Números divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que a inflação apresentou um importante recuo de 0,78% (maio) para 0,35% (em junho). Trata-se da menor queda desde 2015. Para quem não entende muito de economia, mas está sentido diariamente no bolso a disparada dos alimentos, a inflação é medida pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA).
Em um momento de crise que atravessa a economia brasileira, a população precisa está de olho nos números divulgados pelo IBGE. O que chamou a atenção no resultado da pesquisa é de conhecimento da população: o aumento do preço do feijão e leite longa vida. Esses alimentos tiveram um reajuste assustador. O preço do quilo do feijão ficou no mês de junho em 41,78% (7,61% em maio) e o leite longa vida com o litro custando 10,16% (3,43% em maio).
No caso do feijão, o que encareceu o produto foi transporte e queda na produção em decorrência da falta de água. Até ainda tudo bem, mas o que não entra na cabeça do consumidor é o fato do reajuste do preço do leito produzido em Rondônia, um estado com forte vocação no agronegócio.
A região possui mais de 13 milhões de cabeças de gado e uma produção de leite suficiente para abastecer o mercado. O Estado tem ainda vários laticínios, mas esse cenário, o que parece, não tem contribuindo muito para estabilizar o preço do leite ao consumidor.
Hoje o alimento é comercializado em Rondônia a R$ 2,99, (R$ 2,19 em maio) enquanto o leite produzido em Minas Gerais está custando quase R$ 5,00 (R$ 3,10 em maio) nos supermercados de Porto Velho. No interior do Estado não deve ser diferente.
Os produtores ainda comemoram o resultado alcançado com o aumento da arroba do boi em Rondônia, mas o valor da carne comercializada nos supermercados também sofreu aumento no Estado, mas não aparecem nos indicadores do IBGE. Como esse cenário agrícola favorável para a economia de Rondônia, não é possível entender essa disparidade dos alimentos com uma produção bovina de mais de 13 milhões.
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