A
Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgou essa semana
relatório da Pesquisa CNT Rodovia 2014 mostrando a verdadeira
situação das rodovias federais e estaduais no Brasil. O documento
merece uma atenção especial do futuro presidente da República a
ser eleito nas eleições do próximo domingo. Foram avaliados mais
de 18 mil quilômetros de rodovias.
Sempre
bem elaborado, o estudo desse ano mostra que se o Brasil quer de fato
avançar nos próximos anos e crescer acima das projeções do
Produto Interno Bruto (PIB), a alternativa mais rápida ao futuro
gestor do Palácio do Planalto é investir um maior volume de
recursos em um novo modal viário.
As
rodovias da região Norte, pra variar, sempre foram as mais
castigadas em função do pouco investimento, mas o documentou
mostrou uma significativa melhoria. O relatório da CNT é indicativo
dessa afirmativa. Para a Confederação, o panorama deficitário das
rodovias brasileiras é uma consequência direta do histórico de um
baixo nível de investimentos em infraestrutura.
Não
há como negar que a decisão do governo de lançar o Programa de
Aceleração do Crescimento, o PAC Rodovias, foi um caminho perfeito
no reconhecimento da melhoria da malha viária federal, mas o
programa encontrou pelo caminho dificuldade de implementação de
projetos.
A
dificuldade da implementação de projetos acaba gerando um custo
muito alto aos cofres do governo federal. No passado, foram 186.581
acidentes nas estradas com 8.551 vítimas fatais. O custo dos
acidentes representou R$ 17,7 bilhões aos cofres públicos. Nessa
pesquisa, somente 37,9% das rodovias foram avaliadas como ótimo ou
bom. Na região Norte, obteve o
maior percentual, 82,3%, de trechos classificados
como regular,
ruim
ou
péssimo.
Com
rodovias em péssimo estado de conservação, o frete com o
transporte de carga acaba ficando maior. Os custos com manutenção
de caminhões também aumentam, encarecendo ainda mais o transporte
de cargas. Não sem dúvida que a pesquisa é um importante
instrumento de orientação ao governo e precisa estar inserido no
plano de governo dos candidatos a presidente.
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