O Brasil recebeu esta semana duas importantes notícias para a economia. O aumento da produção industrial em alguns Estados e as estimativas de crescimento da safra de cereais, leguminosas e oleaginosas. Segundo as projeções do Instituto de Geografia e Estatísticas (IBGE), a safra deste ano indica uma produção de 221,4 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 20,3% em relação ao total de 2016: 184 milhões de toneladas.
O crescimento da indústria, principalmente da colheita de grãos, representa mais caminhões transitando pelas estradas nessa época do ano. A situação é mais complicada na região Norte, onde as rodovias ficam praticamente intransitáveis devido a intensa chuva que atinge os rios da região. O Acre, por exemplo, está enfrentando mais um problema de enchente no rio Juruá, em Cruzeiro do Sul, onde milhares de famílias foram atingidas pela força da água.
A BR-364 é uma das portas de entrada da região Norte. A rodovia federal precisa ser duplicada com urgência. O tema já foi pauta no ano passado de uma reunião da Comissão de Serviços e Infraestrutura do Senado Federal. Na época, ficou acertada a realização de um estudo de viabilidade técnica da rodovia federal.
Ficou acertado que o estudo será submetido à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que poderá sugerir a inclusão de novos trechos. Mas o Ministério dos Transportes já descartou a duplicação total da rodovia em um primeiro momento. Alegou na época que acarretaria um valor mais elevado a ser cobrado nas futuras praças de pedágio.
Enquanto a situação não é solucionada em curto prazo, as rodovias do Brasil estão sendo estranguladas com o excesso de veículos que transitam diariamente pelas estradas levando o desenvolvimento. Parece que o Governo Federal não consegue acompanhar o crescimento da produção agrícola e não existe um plano emergente capaz de suprir a demanda dos agricultores.
No ano passado, o Governo Federal lançou o BR-Legal, implantado em 2012 pelo Dnit e conta com investimentos de R$ 3,9 bilhões para o período de cinco anos. Com 104 contratos o programa previa contemplar 26 Estados da federação e o Distrito Federal. Ocorre que após a saída da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no ano passado não houve uma sequência das ações do Ministério do Transporte. O Brasil precisa retomar o crescimento, mas é preciso o Governo Federal garantir as condições necessárias para o escoamento de alimentos.
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