Com o nível do rio Madeira acima dos 13,5 metros, o município de Porto Velho caminha a passos largos para um começo de ano bem difícil. Alguns problemas são ocasionados em função da forte chuva em território boliviano e peruano e que atinge rios da Amazônia. A defesa civil municipal já trabalha um plano de ação para socorrer famílias que estão em área de risco e o Corpo de Bombeiros realiza hoje sobrevôo em áreas da região.
Ontem, trecho da BR-364, rodovia federal que liga Porto Velho a Rio Branco, foi danificado em função da força da água do rio Madeira. Na enchente do ano de 2014, parte da rodovia federal ficou coberta durante mais de 30 dias e o Estado do Acre ficou isolado. Mais de 3 mil famílias foram prejudicadas com a enchente e o ex-prefeito Mauro Nazif (PSB) enfrentou dias de tormenta.
Além da possibilidade de uma nova enchente, existem outros fatores que vão necessitar uma atenção maior da administração municipal. Os casos de Dengue e Chikungunya dispararam e, conforme relatório do Ministério da Saúde, Porto Velho registrou um crescimento de mais de 700%. Talvez seja necessário começar com urgência uma campanha publicitária de conscientização alertando a população sobre os risco e o que pode ser feito para amenizar a demanda de casos.
Outro grave problema é o acesso às estradas vicinais e assentamentos que ainda dependem de indenizações por parte das empresas responsáveis pela construção das usinas do Madeira. Todo o problema vai respingar no município e talvez o setor de infraestrutura não esteja preparado para um plano de ação de emergência. Há necessidade do Estado entrar junto na luta contra a Dengue e no trabalho emergencial em favor das famílias que estão enfrentando problemas de locomoção em áreas de difícil acesso.
A empresa que presta o serviço de coleta de lixo enfrenta dificuldade para entrar em bairros periféricos. Dois caminhões da empresa ficaram atolados na zona Sul da cidade e a empresa teve que contar com auxílio de um trator para retirar os veículos da lama.
A previsão do Centro Regional do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), em Porto Velho, é de muita chuva nos próximos dias, dificultando o plano de ação do município. Em território boliviano a situação não é diferente. Se o clima não melhorar na próxima semana, não haverá Rei Momo este ano em Porto Velho.
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