27 de novembro de 2017

Mais de 17 milhões para investir nos municípios

O repasse emergente de mais de R$ 17 milhões aos municípios de Rondônia vai cair na conta das prefeituras somente no próximo mês, mas a medida já gera uma grande expectativa aos prefeitos neste final de ano. O valor é resultado da pressão dos prefeitos, durante a mobilização nacional ocorrida em Brasília na semana passada e faz parte da pauta de trabalho da Confederação Nacional dos Municípios. 
O presidente da República, Michel Temer (PMDB), na ocasião da inauguração do Hospital de Câncer da Amazônia, confirmou na última quinta-feira em Porto Velho, liberação de R$ 2 bilhões em auxílios financeiros para municípios do País. 
Esse valor é um dinheiro suplementar emergencial aos municípios. Os recursos entrarão como receita livre, sem destinação específica. O prefeito poderá tapar alguns eventuais buracos em que possam estar faltando recursos. Tribunais de Contas devem ficar atentos à aplicação correta dos recursos que chegarão às contas das prefeituras nas primeiras semanas de dezembro. 
Nessa época do ano, municípios da região Norte enfrentam o inverno amazônico com sérios problemas para administrar, principalmente na questão da infraestrutura das estradas, pontes e ruas da zona urbana sem acesso. Porto Velho, por exemplo, tem mais de 400 quilômetros de estradas vicinais e a situação das vias que dão acesso ao assentamento Joana D’arc está bem complicada, principalmente para o transporte escolar. 
Os prefeitos correm contra o tempo para fechar as contas de final de ano e já planejam 2018 que será focado nas eleições estaduais. Na semana passada, políticos de Rondônia estiveram reunidos com representantes do Tribunal de Contas para encontrar uma forma de socorrer os municípios. O Estado tem a pretensão de aumentar o repasse de socorro às prefeituras, mas há recomendações pelos órgãos de controle sobre a liberação.
Prefeitos estiveram este ano, por várias vezes, em Brasília na tradicional Macha dos Prefeitos, promovida pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Puderam, durante a mobilização dos gestores, repassar ao Governo Federal a necessidade de reaver o pacto federativo. A doação de tratores e pás-carregadeiras talvez não tenha atendido às demandas dos municípios. 
Nesta guerra contra a crise, prefeitos de vários municípios reduziram ao longo do ano despesas com a folha de pagamento, diminuíram diárias e cortaram seus próprios salários, mas esses ajustes ainda não foram suficientes para equilibrar as contas públicas neste final do ano. Na guerra travada contra crise, alguém precisa ser punido.

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