18 de outubro de 2014

A situação das nossas rodovias no Norte

A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgou essa semana relatório da Pesquisa CNT Rodovia 2014 mostrando a verdadeira situação das rodovias federais e estaduais no Brasil. O documento merece uma atenção especial do futuro presidente da República a ser eleito nas eleições do próximo domingo. Foram avaliados mais de 18 mil quilômetros de rodovias.
Sempre bem elaborado, o estudo desse ano mostra que se o Brasil quer de fato avançar nos próximos anos e crescer acima das projeções do Produto Interno Bruto (PIB), a alternativa mais rápida ao futuro gestor do Palácio do Planalto é investir um maior volume de recursos em um novo modal viário.
As rodovias da região Norte, pra variar, sempre foram as mais castigadas em função do pouco investimento, mas o documentou mostrou uma significativa melhoria. O relatório da CNT é indicativo dessa afirmativa. Para a Confederação, o panorama deficitário das rodovias brasileiras é uma consequência direta do histórico de um baixo nível de investimentos em infraestrutura.
Não há como negar que a decisão do governo de lançar o Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC Rodovias, foi um caminho perfeito no reconhecimento da melhoria da malha viária federal, mas o programa encontrou pelo caminho dificuldade de implementação de projetos.
A dificuldade da implementação de projetos acaba gerando um custo muito alto aos cofres do governo federal. No passado, foram 186.581 acidentes nas estradas com 8.551 vítimas fatais. O custo dos acidentes representou R$ 17,7 bilhões aos cofres públicos. Nessa pesquisa, somente 37,9% das rodovias foram avaliadas como ótimo ou bom. Na região Norte, obteve o maior percentual, 82,3%, de trechos classificados como regular, ruim
ou péssimo.
Com rodovias em péssimo estado de conservação, o frete com o transporte de carga acaba ficando maior. Os custos com manutenção de caminhões também aumentam, encarecendo ainda mais o transporte de cargas. Não sem dúvida que a pesquisa é um importante instrumento de orientação ao governo e precisa estar inserido no plano de governo dos candidatos a presidente. 

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