Com a impugnação da candidatura de Jáderson Silva, o PSTU resolveu indicar o nome do professor e tenente, Waltério Carlos Araujo Rocha, para disputar o Palácio Tancredo Neves, sede do governo municipal de Porto Velho. O representante do PSTU tem 44 anos, é casado, pai de duas filhas, nasceu em Salgueiro (PE) e reside na Capital rondoniense desde 1990, onde pretende permanecer “para sempre”.
Pernambucano, migrante, ele desembarcou em Rondônia no início dos anos 90, época em que o governo local recrutava pessoal em outros Estados. Waltério entrou nesta leva de recrutados através de uma seleção para policiais militares, feita em Serra Talhada (PE), conhecida como Terra do Cangaço, de Lampião e Maria Bonita. “Foi uma viagem dolorosa, de ônibus. Passei cinco dias na estrada para chegar aqui. Sofri um bocado, mas compensou”, assegura.
Com propostas já definidas em seu plano de governo, o substituto de Jáderson Silva pretende dar ênfase principalmente à educação, saúde, segurança pública, esferas que considera primordiais. Pretende a valorização do funcionalismo com salários dignos e equacionar os gargalos do trânsito e de transportes coletivos. Confira seu depoimento.
Diário da Amazônia – Como foi definido seu nome para substituir Jáderson Silva?
Waltério Rocha – Era vice na chapa dele e tinha alguns fatores favoráveis, como ser ficha limpa. Então os convencionais me delegaram a honra de ser o candidato a prefeito. Existiam outras opções, nomes de candidatos a vereadores, mas houve consenso sobre o nosso nome. Meu vice será o jornalista Márcio Martins, que é militante do partido há muito tempo.
Diário da Amazônia – Como está sua situação perante o TRE? Sua candidatura já está homologada?
Waltério Rocha - Já está tudo em ordem. Foi apenas uma questão de substituição, porque anteriormente como candidato a vice meu nome já tinha sido homologado. Tanto é verdade que já gravei e estou entrando no horário do TRE.
Diário da Amazônia – Sendo eleito, o que a população de Porto Velho pode esperar da sua gestão?
Waltério Rocha – Pode esperar muito trabalho, empenho, combate à corrupção e valorização do servidor municipal que está realmente necessitando de mais apoio, inclusive com educação continuada, melhorias na qualificação. Vamos investir pesado em saneamento, no tratamento de esgoto, quebrar o monopólio dos coletivos e efetivar a acessibilidade nos ônibus calçadas e logradouros públicos.
Diário da Amazônia – O Sr. é poeta, enxadrista, professor, policial militar e veio da terra de Lampião, como explicar uma personalidade tão complexa, como Jáderson, que era capelão militar e bispo anglicano?
Waltério Rocha – Acredito que sou uma pessoa que gosta do que é correto, respeito as pessoas, no entanto, se elas não me respeitarem, então devo agir de acordo com as normas legais. Mas gosto mesmo é de ser uma liderança comunitária, para servir à população de forma em geral. Queremos uma Porto Velho mais humana e feliz.
Diário da Amazônia – O Sr. prevê alguma inovação em sua futura gestão?
Waltério Rocha – Pretendemos implementar o Veículo Leve Sobre Trilhos, o VLT. Isto para dar mais mobilidade ao trânsito, para buscar alternativas quanto aos gargalos do transporte coletivo na Capital. Pretendemos também ampliar o numero de ciclovias visando estimular mais o uso de bicicletas. Ajuda o meio ambiente e melhora a mobilidade na cidade, além de linhas exclusivas para ônibus com abrigos decentes.
Diário da Amazônia – Sua opinião sobre as primeiras pesquisas eleitorais, inclusive a do Ibope?
Waltério Rocha – A campanha está começando para valer agora e com o horário gratuito deve definir melhor a situação. As pesquisas apresentam apenas um quadro de momento, meu nome ainda nem foi colocado nas rodadas. Minha expectativa é de crescimento. Temos propostas positivas e, com certeza, vamos crescer ao longo da campanha.
Fonte: Diário da Amazônia
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