30 de julho de 2012

Tomás Correia assume Senado e comando do PMDB no estado


Tomas Correia é suplente de Senador

Porto Velho - Rondônia - Ex-deputado estadual, ex-prefeito de Porto Velho e ex-secretário de Obras do governo do estado, Tomás Correia foi uma das lideranças políticas mais brilhantes da década de 80 em Rondônia. Combativo, e com um discurso contundente contra a ditadura militar e o governo de Rondônia – até então os governadores eram nomeados advindos da Marinha, Exército e Aeronáutica – Correia marcou época liderando a oposição. Suplente do senador Valdir Raupp, presidente do Diretório Nacional do PMDB, Tomás assumiu a cadeira no inicio do mês, em vista do pedido de licença do titular, que está percorrendo o país em apoio aos candidatos do partido.
Com 62 anos de idade, advogado e promotor de justiça aposentado, Tomás Correia, natural do município de Granja (CE), reside em Rondônia desde 1981.
Além de galgar a cadeira ao Senado, o ex-parlamentar foi conduzido à presidência do diretório estadual do partido e vai comandar a legenda nas eleições municipais. O PMDB é a maior sigla do estado, conta com o maior número de vereadores, de prefeitos, e nas eleições de 2010 elegeu o governador Confúcio Moura, o senador mais votado (Raupp) e a deputada federal mais votada (Marinha Raupp). Nesta entrevista, o Carcará – apelido carinhoso dos amigos - fala das perspectivas do PMDB. Confira.

Diário – Como chegou a Rondônia nos anos 80? É verdade que até os 17 anos não tinha começado os estudos?
Tomás Correia – Sai do Ceará em 68. De lá, fui a Brasília trabalhar na cooperativa do Congresso. Foi meu primeiro emprego aos 18 anos. Era lavador de carros à noite na garagem do Senado. Meu sonho era ser motorista de um daqueles carros tão bonitos. Nunca tinha estudado. Inicie meus estudos tarde, quase aos 18 anos, e me formei em Direito em 1979. Desembarquei em Rondônia em 81, através de um concurso no Ministério Público.
Diário – E as eleições de 1982? Você tinha sido perseguido e “exilado” para Roraima. Conseguiu voltar e se eleger deputado estadual, como foi isto?
Tomás Correia – Como eu era promotor público atuante e membro do PMDB o governo de Rondônia forçou minha transferência para o território Federal do Amapá, onde exerci minhas funções até a data da convenção. O poder dominante queria implodir minha candidatura. Mas voltei a tempo e em 82 fui o deputado estadual mais votado do PMDB, e o segundo mais votado no Estado.
Diário – Depois de deputado, o senhor foi prefeito na capital. Como foi a experiência?
Tomás Correia – Fui prefeito, sucedendo Jerônimo Santana. Era seu vice. Encontrei uma prefeitura desestruturada, porque na época a folha do pagamento era paga pelo estado. Desde os idos de Território a prefeitura era uma mera autarquia. E me trataram assim. Mas aos poucos fomos buscando meio. Combati a especulação imobiliária, fizemos programas de assentamentos populares e construímos conjuntos habitacionais como Caiari, Guaporé, Mamoré, Jamari. Fiz o que era possível. Foi uma experiência interessante, pois antes como deputado eu era um critico, do outro lado virei vidraça.
Diário – De uns anos para cá o senhor trabalhou mais na articulação política, mas agora está novamente na linha de frente. Já sentiu o gostinho de ser senador?
Tomás Correia – É uma honra muito grande, mas o exercício deste cargo não me atrai pela honra em si, mas pela responsabilidade de representar um estado tão importante como Rondônia, que é o estado que mais cresce no país, com pessoas de todas as partes do Brasil. Quero corresponder à confiança da população, quero errar o mínimo possível para dar conta do recado. Afinal estou sucedendo hoje  um grande líder, um líder nacional, que tem uma brilhante carreira no Senado.
Diário – Qual a avaliação que o senhor faz do governo Confúcio Moura. Ele ajuda ou atrapalha os candidatos a prefeito?
Tomás Correia – Acho que ajuda. O governador  é uma um democrata, tem tido habilidade em governar o estado estabelecendo parcerias com os municípios. É um governo sério, aberto para o diálogo e o estado estava precisando disto. Temos um grande trabalho nas estradas. O pagamento em dia dos servidores está em dia e é feito no mês trabalhado. E ele tem enfrentado as greves com  diálogo e atendendo as reivindicações dentro das suas possibilidades.
Diário – No entanto a área de saúde tem sido muito criticada em Rondônia...
Tomas Correia – Apesar das criticas a saúde, eu destaco vários pontos positivos. Em primeiro lugar porque ele foi transparente mostrando a situação de casos. Em segundo lugar porque ele trabalhou no equacionamento dos problemas e já estamos sentindo uma virada. Confúcio mostra ações concretas. Recentemente inaugurou ala do Hospital de Base, desafogando o João Paulo II. Temos já funcionando um novo hospital infantil e agora em agosto serão inaugurados mais dois UPAs em regiões densamente habitadas como as Zonas Leste e Sul. Além disto, o governo também, em parcerias com o hospital de câncer de Barretos, já inaugurou a primeira ala do hospital do Câncer em Rondônia com tratamento de primeira geração, uma referencia no Brasil  no exterior. Confúcio esta vencendo o seu grande desafio, um desafio que seu antecessor não conseguiu e já esta virando o jogo.

Fonte: Carlos Sperança/Diário da Amazônia

26 de julho de 2012

Lorival aposta na geração de empregos em Ariquemes


Lorival Amorim disputa Prefeitura de Ariquemes
Porto Velho, Rondônia - O candidato a prefeito de Ariquemes, deputado estadual Lorival Amorim (PMN), diz ser conhecedor profundo dos problemas da cidade e se for eleito, quer tornar o município um centro profissionalizante. Para isso, ele pretende ampliar o número de cursos, firmar parcerias e atrair novas indústrias.
Com 55 anos, Lorival é natural de Conselheiro Pena (MG). Aos 16 anos iniciou a profissional de caminheiro, o que rendeu o prêmio de “Rei do Carreteiro do Brasil”, em Governador Valadares (MG). “Foi transportando carga que conheci Rondônia”, lembra.
Ele chegou em Ariquemes em 1988 atraindo pelo Garimpo Bom Futuro. Trabalhou no garimpo durante um bom tempo e em 1992 começou a investir na pecuária na Linha 45, se tornando pecuarista.
Lorival carrega no currículo ainda  o cargo de presidente eleito e reeleito da Associação dos Pecuaristas de Ariquemes (APA) no período de  2004 a 2007. Foi presidente da Idaron e nas eleições de 2008 disputou pela primeira vez a prefeitura de Ariquemes. Fez 27% dos votos válidos (11.218). Por coincidência, repetiu a mesma votação em 2010, quando se tornou deputado estadual eleito.
Ele encabeça agora a coligação “Compromisso com Ariquemes” formada pelo PMN, PMDB, PHS, PSL, PV, PSC, PTC, PRB, PDT, PSD e PRTB. Tem como vice-prefeito na chapa o professor Enoc (PMDB).

Diário: Por que ser prefeito de Ariquemes?
Lorival: Eu estou preparado para administrar Ariquemes. Hoje o município foi o que mais cresceu no Estado de Rondônia em função da economia diversificada. A região tem como mola propulsora da economia o agronegócio, o setor madeireiro, mineração, produção de carne e leite. É uma produção bastante diversificada.  Ocorre que o governo municipal não conseguiu acompanhar esse crescimento.

Diário: Quais as prioridade para região?
Lorival: Melhorar atendimento da saúde, que hoje não atende a necessidade da população. Faltou a decisão política. Vamos construir vários postos de saúde nos bairros e um novo hospital regional, com mais 200 leitos, oferece aos usuários da saúde atendimento humanizado. Na nova unidade de saúde haverá  atendimento especial aos idosos e crianças e pretendemos reservar uma ala exclusiva para atender no tratamento do câncer, com isso, as pessoas não precisarão se deslocar para outras regiões. Pretendemos reformar e ampliar as unidades de saúde. O que está dando certo, vamos dar sequência.

Diário: A arrecadação de alguns municípios começa a cair. Como administrar com poucos recursos ?
Lorival: Tem que investir na qualificação de mão de obra, principalmente dos jovens. É preciso preparar os jovens ao mercado de trabalho, ampliar as parcerias com o Sistema Esso e faculdades na formação de técnicos. Quero trabalhar no sentido de ampliar o número de vagas nos cursos técnico do Ifro, gratuito e de boa qualidade. A qualificação das pessoas acontecerá na cidade e na zona rural. Com isso, vamos atrair indústria para a região. Nossa ideia é criar um parque industrial e incentivar a vinda de empresas, com incentivos para geração de empregos.

Diário: Quais as metas para educação?
Lorival: Primeiro vamos valoriza e capacitar os professores. O segundo passo é melhorar a estrutura física das escolas com climatização de todas as salas de aula. Vamos ampliar e construir novas escolas, evitando a  superlotação de alunos nas salas de aula. A valorização dos servidores públicos será prioridade.

Diário: A campanha já está na rua e o que o senhor mais ouve da comunidade?
Lorival: Eles cobram melhoria no atendimento na saúde e saneamento básico. Pretendemos levar água tratada para mais 10 bairros. É necessário investir em saneamento. Com isso, estamos fazendo saúde. Queremos dentro de quatro anos levar asfalto a todas as ruas e setores. Hoje existe na prefeitura a usina de asfalto. Queremos  aproveitar o mão de obra local e melhorar as vias públicas.

Diário: E a questão das estradas?
Lorival: O produtor rural precisa de poio e uma secretaria de agricultura com incentivo e apoio técnico junto com as agroindústria que já existem na região. É necessário também incentivar a chegada novas agroindústria. Para isso, primeiro temos que melhorar as estradas e substituir as pontes de madeira por concreto e construir galerias.

Diário: Se eleito, como será a relação com o governo?
Lorival: Sou um deputado da base aliada do governo e o governador Confúcio Moura indicou o professor Enoc para ser o nosso vice. Temos bom relacionamento com o governo, mas vamos precisar do apoio em Brasília dos senadores Valdir Raupp e Acir Gurgacz e dos deputados federais Marinha, Moreira Mendes, Marcos Rogério e Natan Donadon. Vamos buscar recursos para investir na região.

Diário: E a cultura e esporte?
Lorival: Pretendemos concluir o teatro municipal e projetar novas  praças e áreas de lazer em bairros da periferia. Levar academia para terceira idade e  apoiar o esporte local em todas as modalides.

Diário: Na área social, o que priorizar?
Lorival: Hoje o município tem um déficit muito grande na área habitacional. Pretendo buscar parceria por meio do projeto “Minha Casa, Minha Vida”. Existe um déficit de mais 2 mil casas em Ariquemes. Além de ampliar programas sociais da prefeitura e com o plano futuro do governo do estado.

Estados e municípios terão receita menor

 

Autor(es): Ribamar Oliveira
Valor Econômico - 26/07/2012
A desaceleração da economia e as desonerações tributárias feitas pelo governo federal estão afetando também as receitas de Estados e municípios. Ainda não é conhecida a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em junho, mas o resultado de janeiro a maio mostrou um aumento real muito pequeno da receita total do tributo, em comparação com igual período do ano passado, embora o comportamento não tenha sido homogêneo, com alguns Estados tendo um desempenho melhor do que outros. Ao mesmo tempo, a projeção do governo para as transferências da União aos governos estaduais e às prefeituras foi reduzida em R$ 6,3 bilhões, em relação àquela inicialmente divulgada.
Quando editou o primeiro decreto de contingenciamento das dotações orçamentárias, em fevereiro, o governo estimou que as transferências constitucionais e legais da União para Estados e municípios ficariam em R$ 182,6 bilhões. No relatório de avaliação de receitas e despesas relativo ao terceiro bimestre, a estimativa caiu para R$ 176,3 bilhões. Nesse total, estão incluídos os repasses ao Fundo de Participação dos Estados (FPE) e ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), os subsídios aos fundos constitucionais, o salário educação, as compensações financeiras (royalties), a receita da CIDE-Combustível e outras menos relevantes.
As transferências do FPE e do FPM estão caindo, em relação ao programado inicialmente, por causa do fraco desempenho da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 2012. Esses fundos recebem percentuais das receitas desses dois tributos. O governo espera arrecadar menos R$ 8,7 bilhões de IR este ano, em relação ao que estimou no primeiro decreto de contingenciamento, de acordo com o relatório do terceiro bimestre. Para o IPI, a frustração de receita prevista é de R$ 2,05 bilhões.
As transferências da União cairão R$ 6,3 bilhões
O comportamento da arrecadação do IR reflete a baixa rentabilidade das empresas neste ano, fruto da desaceleração econômica. Houve uma queda significativa do IR e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das empresas que apuram os dois tributos pelo lucro real (estimativa mensal e balanço trimestral). A frustração da receita do IPI está relacionada não apenas com o desaquecimento da economia, mas também com as desonerações feitas pelo governo federal.
As alíquotas do IPI foram reduzidas para os veículos automotores novos, eletrodomésticos da linha branca, móveis, luminárias e papel de parede. A Receita Federal ainda não estimou o estrago efetivo produzido na arrecadação do IPI por essas desonerações. O único dado disponível é a arrecadação do IPI-automóveis, que caiu 73,7% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano passado.
No caso da CIDE-Combustível, o impacto da desoneração feita pelo governo é direto. A União divide a receita da CIDE-combustível com os Estados. No fim do ano passado, o governo decidiu reduzir as alíquotas da CIDE incidente sobre gasolina e diesel para evitar que o aumento de preços feito pela Petrobras não fosse repassado aos consumidores. Em junho passado, o governo decidiu zerar as alíquotas da CIDE, com o mesmo objetivo. A área econômica esperava arrecadar R$ 5,3 bilhões com esse tributo neste ano, de acordo com o primeiro decreto de contingenciamento. Agora, acha que só arrecadará R$ 2,9 bilhões. Os Estados deverão perder algo em torno de R$ 700 milhões com essa desoneração.
A queda dos repasses ao FPE e ao FPM vai afetar principalmente os Estados e municípios do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que ficam com 85% dos recursos desses fundos. Mas a redução da arrecadação da CIDE-Combustível, em função de um objetivo de política econômica, afetará a todos. Em 2009, quando os recursos do FPE e do FPM também caíram substancialmente, o governo federal criou um mecanismo de compensação financeira aos Estados e municípios. Ainda não há, neste ano, um movimento visível de governadores e prefeitos com a mesma reivindicação.
A receita do ICMS, principal tributo estadual, dá sinais de que não está resistindo à desaceleração da economia. De acordo com dados do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), a receita do ICMS de janeiro a maio deste ano atingiu R$ 126,12 bilhões, ante R$ 119,27 bilhões no mesmo período de 2011 - um crescimento nominal de apenas 5,76%, o que dá um aumento real (atualizado pelo IPCA) inferior a 1%.
A arrecadação do ICMS está sendo afetada principalmente naqueles Estados com grande concentração industrial, como é o caso de São Paulo. Houve, de dezembro a maio, uma queda da produção industrial de 3,08% em comparação com igual período do ano passado, de acordo com o IBGE. Mas, em muitos Estados, o efeito negativo da arrecadação do ICMS sobre as indústrias está sendo compensado pelo aumento da receita desse tributo sobre os produtos importados.
Com a redução do ritmo da receita do ICMS e a queda das transferências da União, o que está no horizonte é uma impossibilidade de cumprimento da meta de superávit primário para este ano por parte dos Estados e dos municípios. A última vez que eles cumpriram a meta, a bem da verdade, foi em 2008, de acordo com os dados do Banco Central. De lá para cá, a União tem sido obrigada a fazer a sua parte e complementar a parte de Estados e municípios, com o objetivo de cumprir a meta fiscal do setor público consolidado.
No acumulado de 12 meses até maio, o resultado fiscal de Estados e municípios, mesmo incluindo as empresas estaduais e municipais, está em R$ 32,99 bilhões, bem abaixo da meta fixada em R$ 42,85 bilhões - algo como 0,95% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa meta ficará mais difícil de ser obtida porque a presidente Dilma Rousseff autorizou novos empréstimos aos governos estaduais, o que deverá ampliar as suas despesas primárias deste ano. A questão é saber se a União terá condições de complementar o superávit de Estados e municípios, mesmo com a forte frustração de receita que está enfrentando.

