As eleições municipais acontecem somente no próximo ano, mas uma forte campanha já está contagiando os partidos de oposição no Congresso Nacional. Consideradas como siglas de oposição, partidos como DEM, PSDB e Solidariedade, e da base aliada (PP) lançaram ontem campanha contra a elevação da carga tributária no País. A campanha é denominada: Basta de Imposto. Não à CPMF.
No mesmo ritmo contagiante dos manifestos, as federações das indústrias nos Estados terão uma reunião hoje na Confederação Nacional da Indústria (CNI) para tratar dos cortes no orçamento. Brasília, ao que parece, vai se transformar nas próximas semanas, na capital central das manifestações.
Uma onda de manifestações deve tomar conta das principais ruas da cidade. Em tempos de vacas magras, é natural a reação imediata de setores que fazem parte da cadeia produtiva do Brasil. Está claro que a população dirá nas ruas que o Brasil não aguenta mais pagar um número grande de impostos.
Mas a ira maior dos representantes políticos, está de fato em cima da CPMF, o chamado imposto do cheque. Acontece que o uso do cheque caiu nos últimos anos e perdeu concorrência para o cartão de crédito. Embora a equipe do governo aposte que o retorno do imposto vai ajudar a cobrir o rombo no orçamento da União, analistas econômicos acreditam que a medida poderá ser um tiro no próprio pé.
Segundo o Planalto, a redução das despesas somada ao conjunto de medidas para aumentar receitas englobarão R$ 64,9 bilhões e, neste bolo, estaria a ideia de cobrança da nova CPMF. Obras que deveriam ocorrer em Rondônia também foram inviabilizadas justamente por falta de recursos.
O abacaxi, agora, tem que ser descascado pela Câmara dos Deputados e depois pelo Senado. A única certeza, é que o Brasil nesse momento precisa elevar suas receitas, caso contrário, se tornará cada mais difícil governar sem uma previsão orçamentária positiva.
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