Um dia após metade do país ficar sem
energia elétrica, o diretor do Operador Nacional do Sistema (ONS),
Hermes Chipp, disse à imprensa nacional que não houve apagão, mas sim um
“desligamento preventivo de carga”. Além de Rondônia, a falta de
energia atingiu mais dez Estados, em pleno horário de pico da indústria,
causando inclusive prejuízos na cidade de São Paulo, onde se concentra a
maior quantidade de indústria.
Se foi desligamento, é sinal que o
sistema é falho e precisa com uma certa urgência de reparo por parte dos
responsáveis. O momento requer um replanejamento no sistema elétrico
brasileiro. Se a falta de energia foi apagão, precisa descobrir a origem
do problema. A única certeza nesse momento é que o sistema de energia
elétrica, apesar de todo o investimento do Governo Federal na construção
de usinas na Amazônia nos últimos 12 anos, ainda apresenta problemas e
pode se tornar uma grande dor de cabeça à presidente Dilma Rousseff (PT)
no seu segundo mandato.
Pelo que se desenha no atual cenário, as
previsões não são nada animadoras para o Brasil neste ano. Apesar da
baixa projeção de crescimento da indústria, o País vai precisar sim de
mais energia limpa para atender à grande demanda da indústria. Os
reservatórios na Amazônia, principalmente em Rondônia onde estão
localizadas as usinas de Jirau e Santo Antônio, na região de Porto
Velho, tem água suficiente para gerar energia. Mas essa abundância pode
não ser a solução da indústria e o do Brasil. É preciso ter um sistema
de transmissão de energia confiável e seguro.
Empresários
estrangeiros têm interesse em investir no Brasil, mas a falta de energia
faz afastar essa pretensão. O governo deve sim priorizar medidas que
visam amenizar o impacto da indústria com esse apagão ocasionado na
última segunda-feira. Não existe uma voz no governo falando em cobrir os
prejuízos e não se tem uma explicação sobre o que de fato pode ter
acontecido no momento em que a indústria brasileira alcançou pico de
produção. O sistema elétrico precisa de um plano alternativo urgente. A
indústria agradece.
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