Tácito, Fátima e Miguel de Sousa |
Para Tácito Pereira, é fundamental para Porto Velho que sejam discutidos projetos, não as discussões pessoais, o debate em cima de buraco de ruas, ou da falta de asfaltamento de uma rua e, sim, na perspectiva de crescimento e desenvolvimento. Porto Velho, segundo ele, está no estágio em que dificilmente vai regredir, mas seu futuro vai depender de quem assumirá a prefeitura para que não haja paralisia. ”Estamos no centro estratégico da América do Sul e por aqui temos importantes ligações com os outros países. “É preciso que o prefeito que assuma continue com esta visão estratégica desenvolvimentista do município. Espero que o centro de debates seja o município de Poro Velho”.
Ele vê também a continuidade do PT à frente da prefeitura por mais uma gestão. “Sei das qualidades de nossos adversários, da força deles, mas sei também que o PT, através do prefeito Roberto Sobrinho, depois de quase oito anos, deu uma grande contribuição ao município, um salto de qualidade. Acredito que com a Fátima este salto de crescimento terá continuidade”. Confira seu depoimento.
Diário – As primeiras pesquisas revelam alta taxa de rejeição da candidata do PT. Como reverter a situação?
Tácito – Nós fizemos uma pesquisa interna e partir deste levantamento estamos corrigindo os rumos. Acreditamos que no horário eleitoral gratuito de rádio e televisão, que começa dia 21, poderemos desmistificar a imagem de nossa candidata. Acho que a visão que as pessoas têm da candidata do PT pode ser distorcida no dia a dia. Aquela correria, falta de contato. Durante a campanha ela vai demonstrar que ela tem qualidade e competência.
Diário – Lula e Dilma virão a Porto Velho na campanha de Fátima Cleide?
Tácito – O ex-presidente Lula já gravou com a nossa candidata e participa de nossa campanha. Quanto a sua presença em Porto Velho vai depender da sua saúde. Já com relação à presidente Dilma, ainda não está nada definido. A única coligação que poderá usar sua imagem é a do PT, já que ela é filiada ao nosso partido. Temos três grandes cabos eleitorais, já que além desses dois, temos o prefeito Roberto Sobrinho.
Diário – Depois daquele racha que houve no PT, o prefeito Roberto Sobrinho entra para valer na campanha de Fátima?
Tácito – Ele está entrando de três formas. Com sua imagem de realizador de obras, no horário eleitoral gratuito, que ele pedirá votos, e em terceiro, nas atividades de mobilização da campanha. Evidentemente, ele entra na campanha, mas vai respeitar os horários, porque ele ocupa cargo público.
Diário – o Sr. acredita que realmente os políticos de Porto Velho vão romper a tradição de campanha rasteira, de muita baixaria nesta temporada?
Tácito – É um desejo nosso e da campanha do PT. Mas como os nossos adversários vão se comportar é uma incógnita. Não atacaremos a honra de ninguém, teremos responsabilidades. Esperamos o mesmo comportamento dos adversários, que todos honrem o compromisso com ética na política. Na campanha de 2006, quando Fátima Cleide foi candidata ao governo, houve farta distribuição de CDs de uma pregação de um pastor contra por causa da relatoria do projeto da homofobia. Espero que isto não se repita.
Diário –Um equívoco comum na política local é a mistura de água e óleo, ou seja, de grupos antagônicos no mesmo palanque, resultando em rachaduras por causa das nossas rivalidades tribais…
Tácito – Acho que no que nos compete o PR só tem a agregar. Desde a campanha de 2002, com José Alencar. No início aquilo foi estranho, mas a composição foi vitoriosa. Em Porto Velho não será diferente, Miguel de Souza complementa a campanha de Fátima Cleide. São duas visões importantes. A mistura de água e óleo, pelo menos em nosso caso, agrega muito.
Diário – A oposição fala que a aliança PT/PR coloca no mesmo palanque a rainha da transposição com o vice-governador dos demitidos. Como o Sr. vê isto?
Tácito – Primeiro que a Fátima enquanto parlamentar cumpriu seu mandato voltado à transposição. Apresentou o projeto e negociou sua aprovação, fez o papel dela, inclusive junto ao Executivo. Ela não foi reeleita, então cabe à atual bancada federal cumprir com seu papel, de implantar a transposição. Não tem como imputar a ela esta responsabilidade, porque ela não tem mandato. Acredito muito que sendo eleita prefeita ela irá à presidente Dilma interceder sobre este assunto. Com relação aos demitidos, Miguel de Souza era o vice-governador na época. Não foi ele que assinou o ato. Quem assinou foi o governador Bianco, atual prefeito de Ji-Paraná. Não tem responsabilidade sobre o ato, inclusive discordou na época da atitude do governador e deixou sua posição bem marcada na época.
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