O aumento do preço da arroba do boi, que saltou de R$ 116 para R$ 124 em Rondônia, é um sinal de boa recuperação no comércio da carne. Apesar da forte seca que atingiu os pastos do Estado e os reflexos da operação carne fraca, a atividade pecuária começa a mostrar reação e capacidade de superar qualquer crise financeira no Brasil.
Esse aumento é fruto do trabalho da Assembleia Legislativa, que trabalhou ano passado na CPI dos frigoríficos. Os parlamentares atuam com força quando perceberam que o gado de Rondônia estava sendo desvalorizado. Mas é preciso melhorar nos números e os parlamentares precisam acompanhar esse momento econômico com bastante atenção.
No ano passado, por exemplo, após a CPI, o preço da arroba do boi chegou a R$ 125,00, enquanto o gado produzido em solo paulista na época era comercializado a R$ 154,00. No estado vizinho do Mato Grosso, o preço girava em torno de R$ 143,00, conforme apurou o Diário na época.
O governador Confúcio Moura (PMDB) chegou a ameaçar a revisão com urgência o percentual da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do boi. O Estado tem concedido incentivos fiscais aos frigoríficos. Geralmente, esse tipo de incentivo fiscal é concedido às empresas que estão se instalando no Estado e cujas contrapartida é garantir novos postos de trabalho no Estado.
Para o presidente da Federação da Agricultura do Estado de Rondônia (Faperon), Hélio Dias, a redução da alíquota do imposto incidente sobre a venda da carne bovina (boi vivo), de 12% para 2,4%, vem contribuir para tornar o mercado ainda mais competitivo, principalmente diante do fato de que existe um represamento de aproximadamente 600 mil cabeças.
O setor precisa de uma fiscalização costante, principalmente nesse momento em que o Brasil apresenta sinais de melhoria na economia com a criação de novos postos de trabalho.
Uma boa sintonia entre o setor produtivo e órgãos de fiscalização do governo permitiu Rondônia saltar nos últimos dois anos em mais de 550% na exportação da carne e ganhar espaço no mercado internacional. É preciso manter esse ritmo de crescimento. governo do Estado, Assembleia Legislativa, Federação da Agricultura e Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), terão papel fundamental na construção da recuperação do comércio da carne no Estado.
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