O contingente de pessoas que procuram emprego e não conseguem chegou a 13,4 milhões no trimestre encerrado em abril deste ano. Esses números estão contidos para pesquisa do Pnad Contínua, publicada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrando que não houve avanço na política de governo do presidente Michel Temer em ofertar novos postos de trabalho.
Outro dado importante da pesquisa é o número de empregados com carteira de trabalho assinada (32,7 milhões) caiu 1,7% frente ao trimestre anterior (novembro de 2017 a janeiro de 2018), uma redução de 567 mil pessoas. No confronto com o trimestre de fevereiro a abril de 2017, a queda foi de -1,7% (-557 mil pessoas). Os próximos dias não serão nada animadores para a população.
O desemprego está em queda e vem puxando também o pessimismo do empresário. Dessa forma, fica ainda mais difícil recuperar o Brasil da crise econômica que está cada vez mais fechando as portas dos comércios nas capitais onde a indústria sempre puxou a economia. A tendência é piorar, principalmente em função da greve dos caminhoneiros que afetou diretamente a geração de empregos na semana passada, fechando o mês de maio em um dos piores índices da história do País.
Em 2017 eram R$ 13 milhões de desempregados e no mesmo ano chegou a 14,9 milhões. Recentemente, o Diário publicou neste editorial a preocupação com estudo do Banco Mundial revelando que o Brasil terá até o final do ano entre 2,5 milhões e 3,6 milhões de novos pobres. O trabalho de pesquisa revelou que esses novos pobres foram demitidos nos últimos anos e residem nas áreas urbanas da cidade. Além do desemprego, outros fatores contribuíram para o crescimento da população na linha de pobreza.
O governo, quando liberou no ano passado os recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) aos trabalhadores que foram demitidos sem justa causa, tentou reagir e estimular a economia colocando no mercado de trabalho mais de R$ 5,5 bilhões. Existia uma grande expectativa do dinheiro ser aplicado em pequenos negócios, mas não houve o retorno esperado das projeções governistas. Todas as medidas anunciadas no ano passado foram sepultadas após a greve dos caminhoneiros, que passaram a exigir redução no preço do diesel. A mobilização causou sérios prejuízos econômicos para os governos, provocando um desconforto aos governadores onde a economia caminhava equilibrada.
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