29 de julho de 2015

Guerra declarada contra os acidentes


Um grave acidente ocorrido na última segunda-feira, dia 27, às 11h45, no cruzamento da avenida Pinheiro Machado com a Salgado Filho, em Porto Velho, acabou congestionando a via durante várias horas e elevando o estresse de motoristas que se deslocavam do centro da cidade para os bairros da zona e Sul e Leste. A batida envolveu um motociclista e um veículo de passeio. Enquanto o condutor da moto aguardava no asfalto a chegada da ambulância, longa fila se formou no local.
O acidente aconteceu dez minutos após a solenidade de lançamento da nova campanha do governo do Estado, cuja finalidade é reduzir o número de mortes no trânsito e a superlotação de pacientes nas unidades de saúde. Com depoimentos de pessoas sobreviventes do trânsito, o material publicitário apresentado aos jornalistas, secretários de Estado, representantes do Ministério Público, Tribunal de Justiça e empresários começa a ser divulgado no próximo mês.
O que chamou a atenção da campanha foi a presença do Exército no material publicitário. Os dados oficiais revelam que no Brasil mais de 50 mil pessoas morrem vítimas do trânsito. Os números se aproximam de grandes guerras ocorridas no passado. Segundo o secretário de Saúde do Estado, Williames Pimentel, o Hospital João Paulo II, da capital, recebe uma média de 20 pessoas vítimas de acidentes. A situação fica mais complicada nos finais de semana.
O trânsito, além de deixar sequelas nas pessoas, causa um forte impacto no caixa dos Estados. Com cortes no orçamento do Ministério da Saúde, municípios do interior do Estado acabam transferindo pacientes para unidades de saúde da capital. O Estado tem se esforçado no sentido de disponibilizar novas UTIs e leitos, mas apesar de toda boa vontade, não consegue reverter os números.

Os investimentos realizados pelos municípios na sinalização das avenidas e ruas, as blitze educativas e operações Lei Seca não intimidam os infratores. A população precisa fazer sua parte. Não basta apenas esperar o resultado do poder público. A guerra contra os acidentes foi declarada e não terá prazo para acabar. 

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