A queda drástica da arrecadação de impostos divulgada pela Receita Federal foi o pior resultado do Governo Federal desde 2010. Os números apresentados ontem revelam o resultado do fraco desempenho da economia implantada pelo governo do PMDB e as demissões de milhares de trabalhadores no final de novembro e dezembro. O brasileiro já enfrentava no início do ano a crise econômica forte e teve que cortar alguns gastos, inclusive no pagamento de impostos.
Em Rondônia esse reflexo da economia não está tão profundo, mas foi necessário o governo do Estado e prefeituras apertaram os cintos no final do ano passado, caso contrário, muitos municípios não fechariam as contas. Apesar da crise não impactar de forma forte o Estado, o reflexo será sentido a partir do momento que o governo fizer a transferência de recursos aos cofres de Rondônia através do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Com certeza o Estado poderá receber menos dinheiro.
Muitas ações deixarão de ser implementadas a partir deste ano por conta da queda de tributos. Mas o brasileiro é otimista. Ontem, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou o relatório do Inec (Índice Nacional de Expectativa do Consumidor), cujo crescimento foi 3,5% em janeiro de 2017 na comparação com dezembro de 2016. Quando comparado com janeiro de 2016, o crescimento é de 5,3%. Mas isso não é motivo de grande comemoração. Mesmo assim, o Inec permanece 4,5% abaixo de sua média histórica.
Hoje os investidores estão de olhos bem atentos às medidas econômicas adotadas pelo novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que já emeaça elevar algumas tarifas importadas de alguns países, entre eles, o México. O Brasil sempre teve bom relacionamento comercial com os Estados Unidos. Boa parte da produção de carne segue com destino ao mercado americano e essa boa convivência é importante para o destino da economia.
Rondônia é um Estado exportador de produtos para os Estados Unidos e as medidas econômicas do governo americano refletem no mercado da soja e carne. Mas a economia não se restringe apenas ao envio de alimentos aos Estados Unidos. Existem outros relacionamentos que são importantes para alavancar a economia do Brasil no sentido do país voltar a crescer com a geração de novos postos de trabalho.
A indústria também depende do bom relacionamento comercial. A queda de impostos impacta também o setor industrial, responsável por puxar a economia brasileira. A queda da arrecadação de impostos só não foi pior graças ao programa de regulamentação de ativos do exterior, a chamada repatriação de recursos injetados nos cofres dos Estados e municípios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário