5 de fevereiro de 2014

DNIT muda, em menos de um ano, diretoria em Rondônia

Porto Velho, Rondônia - A substituição do superintendente do DNIT em Rondônia e Acre foi criticada ontem, em Brasília, pelo senador Acir Gurgacz, no plenário do Senado. “Houve uma substituição do representante do órgão, sem o apoio, sem a conversa de nenhum parlamentar, seja da situação, seja da oposição, do Estado de Rondônia. Simplesmente por ordem do Ministério dos Transportes, houve uma substituição do responsável pelo DNIT”, declarou o parlamentar.
Para Acir Gurgacz, o superintendente anterior que estava no cargo “era uma pessoa técnica, sem nenhuma influência política assim como eu entendo que devem ser os cargos técnicos, mas infelizmente houve uma substituição completamente política”. O próprio senador afirmou que veio da cúpula do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) a informação sobre a ordem para a substituição: “A ordem veio do Ministério dos Transportes, parece que alguém do Ministério quis mudar porque talvez a pressão em cima das empreiteiras para fazer uma obra bem feita, para fazer uma obra de melhor qualidade estava atrapalhando alguém”, denunciou Acir.
O parlamentar fez diversas denúncias no ano passado sobre trabalhos mal feitos de recuperação na BR-364. Em duas ocasiões teve a companhia do próprio diretor do DNIT em diligências para averiguar irregularidades das obras. “O André Reitz do Valle, o superintendente anterior, fez um ótimo trabalho recebendo as nossas denúncias e puxando as empresas pela responsabilidade. e vou continuar a minha fiscalização com relação à execução das obras de infraestrutura no meu Estado, não só no meu estado, mas em todo o país, mas que não aconteça um retrocesso na qualidade das obras do meu Estado de Rondônia que são feitas através do DNIT”, afirmou Acir.


Fiscalização


Não é apenas o senador Acir quem está de olho no trabalho irregular que vem sendo feito por empresas que ganharam licitação para fazer a restauração da BR-364. Desde o dia 11 de novembro do ano passado, quando o parlamentar publicou em suas redes sociais fotos em que denunciava camada irregular de asfalto na rodovia, várias pessoas têm entrado em contato para também fazer denúncias pontuais de trabalhos mal feitos na rodovia.
Ontem mesmo, o professor Ronaldo Gaspar, 62 anos, morador de Jaru, entrou em contato com o gabinete em Brasília e citou o caso do trecho entre Ouro Preto e Ji-Paraná. “Estão simplesmente passando asfalto em cima de asfalto, sem preparar, sem escarificar, não adianta nada”, explica, ele que já trabalhou com terraplenagem e asfalto. Gaspar disse que na segunda-feira, voltando de Ji-Paraná, chegou a parar no acostamento junto a trabalhadores que estavam aplicando asfalto na rodovia e criticou o que estava sendo feito. “Eu disse para eles que aquele asfalto não ia durar sequer três meses. E eles simplesmente concordaram comigo!”, desabafou o professor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário