Porto Velho, Rondônia - A Usina Hidrelétrica de Jirau, segunda maior em capacidade de geração de energia que se encontra em construção dentro da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), teve licença concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para iniciar a operação. Com a autorização do órgão ambiental, o empreendimento terá a primeira máquina em operação em janeiro de 2013, três meses antes do previsto.
“A licença de operação é muito importante, pois possibilita o início do enchimento do lago da usina. É uma vitória da engenharia brasileira, por um processo desse porte ser realizado em um prazo menor que o previsto”, disse o diretor de Energia do PAC, Celso Knijnik.
De acordo com informações do site do Ibama, a licença de operação estabelece 32 condicionantes específicas e prevê a manutenção dos programas ambientais direcionados à etapa construtiva, somados aos programas relativos à fase de operação.
O cronograma de implantação da usina prevê a operação das primeiras unidades geradoras de forma concomitante aos trabalhos de instalação das unidades restantes e demais estruturas integrantes da usina.
O parecer técnico que avaliou o pedido de licença foi concluído após o Instituto receber as manifestações da Funai e do Iphan. Após o cumprimento de todas as exigências por parte do empreendedor, a Comissão de Avaliação e Aprovação de Licenças Ambientais do Ibama aprovou a emissão da licença, assinada na última sexta-feira (19) pelo presidente do órgão ambiental, Volney Zanardi Junior.
Usina de Jirau
Localizada no Rio Madeira, em Rondônia (RO), o empreendimento terá capacidade de gerar 3.750 Megawatts (MW) e garantia física de 2.184,6 MW médios, suficiente para abastecer mais de 10 milhões de casas.
Localizada no Rio Madeira, em Rondônia (RO), o empreendimento terá capacidade de gerar 3.750 Megawatts (MW) e garantia física de 2.184,6 MW médios, suficiente para abastecer mais de 10 milhões de casas.
A UHE Jirau é um projeto desafiador. “É uma usina do tipo fio d’água, que possibilita uma área menor de alagamento, proporcionando menor impacto ao meio ambiente”, explica Knijnik.
Jirau conta com duas casas de força, uma em cada margem do rio. A primeira, situada no braço direito do rio Madeira, com 28 unidades geradoras do tipo bulbo. Na margem esquerda, localizam-se mais 22 unidades geradoras.
Para a construção da usina serão investidos R$ 13 bilhões. Mais de 12 mil empregos diretos e 30 mil indiretos foram gerados, privilegiando a utilização de mão de obra local. Outras ações, como o Observatório Ambiental Jirau, criado com a finalidade de realizar atividades voltadas para o desenvolvimento sustentável das comunidades na área de envolvimento da Usina, já estão em atividade. O contrato de concessão da Energia Sustentável do Brasil, consórcio responsável pela obra, tem duração prevista de 35 anos.
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