21 de maio de 2013

PF prende delegado de policia, advogado, ex-prefeito e vereador de Guajará-Mirim


Donize Tombani explica o resultado da operação em Guajará
Em mais duas operações deflagradas pela Polícia Federal em Rondônia, denominadas 8666
e Pau Brasil, ambas coordenadas pela Delegacia de Guajará-Mirim, visando o combate de desvio de recursos públicos por meio de fraudes em licitações, foram presas ontem várias autoridades, entre elas o ex-prefeito, Atalíbio José Pegorini; o ex-chefe de gabinete da prefeitura, Décio Keher; o ex-presidente da Câmara Municipal e atual vereador, Célio Targino; ex-secretário de Educação, Miguel Edson Hurtado, além de advogados, engenheiros, arquitetos, ex-controlador da prefeitura e empresários da Pérola do Mamoré, bem como, dois policiais civis e um delegado de Porto Velho.
Entre os principais delitos atribuídos aos investigados estão os crimes de formação de quadrilha ou bando, art. 288 do Código Penal (CP), falsidade ideológica (art. 299 do CP), peculato (art. 312 do CP), corrupção ativa (art. 317 do CP), corrupção passiva (art. 317 do CP), advocacia administrativa (art. 321 do CP) e fraudes em licitações (arts. 92, 93 e 96 da Lei 8.666/93). Os valores, segundo o superintendente da PF, Donizetti Tambani, são estimados em R$ 2 milhões.
Denúncias encaminhadas por um ex-vereador de Guajará-Mirim à PF, que iniciou as investigações em meados do ano passado, apontam que um grupo de empresários, em conluio com políticos, alguns servidores e ex-servidores da prefeitura de Guajará-Mirim, vinha fraudando licitações, especialmente as destinadas à reforma do Posto de Saúde Carlos Chagas e da Creche Municipal na avenida Antônio Luiz de Macedo, bairro Fátima, financiada com recursos do Programa Nacional de Reestruturação e Aparelhagem da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância) do governo Federal. (REDAÇÃO e AI)
Fraude do incra no assentamento pau brasil
Com a Operação Pau-Brasil, a Polícia Federal, em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU), descobriu que alguns dos empresários envolvidos na Operação 8666 vinham também fraudando licitações realizadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a exemplo das obras do Assentamento Pau-Brasil, no município de Nova Mamoré, com envolvimento de cinco funcionários públicos federais.
Pelo menos 19 mandados de prisão foram cumpridos ontem em Guajará-Mirim e em Porto Velho, além de 25 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela Justiça Federal em Guajará-Mirim. Da ação participaram pelo menos 120 policiais federais de Rondônia, Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal; e 13 servidores da CGU de vários Estados.

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