Prejudicial ao desenvolvimento de Rondônia, a intervenção da Confederação Nacional da Indústria (CNI) na Federação da Indústria de Rondônia (Fiero) enfraquece a categoria e produz dúvidas sobre o destino da indústria. A CNI deveria indicar um interventor da diretoria nacional, como ficou estabelecido na decisão tomada da Justiça do Trabalho essa semana, mas optou em nomear o arquiteto Marcelo Tomé, representante do conselho do Sesi de Rondônia, cujo colegiado é presidido por Dênis Baú, afastado do cargo de presidente e acusado por opositores de ser o pivô de todo o processo que resultou na intervenção.
A eleição para a nova diretoria da Fiero se tornou uma novela. Duas chapas estão na disputa pela presidência da Fiero: “Força da Indústria” e “Renovação”. Toda essa celeuma começou em junho de 2013, tramitou pela Vara da Justiça do Trabalho após desconsiderar a vitória de Denis Baú no último processo eleitoral da entidade, e promete ter o último capítulo no próximo mês.
Por decisão da Justiça, uma Junta Administrativa foi nomeada na época com a missão de coordenar as ações da entidade até que um novo pleito eleitoral fosse organizado. Dênis Baú passou a sofrer oposição no comando da Fiero depois que as últimas eleições, realizadas em 2012, ocorreram sobre suspeita de fraude. Contra ele pesam acusações de improbidade administrativa, o que fez com que 14 dos 19 sindicatos filiados à entidade se colocassem contrários à sua gestão.
Alegando descumprimento do regulamento por parte da Comissão Eleitoral, em dezembro do ano passado, a 2ª Vara do Trabalho voltou a suspender, em decisão de antecipação de tutela, a realização da eleição que deveria acontecer no último dia 2 de janeiro.
O Sebrae de Rondônia passa por processo bem parecido ao que ocorre na Fiero. A CNI deveria seguir o exemplo do Sebrae Nacional, que designou uma equipe de Brasília para conduzir a entidade em Rondônia até resolver as pendências com a intervenção e realização de nova eleição. A partir desta segunda-feira, por nova decisão judicial, a Fiero será conduzida por uma diretoria provisória até a realização de uma nova eleição. O processo democrático precisa existir. Que venha a eleição!
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