25 de julho de 2012

Circulação de jornais cresce 2,3% no país no 1º semestre


Capa do Diário da Amazônia, 1994


A circulação de jornais no Brasil aumentou 2,3%, em média, no primeiro semestre deste ano, informou o IVC (Instituto Verificador de Circulação).
Conforme os dados desse período, foram consumidos em todo o país, em média diária, 4.543.755 jornais, maior número já registrado pelo IVC.
A presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais), Judith Brito, lembrou que a situação no Brasil é diferente em relação à dos países europeus e também à dos Estados Unidos.
"No Brasil, com a melhoria da renda média e a competência da indústria jornalística para conquistar leitores, o aumento na circulação dos jornais tem sido constante nos últimos anos", disse.
Em 12 meses, as assinaturas cresceram 2,6%, praticamente a mesma variação da venda avulsa --que foi de 2,7%.
O diretor-executivo da ANJ (Associação Nacional de Jornais), Ricardo Pedreira, também comemorou o crescimento no número de assinaturas de jornais do país.
"Representa um resultado muito bom, é a fidelidade de um leitor. É o que as empresas sempre buscam. É uma mostra de confiança dos leitores nos produtos que eles estão comprando", afirmou o diretor-executivo da ANJ.
Nos números registrados pelo IVC, estão incluídas as versões digitais dos jornais.
A venda de jornais que custam até R$ 0,99 foi a que mais aumentou (5,1%).
A comercialização dos jornais que custam entre R$ 1 e R$ 2 subiu 2,5%, e a dos de mais de R$ 2, 0,8%.

Fonte: Folha de São Paulo

24 de julho de 2012

Empresas públicas dariam dinheiro a páginas a favor do PT


Brasília. O PSDB entrou ontem com representação na Procuradoria Geral Eleitoral pedindo investigação sobre o patrocínio de empresas públicas, como a Caixa Econômica Federal, a sites e blogs simpatizantes do PT. Os tucanos pedem ainda que o Ministério Público Eleitoral apure o suposto desvio, ainda que indireto, de recursos públicos para a propaganda eleitoral de candidatos apoiados pelo PT, o que poderia configurar, de acordo com o PSDB, a prática de improbidade administrativa.
"A presente representação tem como objetivo denunciar a utilização de organizações, blogs e sites financiados com dinheiro público, oriundo de órgãos da administração direta e de estatais, como verdadeiras centrais de coação e difamação de instituições democráticas. Da mesma forma, pretende-se denunciar a utilização de tais blogs e sites como instrumento ilegal de propaganda eleitoral", afirma a representação do PSDB.
Acusação ainda de pressão contra caso do mensalão
O partido ainda acusa os petistas de utilizarem esses sites e blogs para tentar desmoralizar o Supremo Tribunal Federal (STF) às vésperas do julgamento do mensalão, em que alguns dos principais nomes do partido figuram como réus, além de conclamar organizações, sindicatos e estudantes, para irem às ruas contra eventuais condenações.
"Recursos públicos são também utilizados para, de forma indireta e ilegal, fazer propaganda eleitoral para candidatos apoiados pelo Partido dos Trabalhadores", diz a representação, referindo-se à suposta reunião de Fernando Haddad, candidato do PT à prefeitura de São Paulo, com blogueiros.
Para os tucanos, os fatos listados configuram-se como atentado aos princípios da administração pública e recebimento indireto de doação por meio de apoio e publicidade custeada com o desvio de recursos públicos.

FONTE: O Globo

"STF será julgado pela opinião pública", diz Eliana Calmon

Ministra Eliana Calmon disse que ação penal do mensalão será julgada no próximo mês


Autor(es): Por Vandson Lima | De São Paulo
Valor Econômico - 24/07/2012
 
A Corregedora Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, afirmou ontem que o julgamento da ação penal do mensalão, que será iniciado no próximo mês, colocará em xeque também a confiança da sociedade brasileira no Supremo Tribunal Federal (STF). "Será um bom momento para se ter a ideia do que representa o Supremo Tribunal Federal dentro de uma expectativa da sociedade. Acho que há por parte da nação uma expectativa muito grande e o Supremo terá também o seu grande julgamento com o mensalão, como ele se porta diante dos autos. É neste momento que o Supremo passará a ser julgado pela opinião pública", avaliou.
Para a ministra, que proferiu em São Paulo palestra sobre a atuação da Corregedoria Nacional de Justiça, "todo e qualquer poder no regime democrático também se nutre da confiabilidade daqueles a quem ele serve". O resultado prático, entende Calmon, é que mesmo o Supremo, que normalmente não se deixa influenciar pela opinião popular, tem sentido a repercussão gerada pelo caso. "Ele [o STF] sempre se manteve meio afastado, mas nós já começamos a verificar que efetivamente já não é com aquela frieza do passado. Hoje eles têm sim uma preocupação. O país mudou e a população está participando", avalia. "Não porque a população esteja influenciada pela imprensa. A opinião pública também está sendo formada pelas redes sociais. Ninguém está fazendo a cabeça da população, ela é que se comunica entre si. Isso tem causado a sensibilidade do STF", acredita.
A possibilidade de desmembramento do processo para que os acusados sem foro privilegiado sejam julgados pela primeira instância, questão de ordem que será levantada pelo ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, defensor do ex-diretor do Banco Rural José Roberto Salgado, e que o STF terá de decidir tão logo inicie o julgamento, é motivo de preocupação da ministra. "Como juíza criminal, creio que quando se faz essa divisão, se quebra a continuidade da prova. O ideal é que sejam todos julgados pelo mesmo corpo de juízes. Não tenho dúvida de que continuidade do julgamento em bloco, de todas as pessoas que estão ligadas, é o mais benéfico.
Três réus do mensalão dispõem de foro privilegiado por exercerem mandato parlamentar. O STF já negou o pedido de desmembramento duas vezes, seguindo o entendimento da denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República, na qual o caso é visto como decorrente da atuação de uma "quadrilha" e a ação de um réu não poderia ser compreendida por si só.
A ministra também opinou sobre o direito de o Ministério Público fazer por conta própria investigações criminais, questão cujo julgamento está suspenso no STF por conta de um pedido de vista do ministro Luiz Fux. "Sou plenamente a favor do poder investigatório do Ministério Público. Ele tem o poder de, ao examinar as provas, verificar onde há a fragilidade e complementá-la. Não se vai quebrar a perna do MP", cravou. Os ministros Cezar Peluso e Ricardo Lewandowski votaram pelo esvaziamento de tais poderes. O presidente do STF, ministro Ayres Britto, já adiantou seu voto em favor da manutenção dos poderes do MP.
Em sua palestra, Eliana Calmon falou das ações do CNJ como o programa "Pai Presente", que busca estimular o reconhecimento de paternidade de pessoas sem esse registro - e contra o qual foram impetrados dois mandados de segurança, sem sucesso. Prestes a deixar o atual cargo, disse: "O cargo de corregedora foi o que eu mais ambicionei em minha vida como magistrada".

19 de julho de 2012

Ariquemes - Adelino apresenta plano de metas para município


Maisa e o candidato a prefeito de Ariquemes, Adelino 

Porto Velho, Rondônia - Saúde, educação, segurança, atrair indústrias e investir na prevenção familiar no combater ao avanço das drogas no município. As metas de governo foram apresentadas pelo candidato a prefeito de Ariquemes, deputado estadual Adelino Follador (DEM) e serão priorizadas a partir do próximo dia 1º de janeiro de 2013, caso ele seja eleito prefeito do município de Ariquemes. 
Adelino é funcionário do Estado e ocupa a função de técnico agrícola. Ele nasceu no município de Barão de Cotegipe (RS) e chegou na região de Ariquemes em 1977. Foi administrador do Núcleo de Apoio Rural (Nuar) e chegou em Rondônia atraindo pelo processo de ocupação da Amazônia. 
Ele tem como candidata a vice-prefeita a presença de uma mulher:  Maisa Giffoni de Oliveira (PSDC), e encabeça a coligação “Rumo novo com a força do povo” que é formada pelos seguintes partidos: DEM, PSDC, PV, PTN, PSDB, PR, PCdoB, PRP e PTdoB. Ao todo são 54 candidatos a vereador. “Nossa campanha será honesta e barata”, garante.


Diário: Como ingressou na vida pública?
Adelino: Ocupei várias funções em entidades e grupos comunitários na região de Ariquemes. O meu envolvimento nesses movimentos sociais foi importante para minha carreira política. Fui responsável pela criação do conselho comunitário do município. Esse trabalho me rendeu o cargo de vereador na gestão do ex-prefeito Ernandes Amorim. Fui também vice-presidente da Câmara. Após a emancipação de Cacaulândia, mudei meu domicílio eleitoral e resolvi disputar a prefeitura, sendo eleito. 


Diário: Fale da experiência da primeira eleição para prefeito?
Adelino: Essa eleição foi uma surpresa para mim. Isso aconteceu em 1992. Na época eu estava filiado ao PTR. Derrotamos o grupo do ex-senador Ernandes Amorim e nossa coligação elegeu cinco vereadores. Em 1996 disputamos a prefeitura e ganhamos novamente com mais de 72% dos votos válidos. Foi sinal que a população aprovou o nosso trabalho. 


Diário: Qual motivo da renúncia do cargo de prefeito?
Adelino: Foi justamente para ser candidato a prefeito na cidade de Ariquemes, mas não venci as eleições. Fui convidado para ser secretário de Agricultura na gestão do ex-prefeito e hoje governador Confúcio Moura. Depois decidi disputar o cargo de deputado estadual e fui eleito com 8.140 votos.


Diário: Porque ser prefeito de Ariquemes?
Adelino: Hoje seria mais cômodo eu permanecer como deputado na Assembleia Legislativa. Vinhemos para fazer história e fazer mudança. Tem que conquistar a família, as pessoas e os partidos coligados. E isso nos fizemos. É um desafio para qualquer cidadão ser prefeito da sua cidade e principalmente de nós que vivendo na política e respiramos política. Um vive em função do outro. O trabalho nosso desenvolvido ao longo do ano nos credencia para o cargo de prefeito.  Todas as minhas contas de homem público foram aprovadas pelo Tribunal de Contas e Câmara de Vereadores. Sou ficha limpa.

Diário: Sendo eleito, quais são as prioridades?
Adelino: A saúde é uma cobrança da população. Precisamos melhorar a trafegabilidade nas estradas vicinais, investir na educação e trazer indústrias para gerar novos empregos. Está em nosso plano de governo   investimentos na infraestrutura da cidade, psicultura e educação. Os professores terão a oportunidade de opinar na indicação do secretário de Educação. Queremos desenvolver ainda um projeto especial de moradia às pessoas que estão na área de risco. Esse programa será destinado às famílias de baixa renda. 


Diário: Percebe que sua campanha é pautada em defesa da família. O que motivou essa bandeira? 
Adelino: A nossa campanha valoriza muito a questão familiar. A educação é importante para combater o avanço das drogas. Vamos desenvolver campanhas de fortalecimento do lar familiar e alertar à sociedade os prejuízos decorrentes do consumo de drogas. Contamos com apoio de organizações sociais e entidades. Nossa meta é  valorizar a família. A desestruturação das famílias está prejudicando a sociedade.  Ao mesmo tempo, vamos ampliar o número de áreas de lazer para incentivar os jovens à prática de esportivas e fazer parceria na área da saúde para recuperar dependente químicos.  A minha candidata a vice-prefeita é uma mulher, o que fortalece a força da mulher na sociedade. Ela é graduada e tem amplo conhecimento no serviço público e experiência em diversas áreas. 


Diário – Qual desafio maior de Ariquemes?
Adelino – Hoje o desafio maior é o esgoto. Vamos buscar parcerias com a bancada federal de Rondônia na questão do esgoto da cidade. Também temos que melhorar a infraestrutura do município. Construir mais áreas de lazer. Queremos mudar a imagem do município. O que me chama muita atenção é a questão urbanística da cidade que precisa ser mudada.  A revitalização da BR-364 no perímetro urbano será prioridade. Hoje a pista foi duplicada, mas falta urbanizar. Para isso vamos buscar parceria com os governos estadual e federal. 


Diário: Sua candidatura tem apoio do governador?
Adelino: Sou parceiro do governador desde 1982, quando ele chegou para trabalhar no município. O que ocorreu foi que o PMDB demorou muito tempo para definir candidatura própria. A indecisão do atual prefeito Márcio Raposo (DEM) de não disputar à reeleição, retardou o nosso trabalho de candidatura própria. Mas tudo foi resolvido. O governador deve ficar neutro nesse momento. 


Diário: Qual avaliação que o senhor faz do governo Confúcio e do atual prefeito?
Adelino: Confúcio Moura faz um governo razoável. Ele precisa melhorar no setor produtivo. A saúde já melhorou bastante juntamente com a educação. A administração do prefeito Márcio Raposa está boa, o que faltou foi maior participação política nas questões do município. 


Diário: Como fazer para gerar emprego?
Adelino: Já estamos conversando com empresários sobre o tema e vamos priorizar a construção da área industrial, tendo em vista que o setor madeireiro está passando por momento delicado. Queremos incentivar a vinda de novas indústrias e aproveitar a mão de obra dos jovens. A questão da energia já está resolvida.


Autor: Marcelo Freire/Diário da Amazônia

18 de julho de 2012

Jaderson Ferreira quer resgatar dignidade de Porto Velho


Jaderson Ferreira e o candidato a vice-prefeito Waltério Carlos
Porto Velho, Rondônia - Sem patrimônio a declarar na Justiça Eleitoral e usuário do transporte coletivo, o candidato a Prefeito da Capital, professor Jaderson Ferreira da Silva (PSTU), 35 anos, promete uma campanha simples, fazendo corpo a corpo com eleitores nas ruas. “É o chamado trabalho de formiguinha”, afirmou. 
Ele disse que foi convidado a firmar aliança a grupos econômicos, mas recusou a oferta. Decidiu avançar na eleição para prefeito. “ Nossa legenda é legenda puro sangue, do povo para o povo. Não tem grupo financiado. Não temos compromisso de grupo econômicos. Isso é perigoso”, relatou. 
Jaderson nasceu em Porto Velho e confessou ter amor pela cidade. É formado em filosofia, teologia e está filiado ao PSTU desde 2005. Trabalhou no estado a campanha “voto consciente” e prepara os jovens na fiscalização de compra de votos. Em visita à redação do Diário, ele apresentou o vice-prefeito na chapa, o professor Waltério Carlos.


Diário: Como começou sua carreira política?
Jaderson: Fui eleito presidente da uma associação de moradores no conjunto Rio Guaporé. Eu vejo na política que você pode ser político sem estar no meio político. Com 21 anos fui eleito presidente da Associação de Xadrez. Após esse trabalho criei o projeto Xadrez nas escolas, que atinge a sociedade e implantamos esse trabalho no Colégio Padrão.


Diário: Como surgiu a ideia na disputa pela prefeitura de Porto Velho?
Jaderson: Pela necessidade de uma nova alternativa política. Ela surgiu pela própria insatisfação popular e minha indignação. Sempre fiquei nos bastidores e me revoltei com a crise moral e ganância pelo poder. O político tem que pensar na cidade e não na própria vida. Sou usuário do transporte público e sinto na pele a falta de investimentos na cidade.


Diário: O senhor é um nome desconhecido do grande público, Como espera levar a mensagem do PSTU para essas pessoas?
Jaderson: Temos um minuto de televisão. Quero ter oportunidade nas mídias para mostrar o que eu sou. No meu caso, Jaderson Silva, sou um porto-velhense que ama essa cidade.  Tenho identidade com Porto Velho e sou ficha limpa. Meu grande sonho e vê Porto Velho uma cidade socialista para o trabalhador.


Diário: Sendo eleito, quais as propostas para Porto Velho?
Jaderson: Primeiramente temos que saber o que existe em Porto Velho. Temos que discutir um orçamento participativo e priorizar investimentos na saúde. Valorização dos funcionários, plano de cargos e salários de fato que atenda a categoria. Equiparar os salários dos servidores com os melhores do Brasil. Porto Velho tem condição de fazer isso. A educação é prioridade. Investir na educação integral. Não o que está sendo oferecido hoje pela Prefeitura. Trabalhar com equipes e atender a realidade do aluno dentro e fora de sala de aula.


Diário: No campo de obras, os gargalos de Porto Velho, trânsito e saneamento, o que fazer?
Jaderson: Porto Velho não foi planejada. Esse planejamento aconteceu na época da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. O projeto foi feito pelos ingleses. A cidade foi ocupada por meio de invasões e hoje a cidade sofre uma crise por falta dessa engenharia. Muitos gestores não tiveram a capacidade de planejar a cidade para o futuro. A gestão atual teve oito anos para fazer isso e não fez. Não se pensou um projeto a longo prazo. No trânsito, trabalhar em uma linha específica de ônibus, ampliar as vias e criar uma via expressa só para ônibus. Alargar as avenidas para fluir o trânsito é prioridade. Montaremos uma equipe para trabalhar e pensar em projeto a longo prazo.


Diário: E com relação ao esgoto?
Jaderson: Tem que colocar em prática algumas obras que foram acordadas dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. O projeto já existe, basta cobrar do governo, que ficou responsável pela execução da obra por meio da Caerd.


Diário: Porto Velho para o pós-usina, qual será sua proposta para geração de emprego?
Jaderson: Vai depender muito da equipe de planejamento. Como prefeito, vou trazer as melhores pessoas e especialistas em todas as áreas. Essas pessoas existem aqui. Com a formação dos lagos das usinas, pretendo desenvolver um projeto de tanque rede, contratando ribeirinho e criando uma empresa mista para gerar emprego. Vamos exportar o produto. As usinas vão deixar uma herança maldita.  A prefeitura não teve capacidade de olhar prevenção e construir projeto alternativo de emprego e renda.


Diário: Você é a favor da emancipação dos distritos?
Jaderson: Sou a favor. As forças políticas não querem. Vamos procurar trabalhar as alternativas nos distritos. Com o projeto tanques redes, a arrecadação dos distritos vai aumentar. Vou implantar a eleição direta dos administradores e trabalhar um orçamento específico para os distritos. Por outro lado, levar água e esgoto às localidades.


Diário: Qual avaliação da atual administração?
Jaderson: Deixou a desejar. Poderia ter feito melhor. Mobilidade urbana é uma deficiência na Capital. O transporte público é falho e  caro. Não existe uma política pública de mobilidade. Outro ponto é a questão da água potável. Ele poderia ter agilizado o processo. Os viadutos demoraram muito. Agora no período de eleição que começa a aparecer as obras. Mas o povo saberá dar a resposta certa. Outro ponto que eu colocado como negativo: não foi implantada a faculdade municipal.


Diário: Como você vê a nossa rodoviária?
Jaderson: Defendo que a rodoviária é um símbolo de Porto Velho e não podemos acabar com a cultura de terminados prédios históricos. Defendo um trabalho de restauração do prédio.


Diário: E o aterro sanitário e centro de convenções?
Jaderson: Quando existem projetos bons temos que elogiar,  fazer a crítica e melhorar. A prefeitura cometeu um erro no passado. O atual administração teve tempo para executar. Recebeu o apoio de Lula e da presidente Dilma Rousseff. Faltou gestão. Agora o eleitorado amadureceu. Queremos agora trabalhar a essência do projeto. Educação ambiental e trabalhar com cooperativas. Criar alternativa para o lixo e definir um local que não tenha problema de contaminação no lençol freático.


Diário: Sendo eleito, como será o relacionamento com o governo?
Jaderson: Trabalhar uma parceria para o bem da cidade. Tem muita gente que não está sendo atendida com políticas públicas. Como gestor, o cargo não é meu. É do povo. Não posso ser radical e esperar o dinheiro cair do céu. Essa visão de radical hoje não existe. 


Diário: Por que a opção de chapa pura sangue?
Jaderson: Analisando todas as legendas e partidos. Constatamos vícios. Nossa aliança é puro sangue, do povo para o povo. Não tem grupo financiado. Não temos compromisso de grupo econômicos. Isso é perigoso.  Eles já estão acostumados a atuar com os vícios políticos. Vamos propor uma Porto Velho para o povo. Não preciso de salário para sobreviver. Ele promete reduzir os salários. O prefeito não precisa receber R$ 30 mil. Vou trabalhar para reduzir os salários dos vereadores. Acabar com a farra de cargos comissionados. Vou enxugar a folha e investir no município. Vamos trabalhar a prefeitura itinerante e eleições diretas para sub-prefeitos.


Diário: O PSTU nasceu de um movimento revolucionário, qual é a realidade de hoje?
Jaderson: O que nós trabalhamos é o marxismo puro. Trabalhar a valorização e tomada do poder pelos trabalhadores. É um processo participativo. Não queremos tomar o poder a todo o custo. Queremos discutir no campo das ideias. Não estou na política para ficar rico. Acredito em um sonho chamado Porto Velho e a cidade precisa ser justa e para todos. Tivemos a oportunidade de discutir alianças com outros partidos da esquerda, mas ao mesmo tempo a direção nacional do partido nos deu a liberdade de decidir internamente. Será uma campanha corpo a corpo, andando nas ruas. Não queremos grupos financeiros. Eles já nos procuraram. A velha forma de fazer política sempre tem grupos financeiros no meio.

Fonte: Diário da Amazônia

Autores: Carlos Sperança e Marcelo Freire

Sindicato dos Jornalistas alerta para compra de votos


Carlos Alencar e Marcos Grutzmarcher

Porto Velho, Rondônia - Acompanhado do ex-presidente Marcos Antônio Grutzmacher, o presidente do Sindicato dos Jornalistas de Rondônia- Sinjor, reeleito Carlos Alencar esteve ontem na redação do Diário e defendeu a necessidade da categoria aumentar sua representatividade política nas prefeituras e Câmaras Municipais nas eleições 2012. “Temos vários candidatos a vereança como Marcelo Reis, Everaldo Fogaça, Edson Lustosa, Miro Costa, Daniel Junior e como candidato a vice-prefeito Dalton di Franco na capital. No interior também temos bons candidatos e estamos otimistas em aumentar nossa representatividade” disse.
Sobre sua expectativa nas eleições na capital, ele espera uma campanha limpa, mas condenou a existência de pressões financeiras com o surgimento de postulantes milionários. “Espero que a campanha seja limpa, mas a tradição é de muita ingerência financeira. Caberá ao TRE trabalhar mais forte na fiscalização contra a compra de votos”, assegura.
Como sindicalista, ele se posicionou sobre a transposição dos servidores. “Esperava que nesta altura já houvesse alguma definição, mas as noticias que a gente tem preocupam, ninguém diz nada sobre períodos, enfim as definições ainda estão distantes”, disse.
A propósito da transposição, o ex-presidente Marcos Antônio Grutzmacher afirma que “a lei foi criada e teremos que brigar individualmente na justiça. “Existem pontos favoráveis, a lei esta criada, estão enrolando a normativa”, explica. Houve muita politicagem no processo da transposição, muitos usaram o projeto para se beneficiar politicamente.
No tocante ao Sinjor, Alencar anunciou que pretende a interiorização da entidade com cursos de redação e fotografia e a publicação de um jornal do sindicato periodicamente discutindo as questões da categoria e a realização de um congresso estadual em Ji-Paraná.
Ele anunciou ainda a realização do Congresso Nacional de Jornalistas em Rio Branco em novembro, aonde o Sinjor pretende montar uma grande caravana representativa. Os interessados na participação devem procurar a entidade.

Fonte: Diário da Amazônia 

13 de julho de 2012

Garçom diz que está pronto para governar




Em 1992, Lindomar Garçom, de 43 anos, decidiu entrar na vida pública em defesa da emancipação política do município de Candeias de Jamari. A investida deu certo. Após conseguir o pleito, Garçom foi incentivado a sair candidato a vereador. Venceu a eleição e  decidiu depois disputar a Prefeitura. Foi eleito e reeleito. O trabalho rendeu dois mandatos de deputado federal.  
Ao transferir seu domicílio eleitoral para Porto Velho, Garçom resolveu apostar na candidatura, em 2008, à Prefeitura da Capital. Seu plano não deu certo. “Disputar uma eleição contra alguém que está com a máquina administrativa na mão é desleal. Hoje não disputo com a máquina”, afirma.
Natural de Rondonópolis (MT), Garçom é casado, tem 4 filhas e diz que é o único candidato preparado para administrar Porto Velho. “Passei pelo executivo, legislativo e tenho experiência que meus adversários não têm”, garante. 


Diário: Como começou a carreira política?
Garçom: Ao chegar em Porto Velho, passei a morar na Vila Candeias, que fazia parte da Capital. Resolvemos fazer um movimento de emancipação da cidade em 1992. À época, a emancipação seria positiva a região. Em 13 de fevereiro Candeias passou a condição de município. Lideramos o movimento pelo sim. Após esse ato, me chamaram para ser candidato a vereador. Fui o mais votado e eleito presidente da Câmara. 


Diário: Foi fácil se eleger prefeito da Candeias?
Garçom: Ao encerrar mandato de vereador, decidimos então em 1996 disputar o cargo de prefeito. Vencemos as eleições com 75% dos votos.  Direcionei meu trabalho em benefício do povo. Garantimos 95% de eletrificação rural e transporte escolar. O fruto do meu trabalho rendeu o prêmio Sebrae nacional de melhor prefeito

Diário: Na sua reeleição plantaram notícias contra sua gestão? Isso atrapalhou sua trajetória?
Garçom: O desespero dos adversários foi encomendar pesquisa mostrando resulttado negativo para que o povo se iludisse e votasse no candidato adversário. Combati a pesquisa dizendo a seguinte: “gente, vote conforme sua consciência, pois a pesquisas que estão soltando nas ruas são encomedadas e toda a encomenda é entregue conforme o gosto do cliente”. A surpresa foi minha reeleição com mais de 70% dos votos válidos.


Diário: A reeleição à Prefeitura é atribuida a que?
Garçom: O que reforçou minha reeleição foi título que recebi do Sebrae de melhor prefeito. Utilizamos poucos recursos que fizeram grande transformação na vida da população de Candeias.


Diário: O que marcou sua passagem pela Faser na gestão do ex-governador Ivo Cassol?
Garçom: As pessoas não davam importância para a pasta. Criamos o programa “Faser em Ação”.  Começamos a olhar de uma maneira diferente a população. Conseguimos atender os ribeirinhos que estavam abandonados. Tomamos todas as providências no sentido de fazer com que a Faser chegasse à sociedade. Fiz um planejamento e além disso, eu usava programa de tevê pra mostrar o sofrimento do povo. Nosso objetivo foi resgatar a dignidade do povo ribinheiro. Levamos para os bairros e municípios cursos de capacitação. Conseguimos bancos para atender a comunidade. Garantimos estrada até o distrito de São Carlos e policiamento no local.


Diário: Sua vitória na eleição para deputado federal foi considerada uma zebra política na época. Como conseguiu essa expressiva votação?
Garçom: Apresentei propostas viáveis e consolidadas. O município de  Candeias serviu de exemplo. Conseguimos, apesar de poucos recursos, levar 100% da água tratada à população. Em Porto Velho não foi diferente. Garantimos recursos para água tratada e saneamento básico.  O PV, meu partido, no debate das construção das usinas, aceitou os empreendimentos  em Rondônia, mas desde que o ministro Marcio Fortes colocasse recursos no PAC para água tratada. Trabalhamos para o projeto sair do papel. Conseguimos junto ao TCU agilizar o andamento das obras e evitar que o dinheiro retornasse aos cofres do governo federal. 


Diário: Você disputou a prefeitura de Porto Velho em 2008, o que atribui a derrota?
Garçom: Não vejo como derrota. Perdi apenas para o atual prefeito Roberto Sobrinho (PT) que estava em processo de reeleição. Disputar uma eleição contra alguém que está com a máquina administrativa na mão é desleal. Hoje não disputo com a máquina.


Diário: O que o motiva a segunda disputa?
Garçom: O Lula quebrou essa tradição. Fizeram de tudo para eu não sair candidato, mas em nenhuma momento eu pensei em ser vice.  Eu estou preparado para ser o prefeito de Porto Velho. Sou o único que tem experiência de gestão pública no legislativo e executivo. Sendo eleito, não vou ficar um ano para conhecer a máquina e os problemas. Vou agir.


Diário: Surgiu informação que você seria o Plano B do Ivo Cassol. Procede?
Garçom: Eu optei em ser o candidato com partidos independente de grandes grupos políticos, pois não quero comprometer a administração para o futuro. Quero fazer um trabalho para o povo. Estão coligados com a nosso projeto cinco partidos: PTC, PHS, PV, PRP, e PSL. Como se percebe, esses partidos são independentes. 


