31 de março de 2014

Rondônia fora dos trilhos

O projeto de construção da ferrovia ligando Porto Velho a Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, descarrilou. O assunto foi destaque na edição do último domingo do jornal “Folha de São Paulo” e trouxe os bastidores de uma disputa interna entre empresas gigantes da soja e construtoras.

O assunto foi tema de uma reunião da Comissão de Infraestrutura da Câmara e Senado Federal, realizada ano passado hotel Aquárius, em Porto Velho. A comissão esteve na Capital e apontou o crescimento do volume de carretas que transitam pela BR-364 com destino ao Porto Graneleiro, em Porto Velho.
A construção da BR-163, ligando Mato Grosso ao Pará, parece ter sepultado a pretensão da Câmara Federal de colocar Rondônia nos trilhos. A obra está em plena fase de execução e as construtoras responsáveis pretendem duplicar trechos da rodovia. Essa estrada é vista como principal via alternativa no escoamento da produção de soja do Mato Grosso.

Atualmente parte da produção de soja segue com destino ao Porto de Santos, em São Paulo. Outra parte tem como rota o Porto de Porto Velho.

Segundo a reportagem da Folha, empresas que atuam no ramo da soja (Amaggi, Bunge, CargillI e Dreyfus) pediram autorização ao Ministério dos Transportes para executarem um estudo da construção de uma ferrovia no mesmo trecho.

Até o momento, o governo federal só tem aprovado no Tribunal de Contas da União (TCU), um trecho que liga o Mato Grosso a Goiás, para concessão. Os demais trechos apresentados não tem estudos em andamento e essa justificativa ficou bem clara na reunião do ano passado.

A construção da ferrovia ligando Lucas do Rio Verde, passando por Vilhena, Ji-Paraná e chegando em Porto Velho, proporcionaria um grande avanço na economia de Rondônia. Hoje, parte da soja que vem do Mato Grosso segue pela BR-364 com destino ao Porto Graneleiro. De lá, o produto segue até Itacoatiara (AM) e depois com destino ao mercado Europeu. A ferrovia ajudaria a reduzir o intenso tráfego de caminhões na BR-364, evitando mortes e acidentes, além de impulsionar a geração de empregos. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário