Frigorífico da Friboi em Rolim. Fábio Souza (Diário) |
Não há dúvida que a economia do município de Chupinguaia será profundamente impactada com menos postos de trabalho na cidade. A demissão em massa desses trabalhadores representa menos dinheiro circulando no comércio. O município automaticamente deixará de arrecadar mais impostos sobre circulação de mercadoria e não terá nesses postos de trabalhos disponíveis para reaproveitar essa mão de obra
Recentemente, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) fez um balanço sobre as perdas financeiras dos municípios após governo federal adotar uma série de políticas de desonerações de impostos. Os números mostram que o município de Chupinguaia deixou de arrecadar, no ano passado, R$ 1.476.511,79. Sem o frigorífico, Rondônia também passa a arrecadar menos impostos sobre a circulação de mercadorias.
No último dia 15, a assessoria do grupo JBS, em São Paulo, anunciou a demissão de 360 funcionários na unidade de Rolim de Moura, na Zona da Mata de Rondônia. A empresa anunciou que a suspensão é temporária, porque há escassez de matéria-prima na região, informação essa contestada pela Idaron (Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia.
A unidade de Chupinguaia é a terceira a ser fechada em menos de dois meses. No mês de junho, a JBS emitiu comunicado sobre o fechamento do frigorífico em Ariquemes, dispensando 267 pessoas. Frigoríficos da empresa, instalados nos municípios de Mato Grosso, também deram férias coletivas e fizeram demissões.
Rondônia possui uma pecuária forte e o rebanho bovino já passa de 13 milhões de cabeçadas, segundo informou o Idaron essa semana. Recentemente o Estado recebeu comunicado oficial do governo dos Estados Unidos autorizando a exportação de carne in natura ao país. Portanto, não se justifica a demissão em massa de trabalhadores nessas unidades. Algo de errado está acontecendo e precisa ser averiguado com urgência.
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