró-Saída do Pacífico, através da Rodovia-429 (em Rondônia) e pela estrada central Carretera e conexões (Na Bolívia), dando acesso ao porto de Arica no Chile, já une as lideranças políticas de Rondônia e do Mato Grosso. A bandeira, levantada pelo líder do movimento, deputado estadual Eurípedes Lebrão (PTN), já tem o apoio do governador Confúcio Moura (PMDB), que determinou ao DER a licitação dos serviços de balsas sobre o rio Guaporé, em Costa Marques, na fronteira com a Bolívia.
Em Brasília, ao se pronunciar sobre o projeto, cujo embrião nasceu ainda durante o governo Jerônimo Santana, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) afirmou que o Vale do Guaporé pode contar com seu apoio irrestrito. “Marcharemos juntos com o deputado Lebrão e as lideranças deste movimento, pois esta iniciativa levará o progresso a esta região”, disse.
Ontem, o deputado Lebrão enfatizou que o movimento prepara nova missão para a Bolívia acertando detalhes da rota alternativa aos mercados asiáticos pelo Oceano Pacífico. “As coisas estão bem adiantadas, porque no lado brasileiro, a BR-429 já está pavimentada e neste ano teremos o serviço de balsas em funcionamento em Costa Marques”, explicou. Já do lado boliviano, a estrada está em excelentes condições de tráfego, mas falta a pavimentação de 280 quilômetros, para que a ligação continental seja concluída, o que está sendo negociado com o governo do Beni e com o próprio presidente boliviano Evo Morales.
A saída por Costa Marques tem prosperado desde que a alternativa por Guajará-Mirim fracassou por atingir área indígena e gerar fortes protestos no País vizinho. Na opção da saída para o pacifico, por Assis Brasil (AC), pelo Peru, a rodovia não possibilita o tráfego de cargas pesadas. Com isso, as autoridades brasileiras se voltam para firmar a rota comercial através de Costa Marques.
Enumerando as vantagens para Rondônia e o Mato Grosso, o deputado Lebrão ressalta que novo caminho para o pacifico, pelo Vale do Guaporé, economiza com relação aos portos peruanos cerca de 1.500 quilômetros em transportes. Além disso, abre um grande mercado para os produtos agropecuários e industrializados de Rondônia para uma população de três milhões de habitantes, na região metropolitana de Santa Cruz de La Sierra, situada a cerca de 600 quilômetros de Costa Marques. Como se sabe, esta região importa tudo dos Estados Unidos e, com o novo acesso, contará com preços mais competitivos para o intercâmbio comercial.