A empresa vai lançar na semana que vem um edital para a licitação da compra de cinco caminhões – no valor de R$ 1 milhão – e está previsto outro edital para a compra de material de manutenção. Martins espera que até o final do ano o trabalho de reativação esteja concluído. Até lá, a população terá que se conformar com a escuridão. Por enquanto, a Emdur está fazendo apenas serviços emergenciais em áreas próximas a escolas e outros pontos, mas o serviço é limitado, porque a empresa não dispõe nem mesmo de lâmpadas para reposição.
Roubo de fios dificulta trabalhos da EMDUR
A
contratação de 20 eletricistas para a Emdur é para o prazo de um
ano, sendo que a empresa vai abrir concurso público ainda este ano
para efetivar eletricistas e outros profissionais necessários para o
quadro. Atualmente, apenas um engenheiro eletricista – o presidente
Gerardo Martins – atua na empresa. O concurso está previsto para
julho ou agosto próximo.
A
Emdur conta com recursos da Cosip (Contribuição de Serviço de
Iluminação Pública), que é pago pela população, para manter a
cidade iluminada. Durante a gestão anterior da empresa, a manutenção
dos pontos de luz era terceirizado e a partir de agora será feito
pela própria empresa. A mudança, explica Gerardo Martins, é para
fazer um divisor sobre a forma de administrar os recursos da empresa,
“de forma 100% transparente”, para fugir do estigma criado pelos
desvios de recursos constatados pelo Ministério Público e Tribunal
de Contas. As fraudes feitas na empresa, investigadas durante a
operação Luminus, resultou na prisão do ex-prefeito Roberto
Sobrinho e do ex-presidente da Emdur, Mário Sérgio Teixeira.
EMDUR
convoca emergencial
Os
interessados a uma das 20 vagas de eletricistas oferecidas pela Emdur
podem fazer suas inscrições até o dia 23 de maio. Os candidatos
devem ter no mínimo 18 anos, ensino médio completo, curso de
técnico em eletricidade e estar em dia com as obrigações
eleitorais e militares, no caso dos homens. A contratação é por um
ano e a remuneração é R$ 2.093,93. A jornada de trabalho é de 44
horas. As inscrições são realizadas na Emdur, Av. Brasília, 1576,
bairro Santa Bárbara, das 8h às 14h. A ficha de inscrição está
disponível no site www.emdurpvh.com.br ou na recepção da Emdur. A
prova será feita em 9 de junho e a contratação é imediata.
De
acordo com Gerardo Martins, a Emdur gastava até o ano passado cerca
de R$ 2 milhões/ano com a terceirização dos serviços de
manutenção dos pontos de iluminação da Capital, sendo que a
empresa fornecia o material de reposição. Com a contratação de
eletricistas e a compra de equipamentos, ele afirma que a empresa
poderá manter a rede de iluminação e ao mesmo tempo adquirir os
equipamentos, que farão parte do patrimônio da empresa.
Investigação
Há
menos de cinco meses no comando da Emdur, Gerardo Martins ainda está
arrumando a casa. O Tribunal de Contas do Estado proibiu a
movimentação de qualquer recurso dentro da empresa nos dois
primeiros meses do ano. Até mesmo o salário dos funcionários
ficaram retidos e só foram liberados no dia 22 de março. E as
investigações continuam no órgão, com solicitações contínuas
de documentos pela Polícia Federal, Ministério Público Estadual e
Tribunal de Contas. Cerca de 100 processos estão em investigação e
10 processos ainda não foram localizados, segundo o presidente.
Roubo
de fios
Além
dos problemas provocados pelo desvios de recursos da gestão passada,
os roubos constantes de cabos da rede de iluminação também
aumentam a escuridão das ruas de Porto Velho. É o caso da avenida
Migrantes, na zona Norte, que está totalmente às escuras, porque os
fios foram levados pelos ladrões. Os cabos são feitos de cobre,
produto que pode ser vendido com facilidade na cidade. Gerardo
Martins informa que 21 de 23 refletores que estavam instalados na
avenida Jorge Teixeira, para iluminar a decoração natalina, foram
levados pelos ladrões em uma única noite.
Bloquetes
A
Emdur deverá adquirir ainda este ano uma fábrica de bloquetes,
manilhas e outros produtos que serão vendidos para a própria
prefeitura. A fabricação será feita por reeducandos do sistema
prisional de Porto Velho, por meio de um convênio que já está
sendo costurado com a Secretaria Estadual de Justiça (Sejus). A
fábrica vai custar R$ 390 mil e será instalada dentro da Colônia
Penal Ênio Pinheiro ou em um terreno próximo ao mesmo presídio. (Ana Aranda)
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