Diário: Quais as principais propostas para Porto Velho?
Garçom: A primeira é fazer uma parceria e garantir investimentos no sistema de água e esgoto sanitário para tirar o pé da lama. Colocar sistema de drenagem de águas pluviais é o segundo passo. Quero fazer parceria para combater as alações e concluir os 400 quilômetros de asfalto que faltam. Existem recursos, basta saber buscar. Pretendemos resgatar as compensações decorrentes das obras das usinas. Fazer uma tomada de conta especial referente a alguns pagamentos feitos pelos empreendedores das usinas do rio Madeira ao município.  Vamos  resgatar a melhoria de vida da população.


Diário: Sua opinião sobre a atual administração?
Garçom: Dou nota 5. Existem muitos feitos que não podem negar. Melhorou a saúde e o prefeito se esforçou para levar asfalto aos bairros. O PV não participa do governo Roberto Sobrinho. A parte negativa foi a falta de planejamento para aplicação de recursos, compensações, orçamento estadual e federal. Se esses recursos tivessem sido aplicados de forma eficaz seria muito melhor. Na nossa gestão, vamos montar uma equipe técnica para dar resposta ao povo.


Diário: O que falta para melhorar a saúde?
Garçom: É necessário construir o hospital municipal. Descentralizar o serviço do SAMU e precisamos aumentar o número da equipe da saúde família. 65% da populção está dentro da saúde da família, mas 35%  aparece sem atendimento.


Diário: Tradicionalmente, o prefeito e governo não se entendem. Caso seja eleito, como mudar essa tradição?
Garçom: Vou seguir a bíblia. Toda autoridade é constituída por Deus. Tenho que fazer é buscar um meio para que ele (governador) possa fazer uma boa gestão.


Diário: E a situação do trânsito?
Garçom: Colocaremos em prática um programa de trânsito. Vamos buscar soluções junto as pessoas  técnicas e engenheiros para resolver o problema. Não precisa buscar gente de fora. Tem gente capaz e que pode ser aproveitada. Abertura de novas vias para facilitar o trânsito de veículos é uma alternativa.


Diário: No transporte, o que falta para melhorar?
Garçom: Apoiar as empresas que hoje fazem o transporte e dar condições para reduzir custos e gastos nas ruas. Colocar novos pontos de ônibus. Asfaltar todas as vias onde os ônibus circulam. Além de manter as empresas que estão hoje no mercado, vamos abrir espaço para outras empresas entrarem no mercado. Com isso, melhora o serviço. Vamos instituir a tarifa social nos sábados e domingos. A integração do transporte é outra alternativa nossa. Hoje o “Leva Eu” não integra. Pretendemos construir o terminal de integração nas zonas Sul e Leste. No local da atual rodoviária, será construido outro terminal integração de ônibus.


Diário: E o pós-usinas?
Garçom: A primeira medida para ser tomada para evitar problemas da falta de emprego é firmar parceria com o governo e reduzir impostos. É preciso  desburacratizar a máquina pública e agilizar o processo de liberação de alvarás para construção. Muitos (alvaras) chegam a demorar oito meses. Isso afasta o empreendedor.  65% dos terrenos estão dinponíveis para esses empreendedores. Não existe mais a falta de energia. Esse problema já foi resolvido com a construção das usinas.  A indústria gera emprego definitivo e isso manterá o comércio da cidade.


Autor: Marcelo Freire/Carlos Sperança
Fonte: Diário da Amazônia

7 de julho de 2012

Mauro Nazif disputa sua quarta eleição à Prefeitura de Porto Velho


O deputado federal Mauro Nazif (PSB), de 53 anos, entra para sua décima segunda disputa eleitoral, sendo a quarta para Prefeito de Porto Velho nas eleições deste ano. Casado, pai de três filhos, ele nasceu na cidade de Barra do Piraí (RJ) e chegou em Rondônia em 1984 para trabalhar como médico.
Trabalhou no antigo Hospital Tropical e Hospital de Base. Foi vereador e deputado estadual por dois mandatos e atualmente ocupa cargo de deputado federal. Nas onze eleições que disputou, venceu sete e perdeu quatro. O peesebista também disputou eleição para governo de Rondônia e coleciona vários erros e acerto ao longa de onze disputas eleitorais.
Na convenção do último dia 30, o PSB selou aliança com o PDT, que indicou o jornalista Dalton di Franco para ser vice-prefeito na chapa. “Conheço o trabalho do Dalton quando fomos vereador juntos na Câmara de Porto Velho e deputado estadual na Assembleia Legislativa. Quando você conhece a pessoa fica mais fácil trabalhar em benefício da cidade”, admite.

Diário: Como começou a carreira politica?
Mauro Nazif: Foi por acaso. Cheguei para trabalhar como médico em Porto Velho. Em 88 meu irmão, Gilson Nazif, chegou à clínica da Vila Tupi, onde atendo, dizendo que seria candidato a vereador. O coisa mudou do dia pra noite. Passou o tempo, a família do seu Miguel Prado entendeu que eu tinha o perfil de candidato. Resisti até onde pude. Até que o seu Miguel fez um jantar com a família dele e confirmou o meu nome. Foi uma surpresa nas urnas. Fui o sétimo vereador mais votado.

Diário: Na época, o que foi prioridade?
Mauro: Começamos priorizando a bandeira dos servidores públicos. A partir dessa época começamos a fazer oposição ao governo municipal.

Diário: Durante o exercício do mandato de deputado estadual teve alguns embates na ALE?
Mauro: Acabar com a aposentadoria dos estaduais. Fizemos uma economia de mais de 20 milhões por ano para o Estado. Com essa economia o Estado pode investir mais na educação e saúde. Outro ponto que marcou minha trajetória política foi a defesa dos servidores demitidos. Estivemos à frente dos movimentos e lutamos até o desfecho. Cheguei a ser agredido na época em frente ao Palácio do Governo e Tribunal de Justiça.

Diário: Fale sobre a primeira experiência disputando a Prefeitura de Porto Velho.
Mauro: Era uma campanha desacreditada, onde tínhamos adversários importantes na época e em cima disso crescemos muito. Nas eleições de 2004 foi diferente. Éramos considerados favoritos. Pontos importantes aconteceram. Cometemos erros e acertos. O erro não era por receber o apoio do ex-prefeito Carlinhos Camurça. É que o povo não aceitava a união da oposição e direita. Em nenhum momento culpo o Carlinhos. O eleitorado não entendeu a mensagem. A postura do Carlinhos foi importante que ele não pediu nada. A universidade municipal não caiu no gosto da população.
Diário: E do lado de acerto?
Mauro: O Roberto Sobrinho na época tinha 1% da intenção de voto, mas ele teve ao seu lado a presença do presidente Lula e seus ministros. E o Lula era recém-empossado. Estava no auge da popularidade. Ele trouxe esperança à população. Naquele momento foi bom o PT ter vencido, por causa do apoio do governo federal.

Diário: O senhor já participou de outras disputas. Sempre foi bem votado para cargos do legislativo. Como explica não ter sido bem sucedito para o executivo?
Mauro: Cito o exemplo do ex-presidente Lula. Muitos pensavam que ele (Lula) não seria um bom presidente no comando do Executivo. Após participar de três eleições para presidente, o Lula ganhou e demonstrou o contrário. A experiência por nós assumida, todo esse tempo na vida pública, nos dá uma tranquilidade muito grande. Conhecemos todos os trâmites no Congresso e Ministérios. A experiência que conseguimos como vereador, deputado estadual e depois federal foi uma faculdade.

Diário: Quais as prioridades nessa disputa?
Mauro: Temos muitos pontos para ser tratados. Porto Velho cresceu muito. A saúde é um ponto. Recebemos mais de 70 mil pessoas em função das obras das usinas. Será que Porto Velho está se adequando a isso? Em nenhum momento estamos criticando a saúde municipal. A questão do trânsito e transporte. São em média 1500 veículos que entram na cidade por mês. O que estamos fazendo para melhorar a cidade? É preciso ter parceria com a PM, agentes de trânsito, no sentido educativo e não punitivo. Educar a população é importante.

Diário: E o saneamento básico?
Mauro: Temos uma Capital com 2% de saneamento. Através da bancada federal, alocamos mais de 700 milhões para cinco obras importantes. Saneamento, água tratada, drenagem de córrego e construção de novas moradias. Parte do dinheiro foi destinado para a Caerd. O recurso veio para Porto Velho e temos que cobrar a efetivação real para que isso aconteça. Tem que tornar uma cidade viável com renda, trabalhar a questão do combate à droga, defendida pelo nosso candidato a vice-prefeito Dalton di Franco e valorizar o funcionalismo.

Diário: Como você vê o pós-usina?
Mauro: Sabíamos que Porto Velho receberia duas usinas, mas não fizemos o planejamento. Também tivemos a certeza de que a população iria aumentar. Teremos um índice de desemprego muito grande após o fim das obras. Não conhecemos o índice de pobreza. O de miséria sim. Tenho medo de obras de começo, meio e fim. O usina teve isso. Temos que pensar obras que tenham começo e meio. Tivemos o ciclo do ouro, borracha e funcionalismo público. Porto Velho precisa atrair indústrias para gerar empregos. Temos polos importantes de mercado. Bolívia e Chile consomem a nossa produção. O mercado Asiático e saída para o Pacífico são importantes. O problema da energia foi resolvido em Rondônia. Temos que buscar agora a industrialização e, ao mesmo tempo, buscar a vinda do gasoduto de Urucu. Temos que gerar emprego e renda e isso está sendo discutido.

Diário: No campo político, como justifica a aliança PDT atraindo o comunicador Dalton di Franco?
Mauro: Foi uma surpresa essa aliança. O PDT tinha candidatura própria. Conversamos com vários partidos. Agradeço pela conversa e maneira ética que tivemos com todos os dirigentes partidários. Não queríamos juntar muitos partidos nessas eleições e depois ficar uma administração pública sem controle. Conversamos com o senador Acir Gurgacz e entendemos ser importante o PDT fazer parte da aliança. Eu e o jornalista Dalton di Franco trabalhamos na Câmara de Vereador juntos e também na Assembleia Legislativa quando assumi o cargo de deputado. Temos um histórico de caminhada. É uma aliança histórica e de pessoas que se conhecem. São pessoas que tiveram aliança e foram eleitas através dela.

Diário: Como candidato da oposição, como você vê a administração Roberto Sobrinho?
Mauro: Não gosto de fazer análise. Tudo o que deu certo, vamos continuar implementamos, o que está mais ou menos, vamos tentar melhorar. Vamos terminar todas as obras que estão inacabadas. Não temos sentimentos de rancor. O dinheiro que está investindo é público e precisa ser valorizado.

Diário: Qual a avaliação para o governo de Confúcio Moura?
Mauro: Precisamos da ajuda do Confúcio, do governo do estado, independente da sigla que ele esteja. Da mesma forma que eu penso que ele pode ajudar a cidade, podemos ajudar o governo gerando emprego e renda na Capital.

Diário: Como pensa Porto Velho no futuro?
Mauro: Primeiramente tem que planejar. Principalmente no setor de trânsito, saúde, para que Rondônia não tenha 70 mil desempregados em Porto Velho após as usinas. Temos que ser ágeis e práticos. Esse planejamento é importante. Todo esse trâmite em Brasília é importante para ter o município planejado.

Diário: Qual a expectativa da campanha em Porto Velho?
Mauro: Disputamos 11 eleições. Sentimos um calor nas ruas. Temos um vice de boa aceitação junto à sociedade. Nossa campanha será feita com amor e sempre olhando para o lado humano e respeito pelas pessoas. Vamos trabalhar para quem quer o bem de Porto Velho.

5 de julho de 2012

Professor Raimundo enfrenta grupo poderoso em Candeias do Jamari



Porto Velho, Rondônia - Concorrendo pela segunda vez a prefeitura de Candeias do Jamari, o professor Raimundo das Chagas Teixeira (PDT), tendo como vice o administrador de empresas José Orleans da Silva (PSC), tem propostas inovadoras para a cidade satélite, distante 20 quilômetros de Porto Velho. Com 46 anos de idade, natural de São João do Jaguaribe (CE), casado, pai de três filhas, reside no município há quase 20 anos. Em sua entrevista ao Diário, ontem pela manhã, estava acompanhado do seu vice José Orleans e do militante Paulo Luis da Silva, o Paulo da 45.
Ele projeta resolver na sua futura administração o colapso na saúde e o caos na educação do município. Raimundo cita, também, como um desafio o enfrentamento dos caciques antigos que se revezam no poder, que são o atual prefeito Dinho do Garçon e o ex-prefeito Chico Pernambuco. Confira seu depoimento.
Diário – Como enfrentar caciques mais antigos como os grupos enraizados de Chico Pernambuco e dos Garçons?
Raimundo – Minha expectativa é de mudança, esta pratica dos políticos antigos esta desgastada e hoje a população de Candeias busca a moralização. Além disto,  nós representamos a renovação.
Diário – Como esta sua aliança para esta eleição?
Raimundo – A minha aliança mesmo é com a população. Mas no plano de coligações conseguimos unir cinco partidos, PSC, PTC, PC do B, PDT, PSOL e PC B. Uma composição, mais a esquerda e com propostas inovadoras.
Diário – Quais são os principais problemas de Candeias atualmente?
Raimundo – A questão da saúde é a maior de todos, sem falar na falta de uma política para a juventude e no momento a cidade passa por uma greve na educação. Temos sérios problemas para serem equacionados no campo da educação.
Diário – Quais são as suas propostas para fortalecer o município?
Raimundo – Na saúde, ampliar o atendimento com novas contratações de médios e enfermeiros, com unidades  mais equipadas nos distritos, atendendo a população num todo. Na educação a construção de novas escolas nos bairros mais populosos, e em termos de infra-estrutura, implantar as redes de água e esgoto. É imprescindível tocar para diante o projeto do Distrito Industrial para gerar empregos, reduzindo esta questão a dependência da capital, funcionando como cidade dormitório.
Diário – Como vê a atual administração em Candeias?
Raimundo – É uma gestão repudiada junto a população tendo em vista a falta de remédios nos posto de atendimento a população. E a greve dos professores  demonstra claramente a falta de gestão e o compromisso com a nossa educação.
Diário – Como  vê a possível emancipação do Distrito de Triunfo?
Raimundo – Sou favorável a emancipação de Triunfo, um distrito populoso e que precisa da autonomia. Já  existe um projeto neste sentido e acredito que na minha administração vou conseguir tocar adiante este sonho daquela população. No entanto, isso vai depender mais da Assembléia Legislativa e de projetos complementares no Congresso Nacional.
Diário – E a proposta do governo estadual  da construção da Rodovia Transrondônia,  aquela estrada paralela a BR 364, ligando Candeias ao sul do Estado?
Raimundo – É muito importante e,  constitui numa nova opção de desenvolvimento para nosso município. É importante porque vai desafogar a BR 364 que se transformou num perigoso corredor de ambulâncias, numa perigosa estrada de transito e transporte pesado e que tem gerado centenas de acidentes. Todo dia temos tragédias nesta rodovia.
Diário – Por último com o vê, suas chances de vitória?
 Raimundo – Estou muito otimista, são as melhores possíveis  e, aproveito  para convocar a militância para a campanha, neste projeto de mudança e de renovação e que possa trazer um novo tempo para Candeias do Jarí e dias melhores para os distritos de Triunfo, Linha 45, Vila de Samuel e linhas vicinais.