O anúncio da Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel, de autorizar a licitação para a construção de novos linhões em Rondônia, vai beneficiar a população que reside no distrito da Ponta do Abunã, na divisa de Rondônia com o Acre, e os municípios que estão localizados na região da BR-429, na região do Vale do Guaporé. Trata-se de duas regiões onde estão concentradas mais de 350 mil famílias que estão fora do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Por um longo período, essas cidades foram prejudicadas com a constante falta de energia elétrica em decorrência de problemas ocorridos nos pequenos geradores de energia. Na década de 90, essas regiões chegaram a ficar até dois dias sem energia elétrica e, no caso da Ponta do Abunã, era comum a população se manifestar fechando a BR-364 por conta da falta de energia.
Com a conclusão em 2016 das usinas do rio Madeira, em Porto Velho, a energia produzida em Rondônia passou a abastecer os grandes centros industriais através de uma linha ligando a capital rondoniense ao município de Araraquara (SP), região afetada com a crise hídrica. No entanto, as localidades da região do Vale do Guaporé e Ponta do Abunã seguem dependente de energia gerada por meio de grupos geradores.
O Vale do Guaporé e a Ponta do Abunã são localidades importantes para o desenvolvimento do Estado. Nas duas regiões, a produção de soja cresce com força avassaladora e a agricultura é capaz de superar os efeitos da crise econômica. Em São Miguel do Guaporé estão importantes produção de frigoríficos e o comércio vive uma realidade bem diferente em relação aos grandes centros comerciais do Estado.
A ponta do Abunã é outra região importante para o desenvolvimento do Estado. Dona de uma dos maiores rebanhos de Rondônia, os distritos da Ponta do Abunã compreendem as localidades de Vista Alegre do Abunã, Extrema e Nova Califórnia. Em 2010, um importante frigorífico se instalou na região, mas por motivos desconhecidos, a unidade não funcionou e o prédio está em total abandono.
Não se pode esquecer da Usina de Tabajara, na região de Machadinho, outra localidade importante e onde a produção de soja cresce. Hoje a região é abastecida com energia gerada por meio de grupos geradores e o projeto da usina foi paralisado. Com energia confiável em todas essas localidades, Rondônia terá capacidade para dobrar a produção e será capaz de superar qualquer crise.
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