Eduardo Rodrigues (d) é o presidente da Câmara de PVH |
Dos 23 presidentes de Câmaras Municipais de capitais que disputarão a eleição de outubro, sete tiveram evolução patrimonial superior a 100% em quatro anos. Eles mais que dobraram o valor de seus bens declarados à Justiça Eleitoral em seus mandatos. Todos registraram "vereador" como ocupação em seus cadastros de candidatura.
O caso mais impressionante é o do presidente da Câmara de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Paulo Siufi (PMDB) declarou neste ano à Justiça Eleitoral bens que totalizam R$ 1,8 milhão. O valor é 192,78% superior aos R$ 620,7 mil informados em 2008.
Entre os 41 itens de sua declaração, destacam-se a posse integral e parcial de oito veículos, sete terrenos, seis imóveis residenciais e três salas comerciais. Há registros de aplicações financeiras e linhas telefônicas. O peemedebista estabeleceu o valor de R$ 1 milhão como limite de gasto na campanha.
Mas Siufi não é o presidente de Câmara que agregou maior valor ao seu patrimônio entre 2008 e 2012. O peemedebista ficou em terceiro lugar neste ranking. O primeiro posto é do chefe do legislativo municipal de Porto Alegre, vereador Mauro Zacher (PDT). Há quatro anos, declarou bens no valor de R$ 81,6 mil. Limitava-se a um carro, recursos em conta corrente e cotas de capital de uma empresa. A compra financiada de um apartamento em 2009 somou R$ 200 mil ao total. Os bens registrados somam R$ 92 mil - algo 257,76% superior a 2008.
Com 209,84%, o vereador Antonio Isaias Pereira Filho (PSL), o Pereirinha, chefe do legislativo municipal de São Luis do Maranhão, teve a segunda maior evolução patrimonial. Sua atual declaração soma R$ 709,5 mil. Constam quatro imóveis residenciais entre R$ 24 mil e R$ 85 mil e quatro veículos. Ele estabeleceu R$ 1 milhão como limite de gasto de campanha.
As dinâmicas dos valores dos bens dos vereadores Edivan Martins (PV), que preside a Câmara de Natal, e Jaime Tonello (PSD), de Florianópolis, foram similares. Desde 2008, Martins passou de R$ 280,7 mil para R$ 708,1 mil - alta de 152,2%. Tonello foi de R$ 285,7 mil para R$ 682 mil - evolução de 138,65%.
Jorge Felippe (PMDB), presidente da Câmara do Rio de Janeiro, e Jurandir Liberal (PT), de Recife, completam a lista. Felippe tinha R$ 169 mil em 2008 e passou para R$ 387,2 mil - aumento de 129,15%. Liberal foi de R$ 353,5 mil para R$ 746, 3 - avanço de 111,14%.
O vereador paulista José Police Neto (PSD), o Netinho, aumentou em 57,44% seu patrimônio desde 2008. A atualização dos valores das frações de três imóveis e um terreno fez sua declaração sair de R$ 266,7 mil para R$ 420 mil.
Perda de patrimônio. Três vereadores que presidem câmaras municipais nas capitais estaduais registraram perdas nos valores de suas declarações de bens. Raimundo Castro (PTB), que concorrerá a vice-prefeitura de Belém do Pará, informou ter R$ 765 mil há quatro anos e passou para R$ 585,6 mil este ano - redução de 23,45%.
Eduardo Rodrigues (PV), da Câmara de Porto Velho, em Rondônia, declarou ter R$ 53 mil em 2008 e R$ 40,1 mil este ano, com diminuição de 24,27%. E Juracy Nogueira, do legislativo de Rio Branco, no Acre, foi de R$ 75 mil para R$ 48 mil - queda de 36%.
Fonte: O Estado de São Paulo
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