Na próxima segunda-feira é comemorado o Dia do Trabalhador e a data não é motivo de comemoração pelo atual momento econômico que o País enfrenta. Os últimos números apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam mais um registro histórico de desligamento. A taxa de desocupação, segundo o IBGE divulgou ontem, foi estimada em 13,7% no trimestre de janeiro/março de 2017 e representa uma alta de 1,7% em relação a taxa do ano passado nos meses de outubro a dezembro.
No mês passado, eram R$ 13 milhões de desempregados e hoje são 14,9 milhões, conforme apontou o relatório. Recentemente, o Diário publicou neste editorial a preocupação com estudo do Banco Mundial revelando que o Brasil terá até o final do ano entre 2,5 milhões e 3,6 milhões de novos pobres. O trabalho de pesquisa revelou que esses novos pobres foram demitidos nos últimos anos e residem nas áreas urbanas da cidade. Além do desemprego, outros fatores contribuíram para o crescimento da população na linha de pobreza.
O governo, ao liberar os recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) aos trabalhadores que foram demitidos sem justa causa, tentou reagir e estimular a economia colocando no mercado de trabalho mais de R$ 5,5 bilhões. Existia uma grande expectativa do dinheiro ser aplicado em pequenos negócios, mas não houve o retorno esperado das projeções governista e atualmente são mais de 14 milhões sem o emprego.
Preocupa o momento econômico do Brasil e não há perspectivas de melhorias. O setor do agronegócio é o único que está gerando empregos em função da colheita da soja em várias partes da região. A produção de automóveis registrou queda também nos últimos anos e a venda de veículos despencou afetando as empresas e pais de famílias.
Os escândalos de corrupção e a operação Lava Jato afastaram os investidores e o Governo Federal enfrenta dificuldade de atrair novas empresas. O trabalhador comemorou no passado a construção dos estádios (hoje abandonados) e a melhoria da infraestrutura dos aeroportos para os jogos da Copa do Mundo, mas hoje sonha em ter de volta o seu emprego.
O governo só esqueceu de melhorar a infraestrutura das estradas. No mês passado motoristas enfrentaram o caos para escoar a produção do Mato Grosso na BR-163 e os prejuízos comprometeram a importação de grãos. A rodovia é o principal acesso da produção do matogrossense aos portos do Pará e o prejuízo para a economia foi grande. O trabalhador espera que esse cenário seja diferente no próximo ano e que o País possa gerar novos empregos.
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