A Argentina, país que faz fronteira com o Brasil, está passando por uma das piores crises econômicas de sua história e esta semana teve que pedir socorro ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Com a desvalorização da moeda local e elevação do dólar, o país passa por uma crise bem semelhante a que foi enfrentada pelo Brasil antes do lançamento do Plano Real, em 1995.
Naquela época, o Brasil conseguiu, após alguns anos, superar a crise econômica, mas hoje o pesadelo da inflação voltou a atormentar a vida da população. Puxou o desemprego e trouxe consigo a operação Lava Jato, investigação policial que descobriu o maior esquema de corrupção já existente na história do Brasil.
A tendência natural é a Argentina sair da crise de forma bem mais rápida que o Brasil. A vantagem hoje é que o país vizinho não está atolando em um forte esquema de corrupção, ainda existente no Brasil por conta do pagamento de propina a grupos políticos.
O Brasil ainda vende veículos para a Argentina e a tendência, por conta dessa turbulência na economia, é reduzir o volume de vendas nos próximos dias. A consequência disso é a redução do volume de trabalho nas fábricas instaladas em território brasileiro, contribuindo ainda para aumentar o índice de desemprego – hoje são 13 milhões de desempregados.
Não há dúvida que os relacionamentos econômicos entre os dois países estão bem complicados nesse momento. A tendência é um pequeno afastamento dos acordos comerciais até passar essa turbulência que acontece hoje. Na Argentina existem problemas de ordem econômica, mas se vê escândalos semelhantes aos do Brasil.
Juristas argentinos, em recente encontro internacional realizado na cidade de Foz do Iguaçu (PR), no qual a equipe do Diário da Amazônia participou, elogiaram o trabalho de combate à corrupção realizado no Brasil e destacaram a importância da ação integrada das polícias na fronteira, como forma essencial de evitar a sonegação de impostos e tributos. Quem leva vantagem com o contrabando na fronteira é a sociedade e o crime organizado.
O Brasil, apesar da presença constante da corrupção e desvio de dinheiro público, ainda não conseguiu ser vencido pelos malfeitores. A crise na Argentina não deixa de ser um bom negócio para investidores brasileiros e abre novas oportunidades de comércio na região de fronteira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário