Com a previsão de chegar a 70% de conclusão no final do ano, a obra da ponte do rio Madeira, no distrito de Abunã, em Porto Velho, tem como o maior interessado a população do estado do Acre, mas é de grande importância para a consolidação da logística na região Norte.
Na última sexta-feira um grupo de empresário de Rondônia e Acre esteve no canteiro da obras acompanhando dos projetos. O problema maior agora é o projeto dos dois encabeçamentos de acesso à ponte no rio Madeira, em Abunã, ainda está em análise pela Superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), em Brasília, e pode complicar o cronograma da obra.
A obra se transformou em uma novela e começou a apresentar problemas desde o início da licitação. Quando superada essa etapa, o Governo Federal, ainda na gestão do PT, fez um contingenciamento de recursos na pasta do Ministério dos Transportes e a obra foi paralisada.
A situação financeira da obra só foi revestida após o estado do Acre ficar isolado em função da enchente de 2014, comprometendo o transporte de alimentos por meio da BR-364, e deixando o Acre isolado do Brasil.
A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, e prevê investimentos de R$ 128 milhões. O projeto teve que enfrentar ajustes e hoje as obras, segundo o engenheiro civil Cleyder Razzini, do consórcio Arteleste Enescil, responsável pela obra, o projeto final deve consumir algo em torno de R$ 148 milhões.
Acre e Rondônia enfrentam sérios problemas com a questão de transportes. A operação Buracos, deflagrada pela Polícia Federal na semana passada, constatou o desvio de mais de R$ 700 milhões em obras de restauração da BR-364, principal via de ligação dos dois Estados ao Sul do Brasil. O dinheiro desviado no orçamento do Dnit seria o suficiente para amenizar problemas com a falta de infraestrutura na região Norte.
O momento agora é de unir esforços no sentido de resolver essa pendência. As bancadas de Rondônia e Acre devem se mobilizar no sentido de garantir celeridade na elaboração do projeto. O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), José Adriano Ribeiro, disse que é preciso somar esforços com as instituições e empresários de Rondônia, por meio da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), assim com parlamentares, para ajudar a dar celeridade na aprovação desse projeto.
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