6 de maio de 2013

Candidatura de Expedito Júnior depende do TSE



Reconduzido ao cargo de presidente regional do PSDB de Rondônia, no último domingo, em festa que reuniu a militância tucana em Porto Velho, o ex-senador, Expedito Júnior, não descartou a possibilidade de disputar as próximas eleições. Mas seu projeto político está nas mãos da Justiça Eleitoral. “Ao mesmo tempo que tenho certeza que sou candidato, tenho também a incerteza de não ser candidato por conta do TSE”, disse o tucano durante entrevista ao programa “Mais Rondônia”, na Rádio Globo AM de Porto Velho.
Nas eleições passadas, Expedito Júnior disputou o governo de Rondônia. Ele foi barrado pela Lei da Ficha Limpa e teve sua candidatura indeferida pela Justiça. O tucano foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RO) por abuso de poder econômico nas eleições de 2006. Concorrendo ao cargo por meio de recurso, ele disputou o governo e fez mais de 100 mil votos. “Dependo da interpretação do TSE. Muitos candidatos foram barrados nas eleições de 2010 e depois a Justiça entendeu que a Lei da Ficha Limpa passaria a valer para as eleições de 2014, efetivando depois os candidatos eleitos. Uma coisa é certa: com liminar não saio candidato”, afirmou.

Durante a convenção regional do PSDB, Expedito anunciou o retorno do ex-prefeito José Guedes (ex-PMDB) ao ninho tucano. Por outro lado, a agenda trabalha uma forte nominata de candidatos à Câmara Federal e Assembleia Legislativa. “O PSDB sempre elegeu dois deputados federais e hoje precisa voltar a ocupar esse espaço. Para isso, estamos buscando aliança com outros partidos, inclusive com o PMDB”.

Para Expedito Júnior, o PMDB sozinho não vai a lugar nenhuma. “Tem que buscar um arco de aliança forte. Há uma preocupação do PMDB. Muitos dizem que uma vaga é da deputada federal Marinha Raupp. Mas não é assim. É importante ter na coligação alguém que puxe votos. Na eleição passada, por causa de 16 mil votos, deixamos de eleger um deputado federal”, explicou.

Tucanos “pavimentam” alianças no Estado

Em Rondônia, o PSDB está estruturado nos 52 municípios e iniciou entendimentos com outros partidos. A única objeção no Estado, segundo o presidente, é o Partido Progressista (PP), presidido pelo senador Ivo Cassol. “Não conversamos com o PP. Essa discussão não passa pelo PSDB. O PP pode entrar junto, desde que não esteja pilotando candidatura”.

O PSDB começou a pavimentar a candidatura de Aécio Neves, e já busca alianças no Estado com o PSB, do prefeito Mauro Nazif. Existe a possibilidade de a legenda traçar entendimento com o PPS, do ex-governador, João Cahulla. “Não podemos esconder a candidatura de Eduardo Campos (governador de Pernambuco) à Presidência. É um forte nome. Dentro do nosso partido não existe acordo com PT e PMDB porque já está amarrada no âmbito nacional a aliança partidária para 2014”, explicou. “Vamos tentar pavimentar uma estrada, mas tudo depende da Executiva Nacional”.

Expedito Júnior lembrou que foi um dos fundadores do PR (ex-PL). “Muitas vezes as alianças seladas no âmbito nacional não influenciavam nas decisões locais. Já no PSDB a situação é bem diferente e não faz a mesma coisa. Os tucanos contribuíram muito, lá atrás, e me orgulho muito em presidir este partido”, garantiu. (MF)

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