20 de junho de 2013

Artigo: É preciso ressuscitar a rua da Beira


Empresários, comerciantes e representantes de vários segmentos e sociedade decidiram sepultar, na manhã de ontem, a rua Beira, no trecho entre o Trevo do Roque e a Faculdade de Rondônia, a Faro, na BR-364. O protesto, anunciado na semana passada por um grupo de empresários da zona Sul, serviu para mostrar que a sociedade não aceita mais desculpas pelo processo de lentidão da retomada da obra, iniciada ainda na gestão do ex-prefeito Roberto Sobrinho (PT).

A revolta é simples. Nessa via está concentrada um número elevado de concessionárias, distribuidoras de alimentos, atacadistas e importantes fornecedores de peças de veículos leves e pesados. São empresas que geram tributos para os governos federal, estadual e municipal. Nada mais justo o apelo da classe empresarial, cansada de cobrar providências das autoridades. Todos os anos, esses empresários precisam pagar o IPTU, além de outros impostos para poder trabalharem. É preciso um retorno do poder público.
A rua da Beira tem importante papel para economia do município e, ao longo dos últimos mandatos, nunca um gestor se preocupou em dar a atenção merecida que via realmente merece. O prefeito Mauro Nazif (PSB) e o governador Confúcio Moura (PMDB) têm a oportunidade de ressuscitar a rua. A conclusão das obras da rua da Beira vai permitir que os veículos deixem de utilizar a BR-364, reduzindo o volume de acidentes no trecho.
A manifestação, pacífica, é um direito de todos e está garantida em lei. Porto Velho está no rumo certo quando decide abraçar essa causa. O país clama por melhoria da qualidade do transporte público, enquanto a Capital rondoniense segue na reivindicação de melhorar a mobilidade urbana – o direito de ir e vir. A insatisfação acumulada ao longo dos últimos seis anos na Capital coloca nas ruas o cidadão porto-velhense que deseja sinal de mudança de melhoria do futuro de Porto Velho, que já caminha para o seu centenário no próximo ano.

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