29 de abril de 2015

Garimpo de diamantes ilegal volta a ameaçar os índios Cinta-Larga em Rondônia

Região do Cinta-Larga, em Espigão. Foto Fábio Souza
A exploração ilegal de recursos naturais, principalmente de diamantes, nas terras dos índios Cinta-Larga - Parque Aripuanã e Reserva Roosevelt - continua desafiando a justiça brasileira. O Governo Federal não tem atuado à altura do problema que há mais de uma década tem ameaçado o povo indígena de extinção. Essas constatações estão registradas em um dossiê de 270 páginas elaborado pelo Ministério Público Federal (MPF/RO).
Numa entrevista exclusiva ao Diário, o procurador da República, Reginaldo Trindade – responsável pela elaboração do dossiê - disse que as autoridades precisam agir com rapidez e rigor para impedir o avanço do garimpo ilegal em território Cinta Larga. Segundo Trindade, o MPF/RO recebeu uma informação de que, atualmente, há cerca de dois mil garimpeiros em atividades ilícitas naquelas terras. “Mais uma vez estamos sobre um barril de pólvora que vai explodir a qualquer momento”, alerta.
No dossiê constam textos inéditos em que o procurador Trindade descreve os problemas da nação indígena Cinta-Larga; uma planilha com o registro das atividades realizadas nos últimos 10 anos; e um DVD que documenta as ações já executadas. Há também a cópia de uma ação judicial proposta contra a ex-diretoria da Funai, evidenciando a inadequada atuação na defesa daquela comunidade indígena. (Edileni Santiago-Diário da Amazônia)
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