26 de abril de 2016

Não há vagas

Desempregados dormem na entrada do Sine Estadual. (RC)
O tumulto ocorrido nas primeiras horas de ontem na sede do Sine Estadual na busca por uma vaga de emprego, em Porto Velho, é um forte reflexo da principal realidade que o Brasil enfrenta nos últimos anos. É possível que esse cenário de competição na luta pelo ingresso no mercado de trabalho deverá permanecer por alguns dias. É um reflexo também do atual modelo político e desvio de recursos na Petrobras. 
Os números apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) revelam que existem 10,4 milhões de pessoas desocupadas, um crescimento de 13,8% (mais 1,3 milhão pessoas) em relação ao trimestre de setembro a novembro de 2015 e subiu 40,1% (mais 3,0 milhões de pessoas) no confronto com igual trimestre de 2015.
Conforme mostrou a reportagem do Diário, no mês passado, com base em informações colhidas no Cadastro Geral de Desempregado (Caged), sobre a população desempregada em Rondônia, foram contratados 2.807 pessoas, contra 3.401 demissões, um saldo negativo de 594. 
Sem dúvida, a construção das usinas do rio Madeira, em Porto Velho, abriu mais de 20 mil postos de trabalho em Rondônia e ajudou a aquecer a economia rondoniense. Ocorre que o Estado e os municípios, não se programaram o suficiente para suprir essa demanda. Se em Porto Velho a situação está complicada, pior se encontra Jaci-Paraná, distrito da capital de Rondônia. A população daquela localidade sofreu forte impacto com a construção da usina de Jirau. A região não estava preparada para receber um grande volume de trabalhadores. 
Situação bem parecida está no município de São Bernardo do Campo (SP). Várias fábricas de automóveis decidiram conceder férias forçadas aos trabalhadores por conta do momento econômico que se encontra o Brasil. Outros funcionários foram incentivados com plano de demissão voluntária. Acontece que muitos não optaram e, mesmo assim, foram demitidos. 
O Brasil, sem dúvida, passará por momentos turbulentos nos próximos dias. Enquanto o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) não for concluído no Senado Federal, o Brasil vai seguir paralisado. Não há como, nesse momento de crise política e econômica, colocar algum modelo de programa governamental em prática se existe uma imensa instabilidade na economia. Os ministérios estão praticamente anestesiados. 

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