Surpreende analistas políticos a reprovação do presidente Michel Temer (PMDB) conforme apontou a última pesquisa realizada pelo Instituto Ibope, na semana passada. De acordo com a sondagem, o peemedebista tem rejeição de mais de 70% dos entrevistados. Trata-se de maior rejeição apurada por um instituto de pesquisa.
Mas o presidente Michel Temer afirmou que não está preocupado com a rejeição. Esse fraco desempenho do presidente já foi objeto de análise do Diário. Temer tem dedicado seu governo em administrar o futuro do Brasil e descartou a possibilidade de disputar a reeleição nas eleições de 2018.
Ontem, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou uma nova pesquisa em relação ao atual cenário econômico e as medidas de governo implantadas pelo presidente. A recuperação do otimismo do consumidor identificada nos dois primeiros meses do ano não se sustentou em março. O Inec (Índice Nacional de Expectativa do Consumidor) para este mês registra 102 pontos, um recuo de 2,3% na comparação com fevereiro de 2017. Na comparação com março de 2016, contudo, o índice mostra crescimento de 4,5%.
Temer passa pelo mesmo inferno astral que sua antecessora Dilma Rousseff (PT) enfrentou no poder no Palácio do Planalto momentos antes do impeachment. O desemprego continua no mesmo patamar, ou seja, sem perspectivas de melhoria em relação ao mês passado: 9,9%.
No ano passado, exatamente no mês de abril, estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) revelaram a existência de 10,4 milhões de pessoas desocupadas. Hoje já são mais de 13 milhões de pessoas desempregadas, conforme divulgou na última sexta-feira a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, a Penad Contínua. Em Rondônia, o setor que mais demitiu foi a construção civil, mas houve um pequeno aumento de contratações no setor de serviços.
A operação Carne Fraca, que investiga a qualidade da carne nos frigoríficos do Brasil, também ameaça a popularidade do peemedebista. O governo também enfrenta a rejeição das ruas por conta da proposta de Reforma da Previdência, cuja proposta inicial é aumentar o tempo de contribuição de serviço dos trabalhadores públicos da união e dos Estados. Se o governo inventar mais um plano econômico, é bem capaz de a rejeição do peemedebista passar de 80%.
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