Momento em que o motociclista era agredido. (Foto Roni Carvalho) |
Em primeiro lugar, a imprensa estava no exercício do seu papel, de levar à informação à sociedade e, sempre procurando ouvir os dois lados da notícia. Ao que parece, os “novos líderes” do Grito da Terra pensam totalmente diferente do objetivo do movimento, que é apresentar as demandas da categoria aos governos. As agressões praticadas por pessoas do movimento contra um motociclista que tentava furar o bloqueio da mobilização, na manhã de ontem, merecem uma reflexão profunda dos organizadores do ato público.
Ao mesmo tempo que todos têm o direito constitucional garantido de se manifestar em vias públicas, a população tem a garantia assegura na Constituição Federal de ir e vir. Não há como negar que a Mobilização do Grito da Terra complicou esse preceito constitucional (e vai continuar complicando) e feriu gravemente o direito do cidadão de chegar ao seu destino, seja no local de trabalho dentro do horário previsto ou em outro lugar. Alguns entrevistados pelo Diário parecem desconhecer o verdadeiro papel do movimento do Grito da Terra ou precisam passar por um treinamento.
O ato covarde registrado ontem pelas lentes do Diário contra um motociclista precisa ser banido para bem longe do movimento do Grito da Terra. Em tempos de crise, todos os segmentos da sociedade brasileira enfrentam problemas da ordem econômica e garantias constitucionais, mas não será o uso covarde da força física que sanará as demandas de uma sociedade. E muito menos a intimidação da imprensa. A equipe do Diário vai continuar exercendo seu papel, de levar à informação à sociedade. O papel da imprensa é registrar e informar os fatos da sociedade. A não ser que o Grito da Terra esteja com outras pretensões.
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