Reis justifica em seu requerimento que a garimpagem foi legalizada em outros municípios da região Norte e que os garimpeiros geram centenas empregos, além de impulsionar a economia do município com a comercialização de equipamentos e acessórios que são utilizados nas balsas. De fato, a garimpagem nos rios de Rondônia já aqueceu a economia do Estado durante uma década. Foi justamente na década de oitenta a descoberta de ouro no rio Madeira e várias pessoas foram atraídas de diversas regiões do Brasil.
A descoberta de ouro no rio, além, de aquecer a economia de Porto Velho, ajudou a desenvolver os distritos de Nova Mutum, Abunã e os municípios de Nova Mamoré, na época distrito de Guajará-Mirim. Ocorre que a legislação da época não era tão rígida. Um decreto assinado pelo ex-governador Oswaldo Piana inviabilizou a permanência de garimpeiros no leito do rio próximo a Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM) até o bairro Nacional, na capital, em um trecho de mais de 2 mil metros.
No mês passado, uma operação policial acabou retirando e apreendendo dragas no leito do rio Madeira, justamente na área alcançada pelo ex-governador Piana. Garimpeiros foram presos e terão agora sérias complicações com a Justiça. A ideia na região é regularizar a garimpagem. Ao mesmo tempo que o ouro sai de forma clandestina do Madeira, o Estado perde milhões de recursos todos os anos com essa prática.
A união também precisa emitir sua opinião. No ano passado, a Justiça Federal determinou o fechamento imediato das atividades de atividade de extração de minério na Serra da Borba, área de preservação permanente (APP) localizada a 18 km do centro urbano de Pontes e Lacerda – cidade a 438 km de Cuiabá, no Mato Grosso. A atividade de garimpo desenvolvida sem a autorização do poder público é ato ilícito, uma vez que se trata de um bem de domínio da União. Ocorre que mesmo sem autorização da Justiça, a atividade acontece de forma clandestina e o Estado perde com a falta da legalização.
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