A importância da ferrovia Bioceânica Brasil-Peru dominou a abertura de um seminário para tratar das grandes oportunidades de investimentos de empresários no exterior. O evento acontece em Pequim, na capital federal da China, e tem grande importância para a economia de Rondônia. O seminário é uma realização da BJTU (Beijing Jiaotong University), sendo custeado pelo Ministério do Comércio da República Popular da China, onde participam do evento 25 representantes dos países sul-americanos, mais os membros do governo da China.
O governo de Pequim já demonstrou grande interesse em executar a obra, importante para a economia da região Norte. A convite do senador Acir Gurgacz (PDT), uma comitiva de chineses visitou Rondônia em 2015 e seguiu, de ônibus, até o Mato Grosso, Estado que também será beneficiado com a ferrovia. De ônibus, os chineses seguiram de Porto Velho (RO) até o Mato Grosso e conheceram o trajeto.
O governo do Acre, assim como o governo de Rondônia e Mato Grosso, também tem grande interesse em consolidar o investimento. Boa parte das mercadorias que chega aos municípios acrianos entra na cidade pela BR-364. A rodovia federal liga Rio Branco (AC) à cidade de Cuiabá (MT), em um trecho de mais de 2000 quilômetros.
A previsão inicial é que a rodovia Bioceânica siga o mesmo trajeto da BR-364. O primeiro passo é fazer o estudo de viabilidade técnica e depois terá início o serviço de concessão.
O deputado Janilson Leite está representando o Estado do Acre no encontro e é um otimista com o projeto. Ele foi o único parlamentar da Amazônia a participar do evento.
A ferrovia terá 4,9 mil quilômetros de distância. A extensão do trecho peruano será de 1,6 mil quilômetros e o brasileiro, quase 3,3 mil quilômetros. A obra inicia em Campinorte (GO), até chegar à fronteira peruana, cruzando a Amazônia e os Andes até o porto, na costa do Pacífico
Segundo o projeto preliminar, no Acre, a ferrovia ligará Rio Branco à cidade de Cruzeiro do Sul. Caso a ideia se concretize, o mapa econômico do País no tocante a saída e entrada de produto terá uma nova opção de saída. A mudança não será apenas na movimentação das exportações e importações, mas também na economia para os Estados da Amazônia, principalmente para o Acre que sai da condição de isolado, permitindo um fluxo maior de cargas através dos portos de Porto Velho.
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