Divulgada essa semana pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o resultado da pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira - Problemas e Prioridades para 2016, mostra o principal problema causador do atual cenário econômico no País: a corrupção: 65% das pessoas entrevistadas consideram essa prática o principal problema no Brasil.
As drogas e a violência aparecem em 2º e 3º lugar entre os problemas extremamente graves, citados por 61% e 57%, respectivamente. A lentidão/impunidade também cresceu no ranking e passou do 6º para o 4º lugar de 2014 para 2015. A saúde veio em 5º. O Ibope Inteligência, a pedido da CNI, entrevistou 2.002 pessoas, em 143 municípios, entre os dias 4 e 7 de dezembro de 2015.
O problema causado pela corrupção teve forte impacto na economia brasileira. As últimas operações policiais na Petrobras ganharam ampla repercussão internacional. Foi um tiro certeiro no governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e afastando novos investidores.
É possível pensar que o mais difícil o Brasil já superou. A desarticulação de uma quadrilha instalada no âmbito do Governo Federal serviu para frear o avanço da sangria aos cofres públicos, abastecido com o fruto do pagamento de impostos pela classe empresarial e população carente.
A corrupção puxa outros problemas. Na pesquisa encomendada pela CNI mostra de forma bem clara a preocupação da população com a inflação e o desemprego. Segundo o Ibope, a inflação, que chegou a ocupar a 16ª posição entre os principais problemas em 2012, há dois anos vem preocupando os brasileiros com mais intensidade. Em 2014, foi o 5º principal, e em 2015, o 6º.
O governo deve nesse primeiro semestre focar pesado no propósito de mudar esses números. Não será fácil combater essa prática, mas com a ajuda da população é possível começar a escrever uma nova página na história do Brasil. Os órgãos de fiscalização e controle interno necessitam, mais do que nunca, de um volume maior de investimentos de pessoal e tecnológico. É o mínimo que pode ser feito para fechar o cerco contra a corrupção.
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