A indústria de jornais movimentou US$ 163 bilhões em todo o
mundo no ano passado. O número ficou estável em relação ao ano
anterior.
Ainda que os números sejam inferiores aos valores exibidos em
2008, ano em que o setor faturou R$ 187 bilhões, os jornais ainda
movimentam mais do que as indústrias de cinema, de música ou de
livros.
Os números constam da última edição do relatório anual da
indústria de jornais, publicado pela WAN-Ifra, associação mundial
de jornais e publishers de jornais.
Os dados mostram um crescimento de 2% no número de exemplares em
circulação (534 milhões).
A América Latina foi a região de maior crescimento (2,56%),
seguida da Ásia (1,45%). No resto do mundo houve queda. A Austrália
e a Oceania viram a circulação cair quase 10%, enquanto na América
do Norte e na Europa, a queda foi de 5,29 e 5,2% respectivamente.
O número de leitores ficou estável no meio impresso (2,5 bilhões
de adultos), com alta de 23% nas plataformas digitais, atingindo 800
milhões de internautas.
O relatório mostra um crescimento expressivo da receita com
circulação digital, que atingiu US$ 1,7 bilhões (alta de 60% ante
2012).
A publicidade digital também cresceu, mas em um ritmo menor:
chegou a US$ 8,5 bilhões, 11% a mais do que no ano anterior. Na
comparação com 2009, o crescimento é de 47%. "A fatia dos
jornais na publicidade digital ainda é muito pequena, com a maior
parte dessa receita indo para o Google e mais um pequeno grupo de
empresas."
O ritmo de crescimento das receitas com as plataformas digitais
também está longe do necessário para compensar a queda no
faturamento do impresso. Globalmente, o impresso é a fonte de 93,7%
do faturamento global. Um ano antes o impresso representava 94,7%.
"Os jornais estão cada vez mais relevantes, com a circulação
combinada digital e impresso em alta, mas as receitas com publicidade
digital não estão acompanhando a queda no faturamento no jornal
impresso", conclui a WAN-Ifra no relatório.
A receita com publicidade no meio impresso caiu 6% em relação ao
ano anterior.
Na contramão do setor, a América Latina foi a única região que
registrou crescimento de faturamento com publicidade no jornal
impresso: a alta no ano foi de 3,9%.
A maior queda foi registrada na América do Norte: 8,75. Em
seguida veio a Europa, com queda de 8,2%.
Na região da Ásia e Pacífico a queda foi de 3,2%, enquanto no
Oriente Médio e na África, a queda foi de 1,8%.
Considerando um prazo mais longo de comparação, a América
Latina se destaca com alta de 49,9% --enquanto globalmente houve
queda de 13% no faturamento.(Folha de São Paulo)
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