P ela primeira vez, o Operador do Sistema Nacional do Sistema Elétrico (ONS), divulgou uma nota bem técnica - só faltou o manual de explicação - sobre os últimos apagões ocorridos em Rondônia e Acre em um período de 40 dias. Os dois Estados são atendidos por meio de um sistema de transmissão em 203 kV e existe previsão de investimentos na melhoria do sistema.
Ocorre que esses investimentos devem ser consolidados somente no mês de dezembro. Até lá, não se sabe se Rondônia e Acre vão continuar enfrentando a sequência de apagões, principalmente nos finais de semana, quando o consumo de energia geralmente aumenta em decorrência da onda de calor. Quanto mais elevada a temperatura no Estado, maior é o consumo de energia.
Outra preocupação, que consta na nota assinada pelo ONS às redações dos jornais, é o fato da falta de água no reservatório da usina de Samuel, localizada no município de Candeias do Jamari (Usina Samuel Rondônia). Para piorar, ainda mais a situação da população rondoniense e acriana, a UTE Termonorte II, que está instalada em Porto Velho, enfrenta uma redução na produção energética devido a problemas ao fornecimento de combustível. O que seria esses problemas?
Os apagões têm tirado o sono da população e se tornaram frequentes nos dois Estados. Os investimentos para sanar o problema existem. No último dia 26, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou o leilão para construção de uma nova linha de transmissão em Rondônia, com capacidade para receber a 150 MVA. Esse empreendimento, assim como outros em curso no Estado, vão permitir reforçar o sistema de transmissão e amenizar os apagões. É possível que as obras tenham início ainda este ano. A empresa vencedora do lote H foi a Isolux, conceituada na construção de linhas de transmissão em vários Estados.
Talvez a saída emergencial, nesse primeiro momento, é reforçar o que já existe na demanda energética do Estado. No caso, o aumento de carga na Termonorte II. Seria uma forma paliativa de solucionar o problema em curto espaço de tempo. Investir em linhões custa caro e não acontece da noite para o dia.
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