23 de outubro de 2017

Exploração sexual de crianças em alta no Brasil

O Brasil apresentou pelo menos 175 mil casos de exploração sexual de crianças e adolescentes entre 2012 e 2016. Esse número representa a ocorrência de quatro casos desse tipo de crime por hora. A notícia foi destaque na edição de ontem do Diário da Amazônia, e chamou a atenção pelos números que atingem a população rondoniense.
A apuração dos casos ocorridos aqui feita pela equipe de reportagem do jornal, mostra que o estado de Rondônia registrou neste mesmo período mais de 700 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, número alto que surpreendeu até mesmo os representantes do Ministério Público Estadual. 
Esses números são aqueles registrados pelas estatísticas do Disque 100. No entanto é bom lebrar que muitos casos deixam de ser contabilizados nos índices alarmantes em função do medo. 
Nos últimos dias, os setores de proteção à criança e ao adolescente ganharam um importante apoio através das redes sociais. É que muitas denúncias estão sendo compartilhadas por meio de aplicativos como o WhatsApp e mídias sociais como o Facebook  e estão chegando com maior rapidez na mesa do promotor de Justiça. 
É nesse sentido que o jornal Diário da Amazônia está desenvolvendo uma ampla campanha contra a violência infantil. Batizada de “Quem Ama Protege”, o objetivo do trabalho é chamar a atenção da sociedade para que se faça uma reflexão mais profunda sobre o assunto e levar à população mais informações dos mecanismos de proteção em benefício das crianças e adoslescentes, vítimas dessa barbárie. 
O Brasil ainda precisa avançar muito para reverter esses números. Entre 2015 e 2016, foram 37 mil casos de violência sexual na faixa etária de 0 a 18 anos foram denunciados. Os dados ainda apontam que, no total, 67,7% das crianças e jovens que sofrem abusos são meninas, contra 16,52% dos meninos. 
Os casos em que o sexo da criança não foi informado totalizaram 15,79%. A maioria dos casos (40%) envolve crianças com até 11 anos, seguidas por 12 a 14 anos (30,3%) e de 15 a 17 (20,09%), levando em conta as denúncias do Disque 100. A maioria dos agressores é formado por homens (62,5%).

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