31 de janeiro de 2013

Raupp diz que Renan Calheiros vencerá eleições no Senado Federal

Porto Velho, Rondônia - Depois de sacramentar com os partidos o loteamento de cargos na Mesa Diretora do Senado, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) entra na disputa na sexta-feira (01/02) pela presidência da Casa como o franco favorito. Mesmo sob denúncias, a estimativa é que Renan obtenha entre 55 e 60 votos favoráveis à sua candidatura para suceder José Sarney (PMDB-AP), atual presidente do Senado. Para se eleger, Renan precisa dos votos de metade dos presentes mais um (maioria simples). As dissidências deverão ficar entre 20 e 25 votos. "Ele (Renan) consegue se eleger tranquilamente, com uma grande folga de votos", afirmou na quarta-feira (30) o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO).

Os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT) reúnem-se hoje para decidir se manterão as duas candidaturas alternativas ou se lançarão um candidato único. A avaliação é que Taques tem mais chances de conquistar votos do que Randolfe. A estimativa é que Taques obtenha entre 20 e 25 votos, caso saia candidato. Já Randolfe conseguiria apenas arregimentar cerca dez votos.

Os tucanos ficaram irritados com Randolfe, que acusou o PSDB de ter feito acordo para salvar o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira em troca de apoio à candidatura de Renan.

Liderança. Para consolidar sua vitória na eleição de amanhã, Renan trabalhou nos últimos dias para acabar com o racha em torno da disputa pela liderança do PMDB. O senador Romero Jucá (RR) ameaçou disputar a liderança do partido contra Eunício Oliveira (CE).

Essa divisão interna no PMDB foi encarada como um risco à sua candidatura. Afinal, o derrotado poderia se "bandear" para a candidatura alternativa ou até se abster de votar. Eunício será ungido nesta quinta-feira como novo líder do partido no Senado. A fim de pacificar o partido, a estratégia de Renan foi voltar atrás e concordar em dar a 2.ª Vice-Presidência do Senado para Jucá. Esse cargo já havia sido oferecido ao PTB do senador Gim Argello (DF), que abriu mão e irá ocupar a 2.ª Secretaria do Senado com João Vicente Claudino (PI).

O PTB também ganhou a presidência da Comissão de Infraestrutura, que ficará com o ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello (AL). No loteamento de cargos na Mesa empreendido por Renan coube ao PR ficar com a 3.ª Secretaria. Para o cargo, será indicado João Ribeiro (TO) ou Magno Malta (ES). O ex-governador Blairo Maggi (PR-MT), que já ganhou o troféu "motosserra" por promover desmatamento nas suas plantações de soja, será o novo presidente da Comissão de Meio Ambiente.
Prefeitura da CasaConsiderada uma espécie de prefeitura do Senado, responsável por um orçamento de R$ 3,5 bilhões para este ano, a 1.ª Secretaria deverá ficar a cargo do PSDB, provavelmente nas mãos do senador Flexa Ribeiro (PA). O cargo poderá, no entanto, ser disputado por um candidato "alternativo", caso os tucanos decidam fechar questão contra a eleição de Renan.

O argumento é que se os tucanos não respeitarem a proporcionalidade para a presidência do Senado também não é preciso respeitar a mesma regra para preencher a 1.ª Secretaria. Daí a dificuldade do partido de fechar questão contra a candidatura de Renan, mesmo depois de o senador e presidenciável Aécio Neves (MG) ter ido a público pedir a renúncia do peemedebista.
AécioO tucano defendeu a manutenção do critério da proporcionalidade nos cargos da Mesa Diretora - ou seja, a presidência cabe ao PMDB que, provavelmente, indicará hoje Renan para comandar o Senado pelos próximos dois anos. Com uma bancada de 11 senadores, atrás do PMDB e do PT, os tucanos têm regimentalmente o direito de ocupar a 1.ª Secretaria do Senado. Já o PT, segundo maior partido do Senado, ficará com a 1.ª Vice-Presidência a cargo do petista Jorge Viana (AC). O PT garantiu apoio integral à eleição de Renan Calheiros para evitar confrontos com o PMDB. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Fonte: Agencia Estado

30 de janeiro de 2013

Rondônia, um corredor exportador


Porto Velho, Rondônia - O porto de Porto Velho, em Rondônia, um dos principais corredores de exportação de soja e milho do Norte brasileiro, está prestes a tirar do papel um projeto que promete duplicar o fluxo de cargas pelo Rio Madeira a partir do fim do próximo ano. Ou seja, deve beneficiar o escoamento da safra 2014/15.
A obra será viabilizada por investidores privados e tende a aliviar a sobrecarga nas estradas que hoje transportam os produtos até Santos e Paranaguá. A principal delas é a BR-163, rodovia que rasga o mar de soja no Centro-Oeste brasileiro e que já dá sinais de esgotamento nos primeiros passos da colheita de Mato Grosso, maior produtor nacional de soja. A via é o único canal de transporte da produção do Norte e Centro-Oeste para os portos do Sudeste e Sul do país.
Em visita a Rondônia pela primeira vez, a Expedição Safra Gazeta do Povo reuniu-se com diretores da Sociedade de Portos e Hidrovias do estado (Soph) e também com representantes de uma das empresas que operam atualmente no terminal. A Hermasa, do grupo André Maggi, confirmou a construção de uma nova estrutura para embarque de grãos fora da capital. A área, que já está loteada, fica oito quilômetros abaixo do porto atual, numa região conhecida como Portochuelo, o que deve encurtar o percurso das embarcações até Itacoatiara (AM), porta de saída das cargas para o exterior.
A construção vai exigir investimento inicial de R$ 80 milhões. O dinheiro será aplicado pelo grupo Amaggi e um investidor independente. A sociedade deu origem à Rio Madeira, empresa que vai gerir o empreendimento. “Temos a certidão de viabilidade e o terminal da Amaggi já tem um projeto pronto, com licenciamento ambiental”, conta Dolores Barofaldi, que coordena o complexo por­­tuário e faz a ponte entre os investidores. O governo do estado apoia a construção do terminal, que vai desviar as carretas que hoje entram na cidade para chegar à área portuária e incomodam a comunidade local.
A estrada de acesso já foi aberta pelo governo, mas metade do trecho ainda precisa ser asfaltado, segundo os investidores. Com uma estrutura limitada, atualmente o porto movimenta cerca de 4,5 milhões de toneladas de grãos por ano em dois terminais – um público e outro privado. Maior parte desse volume – cerca de 4 milhões de toneladas – é produzido no Noroeste de Mato Grosso . O restante sai do Sul de Rondônia.
No primeiro ano de operações, somente o terminal do grupo Amaggi pretende dobrar a capacidade em relação ao volume atual – de 2,5 milhões de toneladas de grãos para 5 milhões de toneladas. O projeto prevê ainda outros lotes a serem comercializados pelo Complexo Porto Madeira. A Soph também terá uma área exclusiva para embarques.
Porto quer ampliar embarque de carnes
A administração do porto de Porto Velho pretende alavancar os embarques de carnes pelo Rio Madeira ainda neste semestre. Uma obra que prevê a instalação de rede elétrica em um pátio para contêineres refrigerados está sendo licitada pela administradora do porto. Hoje os frigoríficos da região enviam a maior parte de suas cargas até Santos ou Paranaguá – uma viagem de mais de 3 mil quilômetros. Se a carne sair por Porto Velho, o percurso cairia a aproximadamente um terço.
Para viabilizar o escoamento e tirar o projeto do papel, o porto conta com a produção do JBS, maior frigorífico do mundo, além do Minerva e do Frigon, que têm unidades tanto no estado como em Mato Grosso. “Eu os chamei para conversar e eles demonstraram interesse grande em exportar por aqui, principalmente por causa da Lei do Caminhoneiro, que vai onerar muito a carga de transporte”, explica Ricardo de Sá Vieira, diretor-presidente da autarquia.
Ele diz que o JBS se comprometeu em escoar a carne produzida em dez unidades espalhadas pelo norte de Mato Grosso e Rondônia quando o porto tiver estrutura adequada. O porto deve começar a embarcar 300 contêineres por mês de carne, embora sua capacidade total seja para 500 contêineres mensais, conforme Vieira.
Governo prepara roteiro de visitas contra embargo
Folhapress
O governo brasileiro prepara um roteiro de visitas ao Oriente Médio e à Ásia para tentar retomar as exportações aos países que embargaram a carne do Brasil. Técnicos do Ministério da Agricultura embarcam para o exterior logo após a reunião do comitê científico da Organização Mundial de Saúde Animal, que será realizada em Paris entre 4 e 8 de fevereiro.
A expectativa é de que o comitê mantenha o status da carne brasileira de “risco insignificante”, derrubando automaticamente o embargo em diferentes países.
Países como a Arábia Saudita e China, que juntos compraram US$ 238 milhões em carne no ano passado, serão procurados pelos brasileiros para que as exportações sejam retomadas imediatamente.
As negociações com o maior comprador de carne brasileira, a Rússia, serão intensificadas depois do Carnaval, durante visita do primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, ao Brasil. A Rússia é hoje o primeiro destino internacional da carne brasileira, tendo comprado US$ 1,1 bilhão no ano passado.
O país é o maior importador de carne bovina brasileira, o segundo de carne suína e o quinto de carne de frango, mas tem colocado exigências sanitárias questionadas pelas autoridades brasileiras.
Confira no site
O jornalista Cassiano Ribeiro e o repórter fotográfico Jonathan Campos percorrem o Centro-Oeste e parte do Norte do Brasil pela Expedição Safra: www.expedicaosafra.com.br

28 de janeiro de 2013

A quem interessa a PEC 37?

Começou ontem por Porto Velho e vai se estender a outros estados a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37 que tira do Ministério Público, Receita Federal e Tribunal de Contas o poder de investigar. Foi graças a esses órgãos que acabou sendo desarticulada, no dia 6 de novembro do ano passado, uma organização criminosa formada pela alta cúpula do PT que desviava recursos da Prefeitura de Porto Velho.
A atuação desses órgãos também serviu para mandar pra cadeia o ex-presidente da Assembleia Legislativa, ex-deputado Valter Araújo, juntamente com assessores do alto escalão do governo e empresários. O esquema, montado na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), foi desarticulado pela Polícia Federal com apoio do Ministério Público.
O cidadão rondoniano não conseguiu apagar da memória a “Operação Dominó”, desarticulada pela Polícia Federal e que resultou na prisão de ex-presidente da Assembleia, Carlão de Oliveira, ex-presidente do Tribunal de Justiça, Sebastião Teixeira Chaves, juiz e respingou também no Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público Estadual.
Paralela a essa PEC, tramita na Câmara Federal o projeto de lei 6827/2010, que atinge diretamente essas instituições. Pela proposta original, essas instituições não poderão emendar ações judiciais já propostas. Em resumo, as autoridades competentes perdem o poder de promover a responsabilidade administrativa.
A sociedade deve se mobilizar e apoiar esses movimentos. A corrupção é uma doença que precisa estar em constante observação. Milhões de recursos são desviados pelos governos municipais, estaduais e federal. É um dinheiro que não tem retorno e a população fica no prejuízo. Se esses órgãos forem impedidos de fiscalizar a aplicação correta dos recursos oriundos de impostos do contribuinte, quem será responsável por esse trabalho? Se essa proposta em tramitação no Congresso for aprovada, seria mesmo que deixar a raposa tomando conta do galinheiro? A quem interessa a aprovação dessa PEC? Essa proposta é bem semelhante aquela que acaba com o curso superior de jornalista. A quem interessa intimidar a imprensa?

Rondônia terá rota alternativa para o Pacífico

Deputado Lebrão é da região de São Francisco


Porto Velho, Rondônia - O Estado de Rondônia está firmando uma nova alternativa rodoviária para o Pacífico, a partir de Costa Marques, e com grande vantagem sobre as outras opções, como a do Acre, seja em termos de distância – uma economia de 1.300 quilômetros – ou pelas melhores condições de tráfego rodoviário, de acesso aos portos do Chile. É o que assegura o deputado estadual, José Eurípedes Clemente, o Lebrão (PTN-São Francisco), que funciona como um embaixador desta causa junto às autoridades bolivianas desde a década passada. Agora, finalmente, a rota alternativa idealizada pelo ex-governador Jerônimo Santana, na década de 80, está se firmando com a pavimentação concluída da BR-429, que liga Presidente Médici a Costa Marques; e a instalação de balsas na fronteira. Do lado boliviano, ainda faltam 270 quilômetros de pavimentação – já em fase de implementação – para a conclusão da nova rota alternativa, dando melhores condições de competividade para o Brasil nas exportações para os países asiáticos e, com Rondônia, acessando um mercado consumidor carente de produtos agropecuários – os bolivianos importam quase tudo dos Estados Unidos – de quase três milhões de pessoas na região da grande Santa Cruz, a grande metrópole boliviana.
Liderança política emergente no interior, Lebrão é o parlamentar mais votado do Vale do Guaporé e emplacou com seu apoio à eleição, dois prefeitos na região nas eleições de 2012. Empresário do ramo madeireiro, com 57 anos de idade, Lebrão é natural de Barretos (SP), casado, pai de dois filhos, tem 30 anos de Rondônia, sendo 15 anos desbravando Cerejeiras e outros 15 radicados em São Francisco do Guaporé e Costa Marques. Na entrevista, a seguir, Lebrão, que é o 1º secretário da Assembleia Legislativa, fala da política, dos seus projetos e anuncia a conclusão do novo prédio da Casa de Leis – que está economizando e se adequando à Lei de Responsabilidade Fiscal – para 2014.
Diário – Como entrou na política?
Lebrão – Na verdade a coisa foi meio acidental. Fui vice-prefeito de Costa Marques, eleito em 2004, pelo PMN. Tenho apenas oito anos de política. Depois entrei no PTN e disputei a primeira vez o cargo de deputado. Fui bem na eleição, o 15º mais votado, ficando na suplência dos deputados Alex Testoni e Luís Claudio. Com a eleição do Alex a prefeito em Ouro Preto, assumi sua cadeira, em 2008.
Diário – E a reeleição em 2010? O Sr. não integrava a lista dos favoritos…
Lebrão – Na verdade foi uma surpresa agradável. Tive a quarta maior votação do Estado, com cerca de 16 mil votos. Existia um trabalho sendo feito ao longo dos anos. Defendo uma região carente, o Vale do Guaporé. É uma região muito unida, bairrista. Com isso, obtive 50 por cento dos votos em Costa Marques, 50 por cento dos votos do município de São Francisco, 36 por cento dos votos em Seringueiras e 15 por cento em São Miguel do Guaporé. E para minha surpresa maior, em Porto Velho ganhei a confiança de mais de dois mil eleitores. Por isso, a Capital, mais precisamente a região do distrito de Vista Alegre, é meu novo reduto eleitoral.
Diário – E quanto às campanhas vitoriosas em 2012 em São Francisco e Costa Marques?
Lebrão – Graças a Deus fomos vitoriosos em Costa Marques, com o Chico Território e em São Francisco com a prefeita Gislaine Lebrinha, minha herderia política. É o resultado de um trabalho. A gente defende esta região com unhas e dentes. Tenho que atribuir o sucesso aos parceiros que nos acompanham, às equipes e alianças partidárias.
Diário – Quais são as perspectivas do Vale do Guaporé, uma região historicamente abandonada?
Lebrão – Temos que agradecer muito aos parlamentares que contribuíram para a pavimentação da BR-429, que ainda falta finalizar as obras de artes. Faltam nove pontes licitadas que serão construídas em 2013. Com isso foi mudada a estrutura da região. E nós, mais agora trabalhamos em conjunto com o governador Confúcio Moura e o diretor-geral do DER, Lúcio Mosquini; com o general do Exército Poty, para implantar a ligação da BR-429 até o Pacífico, passando pela Rodovia Carretera Central, na Bolívia, que integra as cidades de São Joaquim, São Ramon, Trinidad, a Capital do Beni, atendendo cinco departamentos bolivianos. Uma região com mais de três milhões de habitantes, um novo mercado de consumo, de transportes, cultural e turístico nos ligando ao Chile através dos seus portos e nos aproximando assim do Continente Asiático. Esta é a melhor rota de integração, a de Costa Marques ao Chile, com vantagens sobre a saída por Assis Brasil no Acre ligando aos portos do Peru. Por Costa Marques teremos uma economia de 1.380 quilômetros e comparando ainda mais a situação geográfica, temos vantagens. A favor da ligação pela Bolívia, por Costa Marques, nós temos uma estrada quase que totalmente plana, viabilizando os transportes, ao contrário da saída pelo Acre, pela estrada Transoceânica, que inviabiliza o transporte de cargas.
Diário – Em que estágio está a viabilização desta rota alternativa ao Pacifico?
Lebrão – Temos acompanhado os desdobramentos com novas audiências na Bolívia, discutindo tudo isto e temos avançado muito a respeito. Nas próximas semanas teremos audiências no vizinho País para tratar desta nova interligação. Na verdade a estrada já está pronta e vamos instalar as balsas a partir de Costa Marques. No solo boliviano falta apenas a pavimentação de 280 quilômetros. A ideia original desta alternativa é do ex-governador Jerônimo Santana. E o DER vai fazer a licitação de concessão das balsas em Costa Marques, na fronteira.
Diário – E quanto à Assembleia Legislativa. Quais as principais ações em andamento?
Lebrão – Como 1º secretário, tenho um pouco mais de um ano de gestão. Já estou implantando um novo modelo de trabalho, valorizando os funcionários estatutários da Casa, para dar oportunidades de ocupação para não ficarem ociosos, sem lotação e nos seus devidos lugares onde foram aprovados nos seus respectivos concursos. Com isso vamos reduzir a quantidade de portariados e baixar a folha de pagamento. Estamos trabalhando também num novo plano de carreira, e neste projeto teremos avanços. Hoje os funcionários da ALE-RO têm os melhores salários das Assembleias Legislativas do Brasil. Enfim, estamos fazendo todos os ajustes e nos adequando às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Diário – Quanto à construção da nova sede da Assembleia Legislativa?
Lebrão – Estamos economizando recursos para a conclusão da obra. A nova sede está em andamento e acredito que até 2014 deverá estar finalizada. Trata-se de uma obra moderna, que vai servir de referência para as demais Assembleias Legislativas. Teremos uma à altura de Porto Velho e Rondônia, mostrando a pujança e a modernidade rondonienses, formando com o centro administrativo e os tribunais, o centro cívico de Rondônia. Será um cartão postal de Rondônia para o restante do Pais
Diário – E com relação à reabertura dos trabalhos legialtivos e as eleições dos demais membros da Mesa Diretora punidos durante a Operação Termópilas?
Lebrão – Serão eleitos, agora em fevereiro, o primeiro vice, o segundo vice e todos os secretários. Só o presidente está reeleito. O deputado Hermínio continua na Presidência. Todo o restante dos cargos vai para votação.
Diário – Como vê o governo Confúcio Moura?
Lebrão – Entendo que o governo Confúcio tem uma administração até o momento tímida, mas que tem grandes condições de fazer um grande trabalho em 2013. Ele sempre teve apoio da Assembleia Legislativa, quase por unanimidade dos deputados que proporcionam os mecanismos necessários para que o governo faça uma baita administração.
Diário – O que é preciso fazer para melhorar Rondônia?
Lebrão – Veja bem, cobramos mais investimentos na saúde, que já apresenta alguns sinais de melhora. É preciso investimentos fortes na agricultura do Estado. A piscicultura já tem dado resposta positiva. A soja já está dando mais resultados e será o grande motor da economia rondoniense nos próximos anos. É preciso mais tecnologia na pecuária, com inseminação, tanto no rebanho de corte como no gado leiteiro. Não há crise no setor produtivo, aliás, o que se vê é o produtor crescendo, trocando o cavalo pela moto. E com a energia de Jirau e Santo Antônio, precisamos buscar a industrialização, principalmente em Porto Velho, onde vemos reduzir a criação de empregos.
Diário – O que espera de nossos governantes em 2013?
Lebrão – Muito trabalho. Minha mensagem é de otimismo. Tenho certeza que trabalhando juntos, nós vamos fazer uma Rondônia cada vez melhor, com êxito, com a união de todos. Quero desejar um ano de muita prosperidade para todo povo rondoniense.

25 de janeiro de 2013

Boiadeiro anuncia benefícios para Nova Brasilândia

Adriano Boiadeiro com o governador Confúcio Moura

Porto Velho, Rondônia - Na próxima segunda-feira (28) terá início o serviço de conclusão do aterro no entorno da galeria da ponte da RO 010, no distrito de Migrantenópolis, região de Novo Horizonte. O anúncio foi feito ontem pelo deputado estadual Adriano Boiadeiro (PRP-Nova Brasilândia), após sair de uma reunião com o diretor geral do Departamento de Estrada e Rodagem (DER), Lúcio Mosquine.
Adriano Boiadeiro lembrou que ano passado foi realizado o serviço de construção de galeria, mas faltou o aterro. “Recebemos a garantia do diretor geral do DER que a empresa inicia os trabalhos na próxima segunda-feira”, afirmou o parlamentar.
Ainda essa semana, Adriano Boiadeiro esteve com o governador Confúcio Moura (PMDB), ocasião que solicitou investimentos do Estado na recuperação da malha viária da região. “Algumas estradas, em função da fortes chuvas, precisam receber reparos”. Ele solicitou do governo o serviço urgente na recuperação das linhas vicinais na região de Rolim de Moura, São Miguel, Novo Horizonte e nas estradas que dão acesso a BR-429, no Vale do Guaporé.
O parlamentar lembrou que Rondônia tem sua vocação voltada para o setor agrícola. “O Estado tem que garantir estradas em boas condições de trafegabilidade. Quem ganha com isso é o pequeno produtor, que terá a oportunidade de escoar seus produtos. Por outro lado, Estado o comércio lucram com a geração de receita e mais emprego”. afirmou. 

23 de janeiro de 2013

Câmara de Porto Velho anuncia redução de despesas

Cabo Anjo, Allan Queiroz e Marcelo Freire/ Foto Roni

Porto Velho, Rondônia - Dar publicidade e transparência aos gastos, além de reduzir custos com cargos comissionados. É dessa forma que o presidente da Câmara Municipal de Porto Velho, Alan Queiroz (PSDB), pretende trabalhar, juntamente com os demais membros da Mesa Diretora, vereadores Delso Moreira (PRB - 1º vice-presidente), Ana Negreiros (PMDB - 2ª vice-presidente), Sid Orleans (PT - 1º secretário), Márcio Pacele (PSB - 2º secretário) e Cabo Anjos (PDT - 3º secretário).

Em visita ontem ao Diário, acompanhados do vereador mais votado, Marcelo Reis (PV), Alan e Cabo Anjos garantiram que, apesar do recesso parlamentar, os vereadores estão trabalhando intensamente para atender às demandas da população em sintonia com o prefeito Mauro Nazif (PSB). Eles fizeram questão de reforçar que, apesar da formação da Mesa Diretora não ter sofrido infuência de Nazif, a Câmara será parceria do Executivo com vistas à redução dos problemas sociais que afligem a população. Como prioridade para esta época do ano, eles citaram os serviços de drenagem, tapa-buraco e de combate à dengue. “Desde que assumimos, deixamos a questão partidária de lado para trabalharmos juntos pela solução dos problemas do município”, afirmou Alan.

Eles também destacaram a intenção de enxugar a folha de pagamento como compensação ao aumento do número de vereador de 16 para 21. “A proposta é promover uma economia em torno de R$ 2,4 milhões ano com a redução de cargos para posteriormente realizarmos concurso público”, disse Alan Queiroz,  completando que o dinheiro extra deverá ser aplicado em projetos, como a revitalização do prédio onde funcionou a Câmara da Capital, na rua  José Bonifácio. “A proposta existe desde a gestão anterior e deverá ser concretizada agora”, afirmaram os vereadores, que além de agradecer aos eleitores neste início de gestão têm também buscado orientações dos Ministérios Públicos do Estado e Federal, além do Tribunal de Contas do Estado para atuarem em conformidade com as normas desses órgãos. (DA REDAÇÃO) 

Imóveis estão mais baratos em Porto Velho

Placa de aluga-se na avenida Jorge Teixeira (foto Roni)

