O Relatório de Monitoramento de Focos de Calor em Rondônia, da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), contabilizou 183 focos de queimadas em Rondônia. Esse aumento pode gerar sérios problemas ao meio ambiente e atrapalhar os planos do Estado com os órgãos governamentais. O Estado também poderá ter problemas com organismos internacionais, caso não contenham o avança das queimadas na região.
De acordo com o relatório da Sedam, foram 183 contra 169 focos e o Município de Porto Velho aparece no topo da lista. Por conta disso, o Governo está iniciando uma grande campanha de orientação social com abrangência em todo Estado para prevenir as ocorrências de queimadas de pastagens e de áreas para agricultura sem controle e até de incêndios acidentais ou involuntários, como os verificados nas margens das rodovias.
Significa dizer que Porto Velho está contribuindo para aumentar a poluição na atmosfera e a contaminação do solo. Em 2014, engenheira química, doutora Maria Angélica Martins Costa, já alertava sobre o assunto no Diário. Em entrevista, a engenheira disse que “a emissão dessas partículas está diretamente relacionada com a saúde da população; com os efeitos globais e também o quão maléfico isto é não somente para a população que está próxima as áreas das queimadas, mas também para quem está a muitos quilômetros de distância.
No início do mês, o Diário registrou um grave acidente envolvendo um veículo do Corpo de Bombeiros durante uma ocorrência de incêndio em Porto Velho. A situação é tão grave que as unidades de saúde em Porto Velho começam a receber crianças com problemas respiratórios. O clima seco também ajuda no aumento do consumo de energia elétrica. A população, nesse momento, precisa receber orientação dos órgãos oficiais.
O Estado de Rondônia foi objeto de estudo de uma pesquisa para avaliar o efeito da fumaça na Amazônia. O projeto dos pesquisadores é provar, quantificar, determinar e caracterizar tudo que tem nessa fumaça; como os produtos químicos, por exemplo, que são emitidos. Também teve com finalidade mostrar as principais partículas respiráveis, aquelas que vão afetar com maior intensidade a saúde das pessoas de Rondônia e mais ainda as pessoas que trabalham diretamente com o fogo.
Enquanto não há um plano efetivo de combate aos incêndios, os órgãos de controle enfrentam problemas de pessoal na fiscalização das queimadas e não há como o Governo Federal investir na contratação emergencial de servidores. O Governo Federal também está com problema de orçamento. Ontem, por exemplo, o Governo anunciou cortes de recursos no valor de R$ 37,7 bilhões no orçamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
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