Um grave acidente ocorrido
na última segunda-feira, dia 27, às 11h45, no cruzamento da avenida
Pinheiro Machado com a Salgado Filho, em Porto Velho, acabou
congestionando a via durante várias horas e elevando o estresse de
motoristas que se deslocavam do centro da cidade para os bairros da
zona e Sul e Leste. A batida envolveu um motociclista e um veículo
de passeio. Enquanto o condutor da moto aguardava no asfalto a
chegada da ambulância, longa fila se formou no local.
O acidente aconteceu dez
minutos após a solenidade de lançamento da nova campanha do governo
do Estado, cuja finalidade é reduzir o número de mortes no trânsito
e a superlotação de pacientes nas unidades de saúde. Com
depoimentos de pessoas sobreviventes do trânsito, o material
publicitário apresentado aos jornalistas, secretários de Estado,
representantes do Ministério Público, Tribunal de Justiça e
empresários começa a ser divulgado no próximo mês.
O que chamou a atenção
da campanha foi a presença do Exército no material publicitário.
Os dados oficiais revelam que no Brasil mais de 50 mil pessoas morrem
vítimas do trânsito. Os números se aproximam de grandes guerras
ocorridas no passado. Segundo o secretário de Saúde do Estado,
Williames Pimentel, o Hospital João Paulo II, da capital, recebe uma
média de 20 pessoas vítimas de acidentes. A situação fica mais
complicada nos finais de semana.
O trânsito,
além de deixar sequelas nas pessoas,
causa um forte impacto no caixa
dos Estados. Com cortes no orçamento do Ministério da Saúde,
municípios do interior do Estado acabam
transferindo pacientes para unidades de saúde da capital. O Estado
tem se esforçado no sentido de disponibilizar
novas UTIs e leitos, mas apesar de toda boa
vontade, não consegue reverter os números.
Os
investimentos realizados
pelos municípios na sinalização das avenidas e ruas, as
blitze educativas e operações
Lei Seca não intimidam os
infratores. A população precisa fazer sua
parte. Não basta apenas
esperar o resultado do poder público. A guerra
contra os acidentes foi declarada e não terá prazo para acabar.
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