Porto Velho, Rondônia - O advento das Usinas Hidrelétricas do Madeira (UHES) provocou uma reviravolta no setor imobiliário de Porto Velho, inflacionando valores de compra, venda e aluguel de imóveis no período de 2010 e 2011. Com o andamento das obras, no ano passado grande parte do contingente de trabalhadores e técnicos se retirou ou ainda está se retirando da cidade. Com isso os preços de imóveis vão despencando a cada dia.
O povo confundiu aquecimento de mercado com especulação desenfreada e sem rumo”, define Valdenir Cortez Leite, proprietário de uma imobiliária na Capital. “Embora muita gente ainda não tenha caído na real, o preço do metro quadrado de construção já não é mais o mesmo e como o desgaste de imóveis fechados é muito alto, principalmente no clima úmido desta época de inverno amazônico, a tendência é de que os proprietários baixem os preços para fechar negócios.
Os aluguéis baixaram em torno de 30%, de acordo com a também proprietária de imobiliária Rosário de Fátima Rodrigues Pereira. Como o mercado ainda está se ajustando, os interessados na compra ou aluguel devem pesquisar bastante antes de tomar uma decisão, aconselham os corretores. Valdenir Cortez lembra que o setor imobiliário é regido pelo velho princípio da oferta e da procura. Ou seja, se ficou reduzido o número de interessados na compra e aluguel de imóveis, a tendência é de que eles fiquem mais baratos. A “euforia” do setor no biênio 2010 e 2011 levou os empresários do ramo a investirem na construção de condomínios de casas e apartamentos de médio e alto padrão em Porto Velho, para atender pessoas de um melhor poder aquisitivo. Estes imóveis estão sobrando no mercado. Já para quem ganha pouco, continua a falta de opções.
Preços menores
Para quem está buscando uma casa para alugar em Porto Velho, as notícias são boas. Os preços estão baixando rapidamente. Proprietária de uma imobiliária que se dedica mais à locação do que à venda de imóveis, Rosário de Fátima relata que é grande o número de pessoas que estão deixando a cidade e desocupando imóveis disponíveis para aluguel. “As empresas (construtoras das hidrelétricas) chegam a demitir grupos de 50 funcionários de uma só vez”, relata ela.
Outro fator relevante é a construção de conjuntos residenciais para os trabalhadores. Com isso, eles deixam de receber o auxílio aluguel e desistem das locações. “Pequenos apartamentos que custavam R$ 600, hoje são alugados por até R$ 400. Os preço estão ficando menores inclusive durante o reajuste de contratos de locação”, afirma a corretora.
Minha Casa, Minha Vida
A Prefeitura calcula que Porto Velho tenha um déficit habitacional de 14 mil imóveis. Os corretores consideram que este número pode ser bem maior. A opção oferecida para aquisição de casa própria para os trabalhadores que ganham menos é prejudicada pelos altos preços dos imóveis em Porto Velho. “Se a pessoa quiser comprar uma casa pelo programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ terá que comprovar para a Caixa Econômica Federal que tem uma renda entre R$ 3.500,00 a R$ 4 mil para adquirir um imóvel de aproximadamente R$ 140 mil e pagar um percentual, de pelo menos, R$ 25 mil de entrada. “Sabe-se que a maior parte da população de Porto Velho ganha bem menos que isso”, ressalta Valdenir. Com isso, ao mesmo tempo em que há uma grande oferta de imóveis, tem muita gente que não tem casa na Capital.
Localização
A localização do imóvel é de extrema importância. Deve-se levar em conta as condições de segurança, tendo em vista o grande número de assaltos registrados na cidade. A proximidade com unidades de saúde, escolas e comércio também faz a diferença. Outros aspectos a considerar são o asfaltamento, abastecimento de água, energia elétrica e a coleta de lixo. “A consulta a um corretor é sempre aconselhável para quem vai investir na casa própria”, assegura Valdenir.
A dica é pesquisar
Além de procurar um bom preço, os interessados em comprar imóveis devem estar atentos as condições do prédio. Valdenir dá algumas dicas que podem garantir uma boa compra. É muito importante que o imóvel esteja regularizado junto aos cartórios. Esta é uma condição básica exigida para o financiamento da casa pela rede de bancos particular e pública. A regularização de imóveis é um problema que atinge principalmente as casas mais antigas de Porto Velho. A grande maioria não tem documentação.
Os interessados na compra ou aluguel de imóveis devem observar as condições de conservação do imóvel. “Hoje em dia existem muitas opções, como cerâmicas de alta qualidade e esquadrias de pedra que enfeitam e oferecem melhores condições de limpeza e conservação. Também é importante avaliar a altura do pé direito da casa, condição que garante um maior conforto térmico, tendo em vista as altas médias de calor registradas em Rondônia. (Ana Aranda)

22 de janeiro de 2013

LIMPEZA URBANA: Ecoporto quer desfazer equívocos na interpretação do contrato

 
Porto Velho, Rondônia - Com a participação da população, a Prefeitura de Porto Velho começa a discutir na próxima semana, por meio de audiências públicas, a vigência dos contratos com as empresas detentoras de concessões públicas. Duas das mais polêmicas, e que serviram de combustível para debates e discursos inflamados na recente campanha eleitoral, são as que tratam do transporte urbano de passageiros e da limpeza ambiental.
 
Nestes casos, muitas vezes a falta de informação acerca dos contratos que regem essas concessões – serviços públicos prestados por empresas privadas – acaba por contaminar o debate público, favorecendo a disseminação de impressões e conceitos pessoais que levam a equívocos destoados do contexto dos contratos.
 
No caso da limpeza ambiental, por exemplo, a empresa Ecoporto, pertencente ao grupo Marquise que há 17 anos presta esse serviço por meio de contrato de concessão adquirido em licitação pública, vai aproveitar a audiência pública a ser realizada na Câmara Municipal na próxima terça-feira (29) para explicar os pontos do contrato que vêm sendo questionados, inclusive pelo Tribunal de Contas do Estado, que em dezembro último acusou a existência de supostas ilegalidades, embora em decisões do mesmo TCE (268/2008 do processo 3747/07 e 251/2009 do processo 1873/2009), o Tribunal julgou legais os editais de licitação que culminaram na contratação da Ecoporto como concessionária.
 
O TCE-RO também já se manifestou de forma conclusiva pela inexistência de direcionamento ou ilegalidade no julgamento das propostas dessa mesma licitação.
  
Equívocos
 
Um dos pontos principais a ser esclarecido, segundo o diretor operacional do grupo, Hugo Nery, diz respeito a própria natureza do contrato. A seu ver, o TCE comete um equívoco. Ele explica que o contrato está sendo analisado como se fosse um contrato administrativo de prestação de serviços, e não como modelo de concessão, de médio e longo prazo. “O modelo de concessão está previsto na legislação brasileira e já foi julgado constitucional em diversos Tribunais, inclusive pelo próprio Tribunal de Contas do Estado de Rondônia”, explica Nery.
 
Vários municípios do Brasil, como São Paulo, adotam modelo de concessão semelhante ao de Porto Velho, pois somente contratos de longa duração – como concessão e PPP – tornam viáveis investimentos de tão grande porte como os previstos para o serviço de limpeza urbana da capital.
 
Tarifa
 
A tarifa cobrada, outro ponto questionado pelo TCE, “é exatamente a constante da proposta vencedora da licitação e do contrato assinado com a Prefeitura”, afirma o executivo do grupo empresarial. “Diferentemente do contrato administrativo, pelo qual o contratante paga a cada serviço executado, na concessão a tarifa é calculada para recuperar ao longo dos anos, os diversos investimentos previstos para curto e médio prazo pela concessionária. No caso de Porto Velho, diluiu-se por 20 anos o pagamento dos investimentos previstos - que são mais expressivos no início  do contrato”, explica.
 
Desequilíbrio
 
O projeto original do município previa quantidade média mensal de seis mil toneladas a coletar e tratar no aterro sanitário. Entretanto, ao longo dos últimos anos, a Ecoporto vem coletando 11 mil toneladas e tratando 14 mil toneladas mensalmente no aterro controlado. “Esta situação obriga a empresa a providenciar uma estrutura muito maior do que a contratada,  em equipamentos e mão de obra, o que vem acumulando gastos a maior no valor de cerca de R$ 480 mil mensais. A Ecoporto recolhe atualmente o dobro do que foi contratado e trata o triplo, sem receber pelo excedente”, acrescenta Hugo Nery.
 
Retenções
 
Além do prejuízo causado pelo desequilíbrio contratual, a Ecoporto enfrenta retenção indevida de pagamentos como resultado de interpretações equivocadas. Isto porque a fiscalização municipal e o TCE entendem que o pagamento dos investimentos só poderia ser efetuado após a execução dos serviços, o que contrasta frontalmente com o objetivo da concessão, que é diluir, através de tarifa mensal, os valores de investimento ao longo do tempo do contrato. Como resultado dessas retenções de pagamentos, a Prefeitura já acumula uma dívida de R$ 9 milhões com a Ecoporto, que mesmo assim continua a executar os serviços de limpeza urbana.
Aterro
Outro motivo alegado pelo TCE para solicitar a anulação do contrato é a não instalação do aterro sanitário no tempo previsto em contrato. Sobre a pendência, Nery, relembra que o papel da empresa é executar a obra e que a contrapartida da prefeitura era entregar o local onde deveria ser feita a estrutura de manejo dos resíduos.
“Na época que o acordo foi feito, em 2006, havia um local programado. Acontece que o contrato ficou em análise por um período acima do previsto e quando foi aprovado, no início de 2010, o terreno tinha sido invadido. A prefeitura precisou então procurar um outro local. Sem terreno, não há como fazer o aterro”, isenta-se o diretor.
Há um novo local previsto para a construção do aterro, mas depende de aprovação e de negociação com o proprietário. “Mesmo com essa dúvida, já fizemos o projeto básico e executivo da obra, já aprovado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam). Ou seja, podemos levar outro prejuízo caso não se concretize esse espaço, mas estamos agindo porque não queremos mais perder tempo”. O investimento previsto para a construção do aterro é de R$ 15 milhões.
Para o grupo, a inaptidão da prefeitura em providenciar o terreno influencia diretamente na continuidade do lixão municipal, outro argumento elencado pelo TCE para pedir a nulidade do acordo. “Não há como desativar a lixeira municipal se não tenho um local pronto para destinar esses resíduos”, salienta o diretor.
 
 
Números
 
Diferenças entre o que foi contratado e o serviço prestado pela Ecoporto:

Contêineres em operação 156 – previstos no contrato  130 - 26 a mais.
 
Veículos (caminhões, furgões, etc) em operação 24 – previstos no contrato 15  - 9 a mais.
 
Pessoal (coletores, motoristas, etc) em operação 138 – previsto no contrato 88 - 50 a mais.
 

21 de janeiro de 2013

Projeto de Ivo Cassol prevê que posto informe preços a ANP


Porto Velho, Rondônia - Os postos de combustíveis poderão ser obrigados a informar os seus preços atualizados na página eletrônica da Agência Nacional de Petróleo (ANP). O projeto de lei consta da pauta de votações do Senado Federal.
A proposta (PLS 353/2011) exige que os estabelecimentos revendedores varejistas atualizem permanentemente na página eletrônica da ANP os preços de cada tipo de combustível vendido, líquido ou gasoso derivado de petróleo, álcool combustível e outros combustíveis renováveis.
De acordo com o autor da matéria, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), o objetivo é auxiliar os consumidores a encontrar o posto de revenda de combustíveis que ofereça o produto com o preço mais baixo.
O texto é um substitutivo do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) a projeto de lei do senador Ivo Cassol (PP-RO), que consta da pauta de votações da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).
É importante registrar que as informações trarão outros benefícios, além de orientar o consumidor a encontrar preços mais baixos. Elas permitirão a elaboração de índices de preços dos combustíveis, que são muito úteis para a orientação da política energética. Ademais a publicidade dos preços irá estimular a concorrência entre os postos e, por consequência, reduzirá os preços”, diz Ivo Cassol, em sua justificativa.
O projeto foi apreciado no final de 2011 pela Comissão de Serviços de Infra-Estrutura, a qual aprovou substitutivo do senador Sérgio Souza (PMDB-PR). 
As alterações feitas ao texto original por Sérgio Souza visaram dar à ANP maior tempo para implementar a nova sistemática de divulgação dos preços de combustíveis. Em seu substitutivo, na CMA, Flexa Ribeiro acatou as modificações aprovadas na CI, mas fixou prazo de 12 meses para a ANP começar a publicar os preços em seu site.
A Agência Nacional já divulga informações sobre postos de combustível em sua página na Internet. Os dados, divulgados semanalmente, levam em consideração os valores dos postos de combustíveis do País, das regiões, estados, municípios e capitais.
Os números mostram que na semana de 13 a 19 de janeiro deste ano, o Ceará teve um preço médio ao consumidor de R$ 2,732. A média é de 229 postos pesquisados. Em Fortaleza, o preço é R$ 2,690.
No País, foram 8672 postos na semana com um preço ao consumidor de R$ 2,758. (com agência Senado). 

19 de janeiro de 2013

Kazan Roriz anuncia candidatura ao Governo de Rondônia

O empresário Kazan Roriz é presidente do PEN


O empresário Kazan Roriz de Carvalho assumiu a liderança do Partido Ecológico Nacional (PEN) em Rondônia e já trata da sua organização nos 52 municípios do Estado. A nova legenda pretende disputar as eleições no ano que vem com nominatas à Assembleia Legislativa, Câmara Federal, Senado e ao governo do Estado. Ele anunciou que está assumindo sua pré-candidatura ao governo, abrindo – e precipitando assim - o processo sucessório do governador Confúcio Moura.
Kazan é nascido em Goiânia (GO), tem 45 anos, e reside em Rondônia há 28 anos. Em Porto Velho, chegou de ônibus procurando emprego e hoje é dono de uma rede de lojas de pneus em Rondônia, Acre e Manaus.
A fama de milionário não o preocupa, aliás, faz questão de estimular. Nem apelido político preocupa, como foi o atribuído “Santo da Ferrari”, por suas doações. Confiram.

Diário – Como resolveu entrar na política?
Kazan – Resolvi entrar na política vendo as desgraças que estavam acontecendo, as roubalheiras, os escândalos. Por isso resolvi entrar na política.
Diário – O novo partido já tem diretórios definitivos?
Kazan – Tem um diretório regional e a sede na rua Cézar Guerra Peixe, antigo prédio da Externa Comunicações. E estamos em processo de montagem dos diretórios municipais. A nossa dificuldade não é de pessoas, é de selecionar as pessoas.

Diário – Seus planos para as eleições de 2014?
Kazan – Meu plano é ganhar a eleição ao governo de Rondônia. Me sinto preparado para governar Rondônia. Na verdade o administrador de empresas, o empresário, tem que entender de quase tudo, um pouco de cada coisa.

Diário – E sua mania pelas Ferraris. Você é o Santo das Ferraris?
Kazan – Eu gosto de carros. Desde pequeno. Tive vários deles, conversíveis, de milhões de reais. Já tive Ferrari e Mercedes. Só tem uma coisa que eu gosto mais do que carro: de mulher.

Diário – Depois da doação da Ferrari para as irmãs Marcelinas você pretende comprar outra?
Kazan – Pretendo. Já comprei outra. Deve estar chegando em breve.

Diário – É verdade que você pretende fazer uma caravana com a Ferrari e seus partidários pelo Estado?
Kazan - Sim. Comprei o carro para usar. Tenho que visitar minhas lojas pelo interior e aproveitar e visitar alguns municípios que não conheço.

Diário – Não tem medo de que com sua fama de milionário, acabe sendo depenado, como outros milionários?
Kazan – Não. Porque o meu contexto é outro. Eu tenho minhas defesas contra os aproveitadores, mas serei generoso sempre com meus aliados.

Diário – Sua mensagem final?
Kazan – Ainda não é o final. É o começo da minha trajetória ao governo do Estado.

17 de janeiro de 2013

Sindicância apura atos da alta cúpula do PT

O ex-prefeito Roberto Sobrinho em sua residência na Capital

Porto Velho, Rondônia - A Executiva Municipal do PT decidiu instaurar uma comissão de sindicância e apurar os atos praticados pelo ex-prefeito da Capital Roberto Sobrinho, Mirian Saldaña (ex-secretária de Obras), Joelcimar Sampaio (ex-secretário de Administração), Israel Xavier (ex-secretário de Planejamento) e Marcelo Fernandes (ex-secretário de Obras) e mais três militantes.
Todos foram alvos de representações ético-disciplinares protocoladas na semana passada. O presidente da Executiva, Tácito Pereira, está sendo acusado pela militância de blindar o ex-prefeito da Capital e seus assessores. Segundo petistas, Tácito não teria dado prosseguimento às representações.

“Essas representações foram rejeitadas por 5 a 4. Não compete ao PT julgar esse tipo de presentações uma vez que foge do seu estatuto. Decidimos então instaurar uma comissão de sindicância e avaliar as representações”, afirmou. Ele acrescentou que o caso está sendo julgado pela Justiça e aguardam também o posicionamento do Judiciário.

Ex-assessores de Roberto Sobrinho foram presos durante operação deflagrada pela Polícia Federal no último dia 6 de novembro. Eles foram denunciados pelo Ministério Público Federal e Estadual e são acusados de desviar recursos por meio de secretaria de Planejamento (Sempre). Sobrinho foi afastado da prefeitura e recebeu a proibição de entrar em órgãos públicos.

Na última terça-feira, o MPF entrou com representações contra todos os envolvidos na operação denominada de “Vórtice”. Os ex-secretários Mirian Saldaña e Joelcimar Sampaio continua presos. 

Artigo: A importância da Sedes

O ex-vice-prefeito Emerson Castro assumiu a Sedes

Porto Velho, Rondônia - Caiu nas mãos do ex-vice-prefeito de Porto Velho, Emerson Castro (PMDB), a responsabilidade de turbinar o desenvolvimento do Estado com a geração de novos empregos e atrair mais indústrias em solo rondoniense. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico Social (Sedes), pasta na qual ele assumiu ontem, tem um orçamento volumoso, algo em torno de R$ 40 milhões e muitos projetos que precisam sair do papel.

Ocupada anteriormente pelo empresário de Ouro Preto, Edson Vicente, no início do mandato do governador Confúcio Moura (PMDB), é a porta de entrada do governo do Estado para o comércio e a indústria. Emerson, apesar de não ter formação na área da agricultura, vem com experiências administrativas adquiridas ao longo de 8 anos de vida pública no município de Porto Velho.

Com investimentos a serem implementados este ano, algo em torno de R$ 1 bilhão somente em esgoto e água tratada, Rondônia tem uma realidade econômica diferenciada em relação aos demais estados da federação. A construção de uma ponte ligando Rondônia a Bolívia e consolidação da hidrovia do Rio Madeira vão acelerar o crescimento do Estado e o Governo, por meio da Sedes, precisa acompanhar esse crescimento. Isso sem contar o programa de regularização fundiária, desenvolvido também por essa pasta, e que permite impulsionar pequenos projetos rurais.

Rondônia vive um momento que não permite mais arriscar em projetos sem resultados, cansativos e fracassados. Os secretários precisam colocar em prática ações inovadores e que produzam resultado positivo ao Estado. Quem ganha com isso é a população. Os gestores devem conhecer o Brasil e implementar iniciativas que deram certo em outros estados.

Não é admissível Rondônia exportar mão de obra de outros estados por falta de qualificação profissional especializada. O complexo hidroelétrico Rio Madeira teve alteração no projeto original, o que permitirá o aumento da produção energética e mais tempo na construção das usinas de Santo Antônio e Jirau. Rondônia ainda não se preparou para o pós-usina e isso será cobrado em 2014.

16 de janeiro de 2013

PT acusado de "blindar" Roberto Sobrinho, alvo de ação do MPF

Diretório do PT de Porto Velho durante reunião

Porto Velo - A Executiva Municipal do PT, presidida por Tácito Pereira, está sendo acusado pela militância de blindar o ex-prefeito da Capital, Roberto Sobrinho. Militantes organizam protesto contra atos praticados por Tácito Pereira.

O advogado Ernandes Segismundo informou que nas últimas semanas recebeu inúmeras mensagens via facebook e  e-mail de militantes que comunicaram o protesto.
 

Representantes do partido protocolaram no Diretório Municipal três representações ético-disciplinares contra Roberto Sobrinho, Mirian Saldaña (presa no presídio feminino), Israel Xavier e outros militantes. Tácito estaria nanobrando para não enviar as representações para processamento junto à Comissão de Ética. 

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14 de janeiro de 2013

Longe da aposentadoria, Bianco projeta DEM forte

O ex-prefeito José Bianco (Foto: Roni Carvalho)

Porto Velho, Rondônia - O advogado José de Abreu Bianco, 69 anos de idade, natural de Apucarana PR), se transferiu para Rondônia ainda jovem, nos anos 70, como milhares de migrantes paranaenses. Casado, pai de três filhos, torcedor do Corinthians, ele tem uma das trajetórias políticas mais marcantes em Rondônia e esta longe da aposentadoria. Em 1982, foi o deputado estadual mais votado em Rondônia, um verdadeiro recordista de votos, algo em torno de 8.200 mil votos, que seria o equivalente a quase 50 mil votos nos dias de hoje. Logo em seguida foi eleito presidente da Assembléia Constituinte, posteriormente emplacando vitórias na prefeitura de Ji-Paraná, ao Senado – foi o mais votado em 94 – e uma grande virada ao governo em 98, desbancando o então governador Valdir Raupp. Em 2002, no malogrado projeto de reeleição foi derrotado no segundo turno para seu afilhado político Ivo Cassol, se recuperando nas urnas com a eleição a prefeito de Ji--Paraná em 2004, aonde foi reeleito para o cargo em 2008. Abaixo, confira a trajetória de um dos personagem políticos mais importantes da história recente do estado.


Diário – Como foi sua vinda para Rondônia nos anos 70?
Bianco – Vim como advogado. Cheguei em Vila de Rondônia tinha pouco mais de 5 mil habitantes. Hoje, como município de Ji-Paraná são 120 mil. Vim para advogar e como Vila de Rondônia era distrito de Porto Velho logo que eu cheguei fui envolvido e liderando o movimento pela emancipação política do Distrito, o que aconteceu ao final de 1977.
Diário – Em 1982 o Sr. foi o deputado estadual mais votado. A campanha foi fácil?
Bianco – Não foi fácil. Nenhuma campanha é fácil. Como já estava liderando este movimento da Vila de Rondônia se transformar em município e era também um desportista conhecido, meu nome contava com alguma projeção. Também militava com extensão de cartório de registros de Porto Velho onde os agricultores registravam suas propriedades também de Ouro Preto, Presidente Médici, enfim em toda região. Tudo isto, mais o apoio do governador Teixeirão, que era nosso maior líder, ajudou.
Diário – E a eleição a presidência da Assembléia Constituinte?
Bianco – O PDS, o meu partido, contava com 15 deputados contra nove do PMDB. Como fui o mais votado e tinha boa ligação com o governador Teixeirão e o presidente do partido Claudionor Roriz, contei com estes importantes apoiamentos para a vitória. Mas não tive facilidades, pois tinha o Amizael (já falecido) que era ligado ao Odacir (em alta na época, o senador mais votado) e era muito experiente e também pleiteava o cargo.
Diário – Porque não deu certo a dobradinha Odacir governador e Bianco vice em 86?
Bianco – Politicamente eu estava muito bem na época e minha vontade era ser deputado federal. Mas me convenceram a ser vice do Odacir em 86. Disputamos com o Jerônimo Santana, que era um ícone do PMDB. Foi um desastre. Ele tinha o apelo do PMDB, em alta na época. Foi uma decisão fruto da minha inexperiência.
Diário – Em 1988 o Sr. obteve uma grande vitória na disputa pela prefeitura em Ji-Paraná. Uma eleição em que o Sr. estava em baixa...
Bianco - De fato, aquela eleição foi porque Deus quis que eu ganhasse. Em, 88 sem mandato, o adversário era o deputado federal José Viana do PMDB, que desfrutava grande prestígio. Um nome evangélico, respeitadíssimo. O Jerônimo Santana era o governador, o Orestes vice. Trabalhei muito naquela eleição para uma grande virada. Eu já tinha uma base, uma folha de serviços prestada para a capital da BR e isto funcionou bem.
Diário – Nas eleições de 94 o Sr. foi o senador mais votado de Rondônia...
Bianco – Naquela eleição, inicialmente eu era candidato a governador e isto foi até bem próximo da convenção. Então chegou o Chiquilito (NR: já falecido) me comunicando que ele seria o candidato. Como ele era o nosso líder, desisti da minha candidatura, resolvi disputar o Senado e apoiá-lo naquela disputa.
Diário – Mas o Sr. fez imposições para ser candidato ao Senado...
Bianco – É verdade. Eu era do PFL e o Chiquilito queria que eu disputasse o cargo pelo PDT. Então exigi que viessem dirigentes nacionais do PDT para acertar a filiação, porque em seguida meu desejo era voltar para o PFL. E foi isto que aconteceu. Mesmo com Chiquilito perdendo, foi uma campanha vitoriosa. Nossa coligação elegeu dois senadores, eu e o Amorim e uma boa bancada de deputados estaduais e federais.
Diário – Na disputa ao governo em 98, como conseguiu reverter o favoritismo do então governador Valdir Raupp?
Bianco - Foi com muito trabalho já que tinham muitos candidatos no primeiro turno. Foi fruto de trabalho de equipe. Fui bem votado na capital, minha base de Ji-Paraná e o entorno sempre me deu sustentação, nunca me faltou e ai, com a forte sustentação da capital consegui virar.
Diário – Quais foram às dificuldades no seu projeto de reeleição em 2002?
Bianco – Na verdade foi um governo muito difícil. Era preciso reorganizar o estado, cortar gastos, reduzir a folha. Coisas realmente desgastantes, houve o episódio das demissões. O tamanho do governo estava muito grande, muitas dívidas, muita desorganização, mas consegui ajustar a máquina administrativa e deixei o governo em boas condições para meu sucessor.
Diário – Depois de ter sido de deputado a governador em Rondônia, porque o Sr. resolveu disputar a prefeitura de Ji-Paraná em 2004?
Bianco – Realmente é uma situação minha, de foro intimo. Fiquei dois anos sem cargo e quando veio 2004 entendi que precisava fazer alguma coisa para recuperar Ji-Paraná, cuja situação estava igual ou quase tão dramática que o governo do estado em 98. Ai veio à decisão de convidar o Canuto como meu vice e tocar um projeto de recuperação.
Diário – Que balanço o Sr. faz depois oito anos no Palácio Urupá?
Bianco- Penso que conseguimos avançar bastante. A situação que encontramos era grave, tanto isto é verdade, que justificou o eslogam daquela administração que começou em 2005, governo da reconstrução. Porque foi preciso reconstruir muita coisa. Tivemos muitos avanços, mas acho que o feito maior que consegui fazer na prefeitura, foi o que eu chamo de apaziguamento político em prol de Ji-Paraná. Ou seja, antes o prefeito só buscava apoio nos parlamentares que eram do seu partido, ou da coligação. A partir de 2005, quebrei este paradigma, busquei trabalhar com todos os parlamentares, inclusive com ex-adversários. Eu, dos Democratas, fazendo parceria com o PT, PDT, e até com o PMDB. Era um tabu. Acredito que esta união foi meu legado mais importante, minha maior obra em Ji-Paraná. Esta união de esforços recuperou a cidade e esta forma de governar, com todos os partidos se espalhou depois a vários municípios.
Diário – Depois de deixar a prefeitura de Ji-Paraná, quais são agora seus projetos futuros?
Bianco – Então, agora já trabalhamos para 2014, portanto tem bastante tempo. A minha pretensão é concorrer a um cargo de eleição proporcional, deputado federal ou estadual. E sendo assim a primeira providencia a partir de março será buscar o fortalecimento do meu partido que passa por uma crise nacional.
Diário – Os Democratas começam a se afastar do PSDB buscando composições futuras com outras agremiações no âmbito nacional. Como o Sr. vê este posicionamento?
Bianco – Isso não vai influenciar nada em nosso estado. Cada estado terá que tocar a sua vida. Além disto, nós temos ótimas relações com o PSDB local.
Diário – Como esta a estrutura do DEM para a campanha de 2014?
Bianco –É preciso buscar uma reorganização. Vamos renovar os diretórios municipais. É um trabalho exige muita disposição e planejamento que farei a partir do mês de março com campanha de filiações, de motivação. Vamos criar a ala jovem, o comitê feminino, etc.