O município de Jaru, na região central do Estado, teve um dia bastante atípico ontem por conta da operação da Polícia Federal. Os agentes federais prenderam pelo menos dez policiais militares acusados de participação no grupo de extermínio na cidade e outras investigações estão em pleno andamento na cidade.
A notícia da operação abalou o comércio, os moradores e proporcionou um verdadeiro clima de insegurança com a segurança pública, um direito constitucional da população. Nos últimos dias, a região estava enfrentando uma onda de mortes e não se sabia a origem e os motivos dos crimes. No ano passado, as residências de um juiz e de um promotor de Justiça foram alvos da criminalidade. Os ataques até hoje não foram esclarecidos pelo serviço de inteligência da Polícia Civil.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se mobilizou no sentido de buscar uma saída para a frear o avanço da violência no local. A Polícia Civil atualmente tem apenas dois policiais na cidade para investigar crimes praticados na região, além de atender o município de Governador Jorge Teixeira e os distritos de Tarilândia e Colina Verde. O atual comandante da Polícia Militar de Rondônia, coronel Ênedy Dias, é conhecedor do problema, uma vez que ele já atuou na região e tem conhecimento das demandas na segurança local.
O município, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), possui uma população estimada em 55.738 habitantes. A população ainda encontra dificuldade para entender o principal motivo do forte envolvimento desses servidores públicos com grupos de extermínio. A comunidade precisa de uma resposta da Polícia Militar sobre o atual cenário de insegurança.
O problema de insegurança não ocorre somente na cidade de Jaru. Os municípios de Cacoal e Vilhena enfrentam também uma onda de violência sem precedência. Os comerciantes de Cacoal se mobilizaram essa semana para tratar do assunto e cobrar providência do Estado. Vilhena, no sul do Estado, também sofre com o avanço da criminalidade no comércio.
A participação de policiais de Jaru em grupo de extermínio, além de ser uma novidade, produz uma imagem negativa da corporação perante a sociedade. Ocorre que os salários desses policiais militares estavam sendo pagos com dinheiro do contribuinte, mas os serviços prestados por esses homens de farda não condiziam com o verdadeiro papel da Polícia Militar, cujo dever é prestar segurança à população. Em quem confiar?
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