O edital para contratação da empresa responsável pela elaboração dos estudos de duplicação da BR-364, no trecho entre Comodoro (MT) e Candeias do Jamari (RO), foi lançado ontem. Na realidade, o edital sai com 1 ano de atraso e o estudo já deveria estar concluído, ou em momento de execução.
Na realidade, esse edital deveria ser lançado em agosto de 2016, mas devido ao momento político que passou o Brasil no último ano, e a mudança de governo, acabaram atrapalhando o cronograma. Um sinal que a estabilidade política compromete o desenvolvimento econômico do Brasil.
Enquanto o edital é lançado com mais de um ano atraso, a BR-364 segue fazendo vítimas. Na última sexta-feira, dois jovens perderam a vida na 364, no trecho da região de Candeias do Jamari. Os jovens eram filhos de um ex-funcionário do Diário. No início do mês, três pessoas também morreram de acidente no trecho entre Jaru e Ouro Preto. O veículo em que estavam os passageiros era um táxi-lotação que bateu de frente com outro carro de passeio.
A duplicação da BR requer urgência e precisa sair do papel o mais rápido. O senador Acir Gurgacz (PDT), membro da Comissão de Infraestrutura e Transporte do Senado Federal, tem promovido inúmeras audiências públicas para cobrar a duplicação urgente da BR.
A bancada federal de Rondônia sempre defendeu a duplicação da BR-364 em decorrência do número de colisões frontais. Várias reuniões ocorreram na sede do Ministério dos Transportes e os trechos considerados mais críticos não teriam sido contemplados no plano de concessão.
O volume de dinheiro desviado das obras de recuperação da BR-364, no trecho entre o Acre e Rondônia, conforme apurou a Polícia Federal, seria suficiente para duplicar parte da rodovia federal em trechos considerados críticos. De acordo com a PF, foram desviados algo em torno de R$ 700 milhões. Com o volume de recurso desviado seria possível evitar as mais de 100 mortes registradas em 2015, conforme PRF.
Com o atraso do lançamento do edital, a única alternativa agora é esperar o cumprimento do cronograma. A população de Rondônia já não tem mais paciência para assistir famílias perdendo vidas na “rodovia da morte”. Os órgãos de fiscalização e controle, como o Tribunal de Contas, por exemplo, devem acompanhar de perto os trabalhos para não evitar atrasado. Se for constatado algum problema, a alternativa seria sanar eventuais erros bem antes de paralisar os serviços.
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