A Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), ligando
os municípios de Lucas do Rio Verde (MT) até a cidade de Cruzeiro do Sul
(AC), passando por cidades de Rondônia, deixou de ser prioridade este
ano do Governo Federal. No ano passado, aconteceu a mesma interrupção do
estudo e talvez ano que vem, esse projeto de interligar Rondônia por
meio de malha ferroviária permaneça no mesmo lugar.
A Fico é
uma obra importante e estratégica para Rondônia. O transporte de grãos
por meio de ferrovia é mais econômico, ágil e, se sair do papel, vai
ajudar a reduzir o volume de carretas que trafegam pela BR-364, no
trecho entre o Mato Grosso e Acre. Estrategicamente, é uma obra
importante ao Brasil na exportação de grãos por meio da hidrovia do rio
Madeira.
A construção de ferrovia depende do orçamento do
Ministério dos Transportes, apesar do Governo Federal ter criado um
órgão responsável pela fiscalização dos serviços. Na semana passada, o
ministro do Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, esteve na Comissão de
Infraestrutura do Senado Federal prestando esclarecimento sobre os
investimentos na pasta. Rodrigues foi pragmático com os senadores e
disse que não tem recurso suficiente para tocar obras importantes em
todas as regiões.
A crise instalada no Brasil comprometeu
diversos projetos. A interrupção das obras ocorreu em meio ao impacto do
ajuste fiscal promovido pelo governo. A demora na aprovação do
Orçamento Geral da União de 2015 e consequências da Operação Lava Jato,
da Polícia Federal. Algumas empresas que executavam esses projetos
tiveram orçamentos contingenciado por conta das operações.
O
Ministério dos Transportes aguarda os recursos previstos para 2015. São
necessários para poder dar continuidade às obras R$ 13,6 bilhões, sendo
R$ 5,8 (bilhões) para manutenção, R$ 3,9 (bilhões) para construção, R$
2,2 (bilhões) para o ferroviário, R$ 0,1 (bilhão) para o aquaviário e os
outros, que são concessões, estudos, projetos em rodovias, R$ 1,6 bi.
Hoje o projeto da ferrovia depende mais do Ministério da Fazenda que dos
Transportes. A Fico, se for transferida para a iniciativa privada,
corre o risco de sair do projeto mais rápido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário