Um
loteamento denominado de Portal Novo Horizonte localizado no final
das avenidas Mamoré com a Imigrantes, Zona Leste, em Porto Velho
está tomado pelo lixo, apurou ontem a reportagem do Diário.
Moradores que residem no entorno do local aproveitam o falta da
fiscalização e estão jogando na área lixo, sofás, geladeiras e
material de expediente de escritórios.
O
descaso foi registrado ontem no setor de Código de Postura do
Município, da Secretaria Municipal de Serviços Básico (Semusb). O
órgão municipal disse que a empresa será notificada. “Por se
tratar de um loteamento, a área está dentro do município de Porto
Velo e compete ao poder público fazer a fiscalização e multar a
empresa responsável”, disse Weligton Mendes, do setor de
fiscalização da Semusb.
Ele explicou que fiscais estarão visitando a área para acompanhar a situação. “Vamos identificar quem são os proprietários e notificar a empresa.” No mês passado, a Semusb publicou edital notificando mais de 100 proprietários de imóveis que estão abandonados na cidade. A medida atende o novo código de postura do município.
Ele explicou que fiscais estarão visitando a área para acompanhar a situação. “Vamos identificar quem são os proprietários e notificar a empresa.” No mês passado, a Semusb publicou edital notificando mais de 100 proprietários de imóveis que estão abandonados na cidade. A medida atende o novo código de postura do município.
O
Diário apurou
que o loteamento pertence a empresa Urbplan (antiga Scopel) e foi
lançado em Porto Velho no dia 21 de agosto de 2011. Em contato por
telefone através do número 0800.772 - 3080, a empresa informou que
engenheiros estão no local e fazem o acompanhamento do andamento das
obras no local.
A
Urbplan informou que está em processo de negociação com as
empreiteiras responsáveis pela conclusão dos serviços de
terraplanagem, drenagem, rede de água e esgoto. A empresa informou
ainda que a previsão de conclusão das obras é no mês de junho de
2016. “Pode ser que esse prazo seja antecipado”, informou
Gabriela, do setor de atendimento. O segundo passo é entrega aos
proprietários do Termo de Verificação de Obras. “Após a entrega
desse termo, os proprietários dos lotes poderão iniciar as obras”,
informou.
Prejuízo
de R$ 80 milhões
A
reportagem apurou que a empresa Scopel passou por processo de
mudança. De acordo com matéria publicada na Revista Exame em abril
do ano passado, em 2006 o fundo de private equity Carlyle comprou 60%
da empresa por estimados 80 milhões de dólares.
Com
o dinheiro, segundo a reportagem, a empresa criada pela família
Scopel expandiu de 3.000 para 8.000 o número de terrenos vendidos
por ano. No final de 2012, a companhia identificou um prejuízo de R$
80 milhões em obras que custaram mais caro que o previsto ou que não
foram vendidas pelo preço pretendidos.
Ainda
de acordo com a revista Exame, os dois irmãos Scopel, que estavam a
frente da gestão, pediram ajuda ao Carlyle, que, por sua vez, disse
que só colocaria dinheiro se a família deixasse o comando da
operação.
No
caso do Portal Novo Horizonte, em Porto Velho, os proprietários
ameaçam entrar com uma ação na Justiça. “Fiz a compra de um
imóvel no local em 2011 e estou aguardando um posicionamento da
empresa”, disse a empresária Claudete dos Santos, que ameaça
entrar com uma denúncia no Ministério Público Estadual. Um grupo
de proprietários estuda entrar com uma ação coletiva contra a
empresa. “Eles deveriam pelo menos manter o local limpo. Como não
tem iluminação no local, a área serve de refúgio para marginais e
prática de crimes”, alertou.
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