Na semana em que o Ministério do Trabalho ficou sem ministro, por conta da pendência com a futura ministra Cristiane Brasil, os trabalhadores receberam uma notícia importante. os trabalhadores demitidos há até cinco meses e que ganhavam mais de um salário mínimo receberão mais dinheiro do seguro-desemprego. O valor do benefício superior ao mínimo foi reajustado em 2,07%, equivalente à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano passado.
Com o aumento, o teto mensal do benefício subirá de R$ 1.643,72 para R$ 1.677,74, diferença de R$ 34,02. O piso do seguro-desemprego equivale a um salário mínimo, que passou de R$ 937 para R$ 954 em 1º de janeiro, alta de 1,81%.
Até aí tudo bem. Mas o que o Brasil está necessitando no momento não é de aumento do seguro-desemprego. Pelo contrário, os empresários trabalham no sentido de manter o trabalhador por mais tempo nas empresas e evitar rotatividade. Entendem que essa rotativa traz sérios prejuízos para indústria.
O problema maior é o peso da carga tributária. Muitas empresas não conseguem sobreviver por muito tempo e, no começo do ano, sofrem para colocar em dia as obrigações trabalhistas, previdenciárias, além da renovação de taxas, IPTU e outras autoridades de funcionamento. Nunca na história do Brasil o empresário pagou tanto impostos.
O pequeno empresário quer gerar emprego e faz tudo para não demitir. Se o atual governo tem grande interesse em superar a crise, não será aumentando o seguro-desemprego. Precisa dar mais apoio aos pequenos e grandes empresários que geram empregos e renda, mas que muitas das vezes são impedidos de gerar novos postos de trabalho por conta do aumento dos impostos e contribuições previdenciárias.
O trabalhador não quer seguro-desemprego. O trabalhador quer um emprego digno para sustentar sua família e conviver em sociedade. Ter direito de pagar por uma boa alimentação e pagar os estudos dos filhos. Afinal de contas, pensar em uma boa eduação aos filhos é planejar o futuro.
Em determinadas cidades de Rondônia, o produtor rural não quer saber de bolsa-família e outros tipos de benefícios. O trabalhador rural não quer também aumento de seguro-desemprego. O trabalhador da roça é um cidadão simples. Quer ganhar dinheiro de forma digna para oferecer o melhor para sua família e continuar produzindo alimento para o desenvolvimento do Brasil e outros países. Talvez seja a hora do governo reaver a questão do seguro-desemprego.
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