19 de abril de 2016

O cancelamento de voos para a Região Norte

A decisão de várias companhias aéreas de reduzir de forma drástica o número de voos para a Região Norte, além de afetar os estados de Rondônia e Acre, como bem mostrou reportagem publicada recentemente pelo Diário da Amazônia, também começa a afetar outros Estados. A comissão externa responsável por acompanhar e fiscalizar o cancelamento de voos para a Região Norte vai realizar audiência pública hoje na Câmara Federal para debater o tema novamente.
Vários voos foram cancelados e as companhias aéreas alegam prejuízos econômicos por falta de passageiros. A bancada federal de Rondônia já esteve mobilizada tratando do assunto. O transtorno causado pela falta de opções de voos na região tem obrigado passageiros a fazer escalas em Brasília, por exemplo, quando se deslocam de Boa Vista para Manaus.
A mesma dificuldade é enfrentada por quem tem que se deslocar até Belém, Macapá, Porto Velho, Rio Branco ou para capitais da Região Nordeste. As companhias alegam falta de passageiros para manter voos diretos para Manaus. Manaus e Belém sempre foram referências para Roraima.
Hoje, para o cidadão resolver qualquer problema em Manaus, que é a capital mais próxima de Boa Vista, precisa ir a Brasília. Não há como se deslocar de Manaus até Boa Vista de carro porque não existem estradas. A mesma situação se repete entre Manaus e Porto Velho. Hoje a BR-319, única estrada federal de acesso a capital amazonense, está em péssimas condições de trafegabilidade e deve ser restaurada somente quando reduzir o volume de chuva na região. A estrada é a única forma de compensar a falta de voos de Porto Velho até o Manaus.
Porto Velho perdeu vários voos e os preços das passagens aéreas praticamente dobraram. Um voo de Porto Velho a Brasília chega a custar algo em torno de R$ 3 mil. Um absurdo. Dessa forma, fica cada vez mais difícil atrair investidores. Se a situação é dificil entre as capitais, pior está no interior desses municípios da região Norte que sofrem com a falta de estradas. Quem poderá nos socorrer? O juiz Sérgio Moro?

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